domingo, 8 de maio de 2016

-Para que eles sejam um assim como nós somos um-José Salviano

11 de Maio de 2016

Evangelho - Jo 17,11b-19


Jesus em sua oração ao Pai, pede por nós. Ele pede para que nós sejamos UM como a Trindade Santa é um só Deus em três pessoas. Para que não haja divisões entre nós, e que sejamos um só corpo, e um só espírito, como rezamos na Santa Missa. Jesus está querendo dizer que nós devemos ser unidos, mesmo sendo pessoas diferentes, devemos viver um mesmo objetivo, seguindo o exemplo de Jesus que disse: “Eu e o Pai somos um”. Que nós sejamos um só povo, um só rebanho, alinhados e obedientes ao comando, e aos planos de um só Pastor.
Que sejamos diferentes, sim, pois isso é natural, é da natureza do ser humano. Cada um é cada um. Porém, o que Cristo quer dizer é que todos nós cristãos da linha de frente da Igreja fundada por Jesus, devemos viver uma unidade Santa, católica, sem INVEJA, entre nós. Sem atritos por causa das discordâncias as quais fazem parte do nosso modo de ser. Pois não somos como robots, não somos máquinas com a mesma cabeça, com a mesma forma de pensar.
As diferenças individuais, ao contrário do que às vezes acontece, não devem ser um percalço, um motivo de desentendimentos e atritos entre nós, mas sim, pelo contrário, devem ser o grande motivo do nosso enriquecimento. Em cada paróquia, cada um é um, indivíduo indiviso, não há no mundo ninguém exatamente igual a você. Assim, essas diferenças pessoais, podem e devem enriquecer o cardápio evangelizador.
Exemplo. Em uma reunião pastoral para preparar a recepção da visita do Papa, as opiniões diferentes de cada um, vão fazer com que tenhamos várias opções, de como efetuar uma coreografia por exemplo, em vez de seguirmos as ideias de um só ditador, que exige que se faça as coisas exatamente do seu jeito, por ele é o máximo, o competente, o poderoso. Não. Isso não pode acontecer dentro da Igreja de Jesus Cristo!
É claro que somos Igreja, e tem coisas que não serão mudadas. Mas neste exemplo, estamos nos referindo a uma montagem extraordinária, como planejar uma quermesse paroquial, na qual a ideia, a contribuição de cada um, é sempre bem-vinda. É aí que a união faz a força. Pois somos UNIDADES NA DIVERSIDADE.
As diferenças individuais, devem servir de enriquecimento, e não de motivos para produzir atritos, “picuinhas”, e fracassos nos projetos da Igreja que deve ser Una e Santa em tudo o que faz.
Entre nós, os católicos, seguidores de Jesus Cristo, existe uma cola invisível que nos mantém unidos, uma força que nos encoraja, uma Luz que nos guia pelo mesmo caminho, de mãos dadas num mesmo objetivo, embora somos seres diferentes uns dos outros.
Não podemos deixar que o egoísmo, a inveja, o ciúme, estrague essa união perfeita que nos foi deixada por Jesus
“...que eles sejam um assim como nós somos um”. Que Deus nos ajude a formar e manter um grupo de desiguais, porém unidos por um só objetivo, que é viver, e transmitir a palavra de Deus ao mundo.
Somos diferentes, sim. Uns têm o dom da palavra, outros o dom de cantar, etc. E nós temos de nos controlar em nome de Jesus, temos de combater a nossa tendência egoísta, e separatista de alimentar uma atitude de inveja diante dos nossos irmãos.
Outro exemplo: Aquela voz linda do Padre Marcelo Rossi, lhe foi dada por Deus, para que ele evangelize cantando. E isso não pode ser motivo de inveja entre nós, que rezamos todos os dias: Creio na Igreja, uma santa, católica...


José Salviano.









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