segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

“O MAU EXEMPLO” (Pe. Jaldemir Vitório)


(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)


DIA 23 DE FEVEREIRO - TERÇA-FEIRA - EVANGELHO -MATEUS 23,1-12

II SEMANA DA QUARESMA *
(ROXO – OFÍCIO DO DIA)



            Os discípulos de Jesus foram alertados em relação ao mau exemplo dos mestres da Lei e dos fariseus, os quais ousavam apresentar-se como modelo de piedade e de fidelidade a Deus. Suas belas palavras não combinavam com o que faziam. Por um lado, eram capazes de interpretar bem as Escrituras, por outro, levavam um estilo de vida incompatível com a sua formação religiosa. Suas palavras eram dignas de crédito; seu modo de agir, não. Resultado: suas ações desqualificavam os seus ensinamentos.

         Jesus não podia suportar que os mestres da Lei e os fariseus fossem rigorosos como as pessoas, ensinando-lhes uma religião severa e cheia de exigências, ao passo que, para si mesmos, eram complacentes e permissivos. Outro mau exemplo consistia em servir-se de sua condição para granjear reconhecimento e louvor. Daí usarem roupas vistosas, ocuparem os lugares de destaque nas sinagogas e nos banquetes, sentirem prazer ao serem venerados como "mestres". Desta postura resultava uma atitude de soberba, fatal para quem pretende ser ministro de Deus.

         A postura correta, a ser assumida pelo discípulo, consistirá em fazer-se servidor e colocar-se, com toda humildade, à disposição de seu semelhante, sem nenhum sentimento de superioridade. Para isso, basta seguir o bom exemplo de Jesus, no seu testemunho de serviço generoso a todos quantos recorriam a ele.
         Oração 

         Pai, seja toda a minha existência calcada no testemunho de serviço generoso de Jesus, cuja vida correspondeu exatamente aos seus ensinamentos.

                





Santo do Dia / Comemoração (São Policarpo):

 

 

 

                O Santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daquele que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano. São Policarpo foi sagrado bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. 

         Muito reverenciando pelos cristãos como um líder que estes o escolheram para representar o Papa Aniceto na questão da data da celebração da Páscoa. 

         A carta escrita por Policarpo aos Filipenses foi preservada. Nesta carta ele diz: 

         “Fique firme e na sua conduta siga o exemplo do Senhor, firme e imutável em sua fé, ame seu irmão, amando a cada um e a todos, unidos na verdade e ajudando a cada um com a bondade do Senhor Jesus, não desprezando a nenhum homem”. 

         De caráter reto, de alto saber e amor a Igreja, Policarpo era respeitado por todos no Oriente. Com a perseguição, o Santo bispo, de 86 anos escondeu-se até que preso foi dirigido ao governador que o obrigou a ofender a Cristo.

         Policarpo respondeu: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar aquele a quem prestei culto e reconheço o meu Salvador". 

         Condenado no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos". 

         Milagrosamente, as chamas não o atingiam e não o machucavam e ele continuava a cantar hinos de louvor a Jesus.

         Impressionado com o acontecimento, os guardas chamaram um arqueiro para que ele perfurasse o santo com uma flecha. Ao ser atingido o seu sangue apagou as chamas. Os guardas tentaram de novo acender a pira mas sem sucesso. O procônsul encarregado do martírio, furioso ordenou que fosse decapitado com uma adaga. 
São Policarpo morreu por amor a Deus em 155. 

         É invocado como protetor das dores de ouvido e das queimaduras.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
 
       REFLEXÃO 

         Celebrar a festa de São Policarpo é relembrar as origens da Igreja e o valor do sangue dos mártires para a fé dos cristãos. Aceitando doar sua vida pelo Cristo, São Policarpo e muitos outros cristãos demonstraram a total confiança nas promessas de Jesus. Regada com o sangue do martírio, a Igreja brotou forte e conseguiu firmar-se como um espaço de fraternidade e esperança. Hoje em dia nosso martírio acontece nos pequenos desafios do dia a dia, como a paciência com os sofredores, doentes e idosos. Acolher, em Cristo, aqueles que estão sofrendo, nos torna verdadeiros missionários do amor de Deus.

         ORAÇÃO

         Deus eterno e todo-poderoso, que a vossos pastores associates São Policarpo, a quem destes a graça de lutar pela justiça até a morte, concedei-nos, por sua intercessão, suportar por vosso amor as adversidades, e correr ao encontro de vós que sois a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

 



        
São Policarpo, rogai por nós.




         Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.
           
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