19 de Fevereiro - Sexta - Evangelho - Mt 5,20-26
A reconciliação é fonte de paz e perdão. Não podemos consentir que toda a nossa vida seja guiada pela raiva e pelos ressentimentos.
“Portanto, quando estiveres
levando tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro
reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta”.
A Palavra de Deus, hoje, nos convida a
refletirmos sobre a maneira como lidamos com o nosso próximo. Primeiro, com
relação aos nossos sentimentos. Sentimentos negativos que vêm quando estamos
com raiva, magoados ou ressentidos com alguém. Quando a cólera inflama nosso
coração e surgem sentimentos deploráveis dentro de nós e nós, muitas vezes,
dizemos palavras pesadas e malditas para o nosso próximo.
Deixe-me dizer uma coisa a você: é impossível não
sentirmos raiva ou ressentimento de alguém. O que não podemos é permitir que
esses sentimentos [raiva e ressentimento] tomem conta dos nossos afetos e
comandem a nossa vida. Nós é que precisamos assumir o comando de nossos
sentimentos.
E a primeira coisa para conseguirmos isso é saber
conter as palavras. Não é preciso lutar contra a pessoa, é preciso lutar contra
a cólera que se instalou dentro do nosso coração, porque ela faz um grande
estrago em nosso interior e cria confusão em nossa mente, em nosso coração e em
nossos afetos.
Nós podemos até sentir, mas não podemos consentir
que toda a nossa vida seja guiada pela raiva e pelos ressentimentos. Podemos
trabalhar para evitá-los com as ferramentas da humildade, da paciência e da
mansidão. Você pode dizer: “Mas, eu não sou nada disso!”. Não é, mas pode ser.
Não tem, mas pode buscar.
Se nos abrirmos para que
Jesus entre em nós, não é só para essa graça ficar em nós de forma decorativa,
mas sim para que Ele traga ao nosso coração os sentimentos do coração d’Ele.
Quando clamamos: “Senhor, manso e humilde de coração, fazei o
nosso coração semelhante ao Vosso. Fazei-nos viver o amor e a reconciliação!”
é porque queremos que os mesmos afetos do coração de Jesus estejam dentro de
nós.
Jesus, maltratado, traído
e injustiçado. Jesus, que tinha mil motivos para ter raiva de quem O oprimiu,
morreu dizendo: “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem” (Lucas
23,33). Talvez você diga: “Mas eu tenho sangue quente!”. Não tem problema, se
seu sangue for quente ou frio, misture-o com o sangue de Jesus para que tenha
uma outra temperatura, para que contenha os impulsos do seu coração.
E quando você for se apresentar diante do altar
do Senhor – para levar-Lhe a sua oferenda, sua oferta, sua vida, seu coração e
suas intenções – lembre-se de que há pessoas com as quais você precisa se
reconciliar. Deus quer muito mais a sua reconciliação do que as mil oferendas
que você deseja apresentar a Ele.
Um coração reconciliado vale
muito mais do que qualquer oferenda!
Deus abençoe você!
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