SEGUNDA FEIRA DO TEMPO COMUM 30/05/2016
1ª Leitura 2 Pedro 1, 2-7
Salmo 90/91, 2b “Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em
quem eu confio”
Evangelho Marcos 12, 1-2
Na história dos grandes romances, o pior que pode acontecer é
quando um grande e sincero amor não é correspondido, ou o Amado é traído pela
amada. Em nossos tempos a história real ou fictícia, dessa dor de amar sem ser
amado, acaba virando moda de viola no cancioneiro sertanejo, ou nos
compositores românticos remanescentes dos
tempos em que se ouvia boas músicas...
Há nos profetas algo ligado a esse tema "Meu amigo tinha uma
vinha....", onde alguém, muito chegado do amado traído, ou não
correspondido, como um compositor de música sertaneja, faz uma canção - poesia,
para contar da decepção de um amigo que amou alguém e deu tudo de si, mas que
não foi correspondido.
No evangelho de hoje Jesus, o Filho de Deus ( o Amado não
correspondido) conta essa história da Vinha e pergunta aos seus interlocutores,
que fazem parte dos que rejeitam esse Amor de Deus, que atitude deverá tomar
esse Homem que fez o possível e o impossível para que a sua
"Vinha" frutificasse, e que de maneira surpreendente, além de
não dar os frutos desejados, ainda trataram com violência os servos que ele
enviou, para lhe trazer os frutos que eram seus, por direito.
Volto aos anos 70 quando não tínhamos e-mails, Orkut, MSN e outros
canais de comunicação imediata, quando gostávamos prá valer de uma menina, e
ela não acreditava na sinceridade do afeto, costumávamos mandar recados através
dos amigos mais chegados, até que um belo dia tínhamos que ir pessoalmente se
declarar...
O Filho do Dono da Vinha não veio para se vingar dos que rejeitaram
os servos e bateram neles,mas com certeza Deus pensou "Chega de
recados, eu mesmo vou lá declarar o meu amor por eles"....Mas deu no que
deu....Pegaram o Filho do Homem e planejaram matá-lo para ficar com a Vinha. O
que isso significa? Exatamente a criação de um amor que é caricatura do Amor
Único e Verdadeiro, os homens se apossaram de algo que não lhes pertencia e o
tomaram para si, criando um amor falsificado e sem nenhum valor, não quiseram
saber de uma relação autêntica e sincera com Aquele que é o Amor, mas
preferiram os amantes.....Entretanto, Deus não desistiu do seu projeto e levou
o seu Amor até as últimas consequências e este venceu e superou o amor medíocre
que os maus empregados tinham transformado o que pertencia a Deus.
Em toda essa trama que envolve a mais bela, verdadeira e sublime
História de Amor, diante dessa parábola, é forçoso que nos perguntemos: o amor
que vivemos na comunidade, em nossas relações com as pessoas, vem de onde?
Daquele que é o Amor, ou dos empregados corruptos, ladrões e assassinos.
Falamos e testemunhamos o Amor Verdade, ou vivemos no amor da mediocridade e da
mentira....? ( Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata –
Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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