quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Essa viúva deu tudo que tinha-Claretianos

Segunda-feira, 23 de Novembro de 2015
Daniel 1,1-6.8-20: Não se encontrou nenhum como eles
Interlecional Dn 3: Bendito sejas, Senhor, Deus de nossos pais
Lucas 21,1-4: Essa viúva deu tudo que tinha para viver.
1Levantando os olhos, viu Jesus os ricos que deitavam as suas ofertas no cofre do templo.2Viu também uma viúva pobrezinha deitar duas pequeninas moedas,3e disse: Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros.4Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento.

Comentário


Jesus ensina no templo. Observa como as pessoas depositam suas oferendas no cofre do templo. Certamente chamam a atenção os donativos dos grandes ricos. O templo era para os judeus o motivo máximo de seu orgulho nacional. Representava, nos tempos de Jesus, a identidade e resistência do povo contra a dominação romana. A grandeza desta instituição fundamental dependia, em grande medida, das doações das personalidades ricas. Por isso, as grandes doações eram muito apreciadas e louvadas. Jesus observa e anuncia um fato insignificante para aqueles critérios, porém maravilhoso: uma viúva pobre lançou no tesouro mais que todos. Os ricos deram do que lhes sobrava, a viúva, ao contrário, deu tudo o que tinha para viver. Jesus questiona a grandeza e o poderio nacionalista do templo a partir da debilidade de uma pobre mulher sem nenhuma amparo e proteção. O Mestre inverte a ordem estabelecida: essa mulher, débil e marginalizada da vida social por diversos conceitos, deu mais do que os ricaços e poderosos. Que damos nós? Do que nos sobra ou do que temos para viver? Muitas vezes passamos por egoístas e somente damos simbolicamente algumas moedas que não nos fazem falta, ou ainda pior, levamos ao templo o que não presta mais para nós. Que mérito tem esses gestos? Dar é sinônimo de entregar. É entregando do que necessitamos que acumulamos um tesouro no céu. Valioso diante de Deus é dar de forma desinteressada, sem esperar nada em troca e menos ainda o aplauso do público: “É preciso dar, custe o que custar”, dizia aos católicos tíbios de seu tempo Santo Alberto Hurtado, o grande apóstolo do Chile.

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