terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O que já temos nas mãos-Helena Serpa

02/12/2015 - 4ª. Feira  I semana do Advento – Isaías 25, 6-10 – “a alegria do Banquete da vida ”
Nesta profecia de Isaías o Senhor promete que dará um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro e removerá a teia em que estavam envolvidas todas as nações e a cadeia que prendia todos os povos; a morte será eliminada, as lágrimas serão enxugadas e o povo não sofrerá mais desonra no dia em que o Senhor se manifestar na Sua glória. É o Banquete da vida! A imagem do Banquete descrita por Isaias leva-nos a refletir sobre a Salvação que Jesus oferece a todos os povos e representa a comunhão universal de todos os homens entre si e com Deus. Para nós que já abraçamos a Salvação de Jesus e já sentimos a manifestação da Sua Presença através do Espírito Santo esta profecia já está se realizando. Na Eucaristia nós já nos alimentamos com a Palavra e com o Corpo e o Sangue de Jesus como prova do poder de Deus que nos assegura uma comunhão eterna. Sentir a presença de Jesus no nosso coração faz-nos experimentar a alegria do Banquete. Precisamos ser fiéis e confiantes, porque um dia definitivamente nós também diremos: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou!”    - Como você imagina que seja esse banquete? – Qual seria para você o significado das palavras: ricas iguarias, vinho puro as quais se refere o profeta? – De que a sua alma precisa mais e o que mais você tem buscado? Faça  uma reflexão.
Salmo 22 – “Na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos!”

O salmo nos coloca numa perspectiva de ovelhas conduzidas pelo pastor. O pastor é Jesus e não faltará coisa alguma àquele (a) que se deixar governar por Ele. O Senhor sabe o que nos fará descansar, Ele sabe aonde se encontra o alimento para as nossas carências, Ele conhece o caminho mais seguro para nós, por isso, se nos deixamos guiar por Ele, nada haveremos de temer. O Senhor já providenciou tudo de que nós precisamos, portanto, a felicidade e todo o bem haverão de seguir-nos até que habitemos na casa do Senhor que é o nosso destino final.

Evangelho – Mateus 15, 29-37 – “o que já temos nas mãos”
Assim como estava atento a todas às necessidades das multidões que O acompanhavam, Jesus hoje também está vigilante em perceber as nossas necessidades. Hoje também nós vivemos em busca de curas físicas e de conforto para os nossos males. Jesus, porém, percebe muito mais do que deixamos transparecer. Além   de curar as nossas enfermidades físicas e espirituais Ele se compadece  pelas nossas carências materiais e providencia, hoje, o alimento espiritual e material de que precisamos. Quando buscamos a Jesus e procuramos ficar sempre perto Dele, podemos ter a certeza de que as coisas materiais das quais necessitamos, assim como também o sustento da nossa alma nos será providenciado por Ele. Ele sabe precisamente qual a nossa fome e o que pode saciá-la. Assim como fez com os apóstolos Jesus nos interpela para que tenhamos consciência do que já temos nas mãos e poderemos oferecer também para alimentar àqueles que estão com fome perto de nós. Por isso, Ele pergunta: “Quantos pães  tendes?” Jesus nos alimenta para que possamos também alimentar as multidões famintas e sabe que  podemos contribuir, pois conhece a nossa capacidade, mesmo que seja ela limitada. Não podemos esconder de Jesus os “sete pães e alguns peixinhos” que temos conosco. Às vezes queremos receber tudo de Deus sem esforço nenhum, mas para que os milagres aconteçam na nossa vida, é necessária a nossa participação e adesão. O pouco que temos quando é colocado nas mãos do Senhor, multiplicar-se-á a ponto de que possamos nos sentar e partilhar com as pessoas as quais encontramos no nosso caminho e, ainda sobrar. – Por que será que Jesus mandou que a multidão se sentasse? – Como você tem agido na hora da necessidade? – Você costuma sentar-se para dialogar, conversar, entender-se com as pessoas? – Você tem colocado à disposição de Deus os seus sete pães e alguns peixinhos?

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