quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Somos amados-Alexandre Soledade

27- Quarta - Evangelho - Mc 4,1-20


Bom dia!
Gostaria de começar essa reflexão partindo desse texto:
“(…) Somos convidados a sonhar junto com o Espírito Santo sobre as nossas vidas, pois é Ele que nos dá esperança. A esperança nos salva, nos dá forças para recomeçar, para crer cada vez que essa é a ocasião boa de mudar”.
Perceba algo no texto e no evangelho de hoje: somos convidados a novamente cultivar sonhos, esperança sobre nossas vidas e dos que nos rodeiam, pois o semeador novamente sai a semear.
Tenho um profundo carinho por essa passagem que se repete ano a ano, dando a impressão real que ele (o semeador), como tantos homens que labutam no campo, esperam o melhor momento e o tempo certo para novamente sair a semear, mas existe uma grande diferença. Diferentemente dos agricultores que conhecemos que esperam meses e até anos para o tempo certo acontecer, existem duas sementes especiais que Jesus lança todos os dias, indiferentemente do tempo ou época – OPORTUNIDADE e AMOR.
Jesus ensinou aos seus amigos a cultivar o AMOR, deixaram claro isso nos gestos e no que deixam por escrito. O Senhor olhou profundamente no interior de cada um deles e viu um potencial a ser desenvolvido e explorado (como o fez com cada um de nós). Homens simples e de pouco conhecimento, que por vezes foram descrentes e medrosos; que O deixaram só durante a agonia suprema; que se esconderam durante o calvário; receberam pela ressurreição, uma nova OPORTUNIDADE.
É preciso voltar a cultivar a idéia que Deus nos ama mesmo após as quedas que parecem inevitáveis; Deus continua semeando amor a sua criatura mesmo que ela às vezes O abandone; Deus nos abraça como canta o padre Cleidimar, não cansa de nos dar oportunidades. Continua semeando… “Então Jesus perguntou: – Se vocês não entendem essa parábola, como vão entender as outras”?
“(…) Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos Se soubermos perseverar, com ele reinaremos. Se, porém, o renegarmos, ele nos renegará. Se formos infiéis… ele continua fiel, e não pode desdizer-se”. (II Timóteo 4, 11-13)
É plena verdade que somos tão amados mesmo na infidelidade, mas preciso recordar a situação que já partilhei do açougue que não vende carne: O que adianta sermos novamente semeados se não nos empenhamos em dar frutos?
Se empenhar não é viver a idéia de que somos amados para justificar os erros. É após cada erro, tropeço, equivoco, (…) com mais garra levantar e querer ter um terreno menos pedregoso ou com espinhos, pois é certo que novamente Ele passará semeando.
Deus verdadeiramente nos ama, demos frutos!
Um Imenso abraço fraterno!



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