(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)
DIA 19 DE FEVEREIRO -
SEXTA-FEIRA -EVANGELHO - MATEUS 5,20-26
I SEMANA DA QUARESMA
(ROXO – OFÍCIO DO DIA)
O 5º mandamento do Decálogo –
"Não matarás!" – foi superado na interpretação de Jesus. Corria-se o
risco de se deter na superficialidade do preceito, quando, no fundo, a
exigência divina era muito mais radical. O respeito pela vida alheia vai muito
além da garantia de sua vida física.
Existe um outro nível que o discípulo desejoso de ser fiel a Deus deve levar em conta: o da dignidade humana, enquanto tal. Para ele, irritar-se contra o seu próximo, de modo especial, os mais fracos e pequeninos, é suficientemente grave para exigir a punição divina. Da mesma forma, a ofensa verbal, pela qual o próximo é vilipendiado e humilhado. Tais gestos de prepotência já são uma violação do 5º mandamento.
O Mestre exige urgente reconciliação, sem protelar. Cada minuto é de extrema importância. Pode ser que venha a hora do juízo e um severo castigo. Por quê? A incapacidade de reconciliar-se e a insistência em permanecer no ódio ou no desejo de vingança são indícios de falta de comunhão com o Pai.
Quem conclui a sua
caminhada terrestre nesta situação, arrisca-se a não gozar da comunhão eterna
com o Pai celeste.
É inútil aspirar a
viver em união com o Pai, sem um esforço prévio de reconciliação e de comunhão
com o próximo.
Afinal, o sentido
último dos mandamentos divinos é criar comunhão entre os seres humanos para se
chegar à comunhão com o Pai.
Oração
Pai, move meu coração à reconciliação, de forma que a comunhão com o meu próximo seja expressão de minha comunhão contigo.
Santo do Dia / Comemoração (São Conrado de
Placência):
Era casado e vivia na cidade de
Placência, na Itália. Certo dia, em que estava caçando lebres e faisões, causou
um incêndio acidental que provocou grandes danos. Em seguida ele fugiu para
escapar à justiça. Ao saber que um inocente fora condenado em seu lugar,
apresentou-se, confessou sua responsabilidade e ofereceu todos os seus bens
para indenizar os prejuízos. Este gesto fez Conrado gastar todo seu dinheiro e
ele acabou ficando pobre.
Mas ninguém conhece os caminhos do Senhor. O caçador incendiário ingressou num Convento, na Ordem Terceira de S. Francisco, abandonando a esposa, que também retirou-se para um mosteiro. Apesar destes gestos bruscos, Conrado era muito bom e piedoso.
Em 1343 chegou a Siracusa e estabeleceu-se na cidade de Noto. Escolheu como habitação uma cela ao lado da igreja do Crucifixo. A fama de sua santidade foi aumentando e comprometia a paz e o silêncio de que tanto gostava. Quando percebeu que as muitas visitas perturbavam sua vida de oração, frei Conrado levantou acampamento e foi humildemente para uma solitária gruta dos Pizzoni, que foi depois chamada de gruta de são Conrado.
Morreu a 19 de fevereiro de 1351. Frei Conrado foi sepultado entre as esplêndidas igrejas de Noto. Viveu 40 anos na oração e na penitência.
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
REFLEXÃO
São Conrado foi um homem decidido e profundamente marcado pelas ações radicais.
Seu temperamento forte levou-o a abandonar a família, os bens e sua terra
natal, para dedicar-se à oração e a contemplação dos mistérios de Deus.
Tornou-se um místico. O exemplo de são Conrado convida-nos a buscar Deus de
todas as maneiras. O desapego das coisas passageiras facilita o diálogo com o
Pai e abre nosso coração para a caridade fraterna com o próximo.
ORAÇÃO
Meu querido Pai, celebrando hoje
a memória de São Conrado, permita-nos seguir seu exemplo e buscar Deus em todos
os momentos da vida. Que nossa vida seja cercada de oração e de ações amorosas
em favor do próximo, sobretudo os mais abandonados. Isso pedimos por Cristo, nosso
Senhor. Amém.
São Conrado
de Placência, rogai por nós.
Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo
Antônio – Pirassununga-SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário