SEGUNDA
FEIRA DO TEMPO COMUM 20/05/2013
1ª
Leitura Tiago 3, 3-18
Salmo
18 (198) ,9 a “Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração”
Evangelho
Marcos 9, 14-29
É difícil falar com precisão sobre
esse episódio entre Jesus e seus discípulos, refletido pelas comunidades de
Marcos pois á primeira vista parece que o foco seria a impotência da
comunidade, ali representada pelos discípulos, diante das Forças que oprimem as
pessoas, entretanto, o homem que trouxe o filho possesso de um espírito mudo, o
seu desespero de PAI e ao mesmo tempo a sua Fé no Cristo Libertador, parece ser
o foco principal porque a narrativa termina com uma bela profissão de Fé por
parte daquele homem "Creio ! Vem em Socorro á minha falta de Fé ".
Com essa afirmação magnífica, de
quem coloca toda sua esperança em Jesus, desfaz-se aquela primeira impressão de
que ele estava descontente com a comunidade, ali representada pelos discípulos,
por estes não terem conseguido expelir o espírito do mal, pois chamou para si
toda a culpa "...Vem em Socorro á minha falta de Fé .....Ele admite que
tem Fé e até a professa solenemente com esta afirmação que certamente era uma
formula da profissão de Fé da comunidade, mas reconhece que ainda lhe falta.
Quanto a enfermidade, parece que se
trata de um ataque epilético, do qual o jovem era portador desde a infância.
Cair por terra, espumar e ranger os dentes ficando enriquecido, isso é,
paralisado, são ações perniciosas que o pecado e a opressão da força do mal
causa na vida de uma pessoa. Qual é o segredo para se conseguir iniciar na vida
das pessoas o processo de libertação? Parece que só Jesus tinha a fórmula e não
a havia passado á seus discípulos e poderíamos dizer em uma linguagem simples
"Não ensinou o pulo do gato" .
Nada disso ! Na continuidade do
evangelho encontramos a explicação pois os discípulos querem saber onde foi que
erraram, por que sentiram-se impotentes diante daquele espírito possessivo que
oprimia aquele menino e Jesus, vai lhes falar que a oração e o jejum são as
armas principais para se promover uma ação libertadora, isso é, fazer em
comunhão com ELE.
Não seria essa a explicação para certos projetos bonitos de
nossas comunidades, que acabam não indo para a frente ? Sim, sem sombra de dúvida,
toda e qualquer ação evangelizadora da Igreja, deve e só pode ser feita na
espiritualidade onde a oração, a escuta da palavra, os Sacramentos, nos dão a
certeza de que estas ações são feitas em sintonia com Jesus. Quando uma
comunidade ou um grupo, quer ocupar esse lugar que só pertence a Deus, fazendo
em nome próprio, o Espírito possessivo acaba vencendo a "parada (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa
Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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