23/02/2016 - 3ª. feira II
semana da quaresma - Isaías 1, 10.16-20
- “promessa de misericórdia”
A palavra do Senhor hoje nos conclama a assumir uma vida nova,
abraçando a Sua misericórdia a fim de deixar para trás nossas ações de maldade
e nosso mau comportamento. O Senhor nos acena com a Sua Misericórdia, nos convoca
ao arrependimento e nos dá a garantia do Seu perdão para todos os nossos
pecados ainda que sejam eles os maiores e piores que tenhamos cometido. Esta é
uma grande oportunidade que temos para acolher a Sua promessa e prestar atenção ao Seu preceito que nos
ordena: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossas ações,
deixai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem”. A Palavra do Senhor através do profeta é
imperiosa: “Deixai de fazer o mal; aprendei a fazer o bem!” É isto, portanto, o que precisamos fazer para
que o nosso coração seja purificado e acrisolado. Façamos, pois, um exame de consciência e
reflitamos sobre a nossa história e sobre as nossas ações. A expurgação da
nossa alma exige de nós uma conscientização de que precisamos fazer propósitos
de conversão e de mudança de vida. Não podemos continuar cometendo as mesmas
coisas que entristecem o coração de Deus porque atingem os nossos irmãos que
são também Seus filhos. O Senhor nos promete como consequência da
nossa obediência, comer as coisas boas da terra, significando, isto, desfrutar
de tudo o que Ele criou e sonhou para nosso bem estar e felicidade. Consiste em
ter paz, alegria, esperança, segurança, enfim uma vida de qualidade. Não
obstante, isto só nos será possível vivenciar se arrancarmos de nós o mal que
nos aprisiona e corrompe, nos levando a pecar. A graça do Senhor nos absolve e
nos redime quando escolhemos todos os dias, praticar o bem e rejeitar o mal. “Vinde, debatamos” – Este é o convite do Senhor. Abra o seu
coração, confie, Ele quer mudar a sua vida. - Neste momento atual você está
aproveitando das “coisas boas da terra” ou está na penúria? - Repense
as suas ações, os seus pensamentos, os seus sentimentos e faça os
seus propósitos. – O que você tem praticado mais: o bem ou o
mal? – O que será para você praticar o bem e praticar o mal? – Como têm sido as
suas ações com todas as pessoas com quem você convive?
Salmo 49 – “A todos que procedem
retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus!”
Às vezes, nos confundimos e queremos mostrar serviço a Deus
oferecendo sacrifícios que em nada adiantam para a purificação dos nossos pecados. Basta-nos,
porém, proceder retamente segundo os
mandamentos do Senhor e de coração oferecer um sacrifício de louvor, de
gratidão, de reconhecimento da sua bondade e aí sim, estaremos ofertando ao Ele
o que de melhor possuímos.
Evangelho - Mateus 23, 1-12
- “a nossa autoridade é legitimada pelas
nossas ações”
A postura dos mestres da Lei e dos fariseus se aplica muito bem no
adágio popular muito conhecido de todos nós: “façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço”. Por isso, Jesus recomendava aos seus
discípulos e à multidão que O escutava que acolhessem o que estes diziam, mas
verdadeiramente, não imitassem as suas ações.
Jesus lhes aconselhava que apreendessem tudo o que eles os ensinassem,
mas não seguissem os seus passos na incoerência de vida. Hoje também, como
naquele tempo, a atitude dos mestres da Lei e dos fariseus se manifesta nos
pais de família, professores, coordenadores, políticos, chefes de Estado,
patrões, enfim, nas pessoas constituídas em autoridade aqui na terra. O costume
de se dar ordem, de ensinar o certo, mas fazer o errado é uma rotina e uma
“praga” que se alastra cada dia mais no seio das nossas famílias, nas nossas
comunidades, no mundo inteiro e, às vezes até em alguns grupos da hierarquia da
Igreja. Precisamos nos conscientizar, para nunca esquecer, de que a nossa
autoridade é legitimada pelas nossas ações e não pelas nossas palavras e
conselhos. Tem autoridade aquele (a) que prega o que vivencia e que dá
conselhos, porque pratica. Muitas vezes nós, como pais e mães, como
coordenadores de grupos ou mesmo que temos chefia no trabalho perdemos
completamente a “moral”, porque agimos ao contrário daquilo que pregamos como
correto. Também, nas coisas de Deus só tem autoridade
para interpretar a Sua Palavra, quem a vivencia e tem-na gravada em seu coração
e, como consequência, em suas mãos.
Quando nos referimos às mãos estamos nos reportando à ação, realização
de obra, combate e providência. Isto é
para nós um exemplo a ser seguido, pois, de alguma forma, temos
responsabilidade naquilo que pregamos, falamos, ensinamos, principalmente os
que se propõem a estar à frente de algum ministério e são constituídos de
autoridade. Precisamos estar muito firmes nas nossas ações quando cobramos ou
exigimos das outras pessoas. Como
irmãos e irmãs, temos o dever de
ensinar, de exortar, de aconselhar, porém, isso só se torna legítimo, quando o
fazemos como serviço, com humildade e responsabilidade e não somente para
aparecer – O que você tem aconselhado aos seus amigos e amigas é o mesmo tem
feito? – Você sente-se responsável pelo crescimento e melhoria de alguém? – O
seu testemunho de vida serve de parâmetro para as pessoas que o (a) conhecem? -
Faça uma comparação entre as suas ações e as ações dos mestres da lei e dos
fariseus e perceba o que pode ser edificante para você nessa mensagem.
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