SÁBADO DA II SEMANA DA QUARESMA 20/02/2016
1ª Leitura Deuteronômio 26,
16-19
Salmo 118 (119), 1 “Felizes aqueles cuja vida é pura e seguem a Lei
do Senhor”
Evangelho Mateus 5, 43-48
Amar como
Jesus amou...
O Evangelho
de hoje nos convida a dar um passo a mais, e que parece tão difícil; amar aos
inimigos! Não vingar-se, quando alguém nos faz o mal, até que é possível, mas o
Cristão deverá ir além e amar aos inimigos, querer e desejar todo bem aos que
os odeiam…
.Nós
confundimos amor com amizade, que são coisas diferentes, a amizade supõe uma
convivência, uma concordância em certas coisas e pensamentos em comum, ninguém
consegue viver sem uma amizade sincera, logicamente não é disso que o Senhor
nos fala. O amor pode até nascer de uma amizade, mas ele sempre continuará
superior a simples amizade embora a suponha.
Amar o
inimigo é conseguir ver nele algum valor, algo de bom, que me entusiasma e que
me leva a aproximar-se dele. Amar o inimigo é respeitá-lo como Ser humano em
toda sua dignidade, é ser capaz de lhe estender a mão, caso ele sofra uma
queda, é sempre estar pronto a reatar uma relação que foi rompida por algum mal
por ele cometido. Amar o inimigo é desejar vê-lo vitorioso, é querer que ele se
realize e seja feliz, mesmo que nos odeie. Amar o inimigo é ter um dia a
coragem de lhe pedir perdão, ainda que fomos nós os ofendidos… Mas todas essas
práticas seriam impossíveis de se fazer por nossa própria iniciativa, por isso
Jesus coloca a oração, pelos que nos fazem e desejam o mal, pois a oração tem
poder de nos tornar flexíveis, abertos, misericordiosos e propensos ao perdão.
A nossa oração pelos inimigos, não vai fazer com que Deus mude –os para melhor,
mas sim vai fazer com que Deus nos mude, mude o jeito de pensar e de agir, em
relação a essas pessoas, e a gente mudando, o inimigo também mudará, porque não
resistirá ao bem presente em nós.
A referência
é Deus, exatamente assim ele age em relação a nós, amando a todos e fazendo Bem
a todos, sem distinção, mesmo os que o rejeitam, ele ama, porque o amor Divino
é essa força transformadora que a tudo renova e restaura. Se não formos capazes
disso, somos cristãos apenas de fachada…
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