segunda-feira, 25 de abril de 2016

“AMAR É DOAR-SE” (Pe. Jaldemir Vitório)



(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)


5ª Semana da Páscoa – 29 de abril de 2016
Evangelho: João 15,12-17
 (Branco – Ofício do Dia)



A Ressurreição de Jesus manifesta que o Pai aprovou seu estilo de vida.

Foi a forma pela qual ele autenticou toda a existência de seu Filho, de modo que ela pode apresentar-se como paradigma existencial para os discípulos.

Toda a vida de Jesus foi uma contínua vivência do amor sem limites, até o extremo de doar-se a si mesmo em benefício da humanidade.

Por isso, o amor-doação foi apresentado aos discípulos como o mandamento único e fundamental, pelo qual deveriam guiar-se.

 E o testemunho de Jesus tornou-se um referencial obrigatório.
Neste sentido, é mister que toda a vida do discípulo se direcione para a imitação criativa do mestre Jesus.

O discípulo é convidado a crescer na vivência do amor, até ser capaz de dar a vida pelos demais. Isto exige uma libertação do egoísmo que impede o ser humano de dar-se conta da presença do outro e responder às suas carências.

O amor limitado e condicionado não corresponde ao ideal proposto por Jesus. O mesmo se passa com o amor sem ousadia, onde quem diz amar se preocupa em poupar-se a si mesmo.

Só existe amor cristão, quando todos os limites são superados e a obediência ao mandamento de Jesus leva à total entrega de si mesmo.

Oração

Senhor Jesus, arranca do meu coração o egoísmo que me leva a temer entregar-me totalmente em benefício dos outros.






Santo do Dia / Comemoração (Santa Catarina de Sena):


Catarina nasceu em 25 de março de 1347, na cidade de Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e sua família era numerosa. Catarina teve uma infância conturbada.

Não pode estudar, cresceu franzina e viveu sempre doente.

Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo.

Ainda jovem, Catarina tornou-se uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. 


Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências. Já adulta enfrentou a dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico.

Catarina, mesmo analfabeta, assume a missão de reunir de novo a Igreja em torno de um só papa. 


Dois Papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos e conseguiu que o Papa legítimo, Gregório décimo primeiro, retomasse sua posição e voltasse para Roma.

Fazia setenta anos que o Papado estava em Avinhão e não em Roma. 


Outra dificuldade foi a peste que matou pelo menos um terço da população europeia. Ela lutou pelos doentes, curou com as próprias mãos e orações.

 Estava à frente dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente. 

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas de alto valor histórico, místico e religioso. O livro: "Diálogo sobre a Divina Providência", é lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Foi declarada "Doutora da Igreja" pelo Papa Paulo VI, em 1970 e mais tarde foi escolhida como patrona da Itália, junto com São Francisco.  


Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


 REFLEXÃO 

Santa Catarina era uma mulher agraciada com o dom da fortaleza e da fé. Tinha profundo contato com Deus, sendo comuns êxtases espirituais. Destacou-se pelo seu zelo missionário. Seu biógrafo nos diz que, no ano de 1370, num êxtase Catarina ouviu de Deus as seguintes palavras: “A salvação dos homens exige que tu voltes à vida. O pequeno quarto não será mais tua costumeira moradia; deverás sair de tua cidade. Estarei sempre contigo na ida e na volta. Levarás o louvor do meu nome e a minha mensagem a pequenos e grandes. Colocarei em tua boca uma sabedoria, à qual ninguém poderá resistir”.


ORAÇÃO 

"Trindade eterna, vós sois um mar profundo, no qual, quanto mais procuro, mais encontro. E quanto mais encontro, mais vos procuro. Sois o Fogo que queima sempre e nunca se consome. Sois o Fogo que tira todo frio, que ilumina todas as inteligências e, pela vossa luz, me fizestes conhecer a verdade. 

Na luz da fé adquiro a sabedoria, na sabedoria do vosso Filho único; na luz da fé, torno-me forte e constante persevero. Na luz da fé, espero que não me deixareis sucumbir no caminho ".


Santa Catarina de Sena, rogai por nós.


 Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.


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