SEXTA FEIRA DA V SEMANA DA QUARESMA 18/03/2016
1ª Leitura Jr 20, 10-13
Salmo 17(18) “Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou
a minha voz”
Evangelho João 10, 31-42
Ser
Filho de Deus, a grande Blasfêmia
Todas as ações de Jesus a favor do
bem das pessoas, incomodava os Judeus, afinal ele brilhava mais do que os
Doutores da LEI, Escribas e Fariseus, porque ensinava com autoridade então,
qualquer ação de Jesus era motivo para tentar condená-lo. A preocupação
constante das lideranças religiosas era realmente fazer Jesus calar a boca,
entretanto, havia algo que fazia toda aquela fúria dobrar-se... era quando
Jesus se fazia Deus assumindo diante deles a sua Filiação Divina.
Naquelas cabeças duras e corações
insensíveis, a idéia de um Deus feito homem, de um Deus entranhado na carne
humana, era algo inconcebível, uma grande blasfêmia! Hoje, pelo modo com que o
Ser humano é tratado, despojado de sua dignidade, violentado em seus direitos,
massacrado e humilhado em sua dor e sofrimento, podemos dizer que, o homem não
acredita que o seu irmão é Filho de Deus, não consegue crer em uma dignidade
tão grande.
As obras que Jesus realizava eram
incontestáveis, seu posicionamento a favor da vida, dos mais pequenos e dos
miseráveis, dos impuros e excluídos, o fazia desprezível diante das lideranças
religiosas que tinham no coração e na mente um outro Deus, uma outra verdade. e
não queriam, trocar isso por nada desse mundo.
A religião do comodismo continua
ainda hoje a ser uma grande tentação, quando nos deparamos com algum profeta
corajoso e ousado que questiona a religião e o sentido de se viver na Fé,
mexendo com as nossas estruturas espirituais e eclesiais, trememos na base e
damos um jeitinho de fazê-lo calar a boca. A pregação de Jesus questionava e os
fazia pensar e eles queriam uma pregação que anunciasse um missionário glorioso
e vencedor. Eles bem que tentaram acabar com Jesus ali mesmo mais uma vez mais Jesus
se retira imune para o deserto onde tudo havia começado com o Batismo e a
pregação de João.
Nesta quaresma devemos também
buscar o deserto onde Deus nos fala ao coração apontando-nos a missão e o
caminho a ser seguido. Que nada desvie a nossa atenção e que não tenhamos medo
de mudanças, mesmo que estas sejam bem no íntimo de nós... (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora
Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)
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