18
de Abril - Segunda - Evangelho - Jo 10,1-10
Bom
dia!
Deus
é o grande pastor e Jesus a porta! Lembremos do evangelho da semana passada:
(…) SÓ PODERÃO VIR A MIM AQUELES QUE FOREM TRAZIDOS PELO PAI, que me enviou, e
eu os ressuscitarei no último dia. Nos Profetas está escrito: “Todos serão
ensinados por Deus.” E todos os que ouvem o Pai e aprendem com ele vêm a mim.
(João 6, 44-46)
Fazer
essas idas e vindas na leitura dos evangelhos nos permite contextualizar o que
esta acontecendo e de certa forma primar do entendimento, em separado, de um
determinado versículo em detrimento ao seu pré-texto, texto e contexto.
Ele
nos remete a intrigante solução de uma dúvida: A quem estamos ouvindo?
Gostaria
de trazer um exemplo da nossa realidade para fazermos uma analogia da situação
proposta. Convido-os comigo a imaginar… Imagine uma festa, um evento, um show…
Numa praia ou num lugar amplo, tipo daquelas festas de fim de ano que acontecem
em vários locais do Brasil.
Como
bem sabemos, nem todos se encantam ou são fãs dos cantores que se revezam no
palco, portanto, fazem suas “panelinhas” em palcos alternativos um pouco mais
afastado do som central. Isso é bem comum em festas dentro de bairros onde
pessoas, por meio de sons bem potentes instalados em seus carros, promovem
ilhas de som, competindo com o evento central onde se concentram a maioria das
pessoas. Precisamos notar bem a situação… Os dois eventos estão acontecendo
simultaneamente e competem entre si, mas quem sairá vencedor?
Vivemos
isso no que diz respeito à participação dos fieis na igreja. A missa para
muitos, principalmente os mais jovens, deixou de ser o “som central” da semana,
mas de certa forma isso não me preocupa, pois sempre fomos uma “ilha de som
alternativo”.
Sim!
Jesus apresentava um viver alternativo aos olhos daquele tempo e ainda do
nosso. De certa forma competia com o viver pagão da maioria e com o cárcere
intelectual dos doutores da lei judaicos
É
preciso viver nesse mundo, mas não ser desse mundo. A voz do pastor, por mais
que nesse mundo ainda soe como voz “alternativa” é a única que salva e leva à porta.
Viver no mundo carece de que vivamos em ilhas com o “alternativo”, pois foi
através dela que os judeus foram libertos do cárcere do Egito. Um palco chamado
oração.
“(…)
Considerei a aflição do meu povo no Egito, OUVI OS SEUS GEMIDOS e desci para
livrá-los. Vem, pois, agora e eu te enviarei ao Egito“. (Atos 7, 34)
Nem
tudo que existe no mundo é ruim como apregoam alguns segmentos extremistas,
pois de certa forma fomos nós mesmos que os estragamos. A sexualidade era uma
situação de um casal, mas hoje se resume a pulseiras multicoloridas colocadas
nos braços de adolescentes (hunf!).
Nem
tudo que “toca” no palco central deve nos prender. Não podemos ser reféns do
que não gostamos ou concordamos para estar na moda ou fazer parte da turma,
pois por muitas vezes que buscamos ser descolados e diferentes, estamos na
verdade sendo iguais a outros tantos. Sim! Ser diferente às vezes é ser igual a
alguém, portanto não nos torna diferente!
O
jovem que ainda procura o engajamento social e em uma pastoral ou movimento
ainda soa como um “palco alternativo”
Lembremo-nos:
Nem tudo me convém!
Obs.:
Quando o show acaba, só o palco alternativo continua tocando
Um
imenso abraço fraterno
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