SÁBADO DO TEMPO COMUM DEPOIS DE PENTECOSTES 25/05/2013
1ª Leitura Tiago 5, 13-20
Salmo 140/141, 2ª “Que a minha oração suba até vós como a fumaça do
incenso”
Evangelho Marcos 10, 13-16
Muita gente vê as crianças na comunidade como problema,
principalmente nas celebrações quando gritam, choram, correm prá lá e prá cá,
tirando a concentração das pessoas e até de quem está celebrando. A ideia de se
tirar as crianças fora do espaço celebrativo, como em algumas paróquias fazem,
mantendo-as em outro espaço onde alguém as distrai com dinâmicas e
brincadeiras, não é nada catequética embora dê sossego aos pais que assim podem
participar mais intensamente da Missa.
O ideal seria haver tolerância e compreensão para com elas, afinal
são crianças, mas compete aos pais a missão e o papel de darem a elas uma
educação cristã, para que aos poucos possam apreender a se comportarem na
celebração. É um processo longo e gradativo que elas têm que passar, mas priva-las
da celebração não é bom.
Há pais que alegam não poderem ir á celebração porque as crianças
dão muito trabalho e eles sentem-se envergonhados de não poder controlá-las. O
que fazer com nossas crianças então ? Claro que não podemos esperar delas um
comportamento de adulto durante a celebração.
Parece que nas comunidades de Marcos eles tinham esse problema mas
havia um agravante: naquele tempo mulheres e crianças não eram nem contados, o
que diziam ou pensavam de nada valia. Penso que um trabalho ou uma ação em
conjunto entre os pais e a equipe de Acolhida poderia ser bem valioso nesse
sentido. Jesus quer as crianças na comunidade, pois alguns discípulos
rabugentos tentaram impedir que as crianças se aproximassem de Jesus que
imediatamente os censurou e acolheu os pequeninos que se aproximaram fazendo
festa.
Comunidade que não tem espaço para crianças, é certamente uma
comunidade sem futuro, o mesmo se diga dos pré adolescentes e jovens. Jesus
aproveita a ocasião para falar de como as pessoas devem ser para receber o
Reino de Deus e daí, as crianças que são um problema, tornam-se a solução. Quem
não tiver a mentalidade de uma criança não entrará no Reino de Deus
Receber o Reino com a mentalidade de uma criança não significa
viver uma Fé infantil e ingênua pois o chamado cristão para vivermos na Fé
supõe amadurecimento e equilíbrio e não podemos ter uma Fé acomodada.
Não sabemos ao certo qual foi a questão que originou esse
evangelho, mas o que fica claro é a oportunidade que Jesus encontra para falar
do Novo Reino e da renovação da mentalidade para acolhê-lo. Primeiramente é ter
absoluta confiança no Pai, na certeza de que em tudo dependemos dele. A criança
em tudo depende do Pai e da Mãe em quem confia cegamente. Essa mesma confiança
devemos ter em Deus, muito mais do que em nossos projetos falíveis pois o Reino
está entre nós mas caminha para a sua plenitude. (Diácono José da Cruz –
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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