14/10/2015
- 4ª.feira XXVIII semana comum - Romanos 2, 1-11 – “convite à conversão”
Deus está sempre nos convidando à
conversão. Enquanto aqui vivemos o Senhor nosso Deus nos concede oportunidades
para que nos convertamos. A longanimidade, bondade e tolerância de Deus são,
pois, um convite para que haja em nós uma transformação interior e,
consequentemente, uma mudança de mentalidade e de ação. Porém, nem sempre estamos
dispostos a assimilar esta verdade entendendo sempre que as outras pessoas é
que precisam se converter. Perdemos, então, um precioso tempo querendo influenciar
na vida dos outros, com nossos prejulgamentos e nossas suposições. Por isso,
São Paulo nos adverte de que o mal que enxergamos no outro e censuramos é o
mesmo que nós próprios também praticamos, dizendo: “ó homem, qualquer que sejas, tu que julgas, não tens desculpa; pois
julgando os outros, te condena a ti mesmo, já que fazes as mesmas coisas, tu
que julgas.” Por causa do nosso proceder nós vamos
acumulando ira, animosidade, rixa e inimizade não percebendo que Deus, como
justo juiz, retribuirá a cada um de nós segundo as nossas obras. Ao invés de
nos importarmos tanto com a vida dos nossos irmãos e irmãs, seria melhor que
perseverássemos na prática do bem, fazendo a nossa parte e acolhendo a
misericórdia libertadora do Senhor. A Palavra nos garante que para os que
buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, isto é uma vida santa, Deus
dará a vida eterna; porém, para os rebeldes e desobedientes, estão reservadas
ira e indignação. Portanto, que Deus o justo juiz, julgue a cada um de nós
pelas nossas obras, porque Ele não faz distinção de pessoas. Diante Dele, somos
todos iguais. - Você é uma pessoa que enxerga muito os defeitos das outras
pessoas ou percebe também as virtudes?- Qual é a sua opinião sobre os políticos
e governantes?- Como você olha para os bandidos, marginais e pecadores
públicos? – Você tem vontade fazer justiça com as suas próprias mãos?- E em
relação às pessoas comuns que convivem com você, você é intransigente com elas?
Dispensa os seus erros?
Salmo 61 –
“Senhor, pagais a cada um conforme suas obras”
As nossas ações, boas ou más, são
como um referencial para o que nós
esperamos de Deus, haja vista ser Ele, um justo juiz. Porém, mesmo reconhecendo
as nossas faltas e nossas transgressões, nós temos a confiança de que Senhor nos dá uma chance de restauração. Só
de Deus nós esperamos a salvação, e é Nele que a nossa alma pode repousar. Que
o Senhor nos dê a graça das boas ações e que possamos fazer tudo por amor a
Ele.
Evangelho
– Lucas 11, 42-46 – “o que Jesus falava ontem é adequado para nós, hoje”
Falando aos fariseus e mestres da
lei Jesus os censurava pela hipocrisia com que lidavam com as coisas da Lei de
Deus exigindo dos outros os sacrifícios, cargas insuportáveis, que eles mesmos não
conseguiam viver. Pagavam dízimo de todos os ganhos que tinham, porém agiam com
injustiça e desamor, fazendo tudo para chamar atenção sobre eles mesmos e
assemelhando-se aos túmulos invisíveis, pois não transpareciam verdadeiramente
o que de fato eram. Queriam manifestar a vida quando eles mesmos eram a morte. Tomando
as palavras deste Evangelho como bússola para a nossa vida, podemos avaliar e
perceber se o que Jesus falava ontem é adequado para nós, hoje. Se as nossas
atitudes tiverem como parâmetro a justiça e o amor de Deus, com certeza Jesus
não está falando para nós, porque tudo que fizermos por amor a Deus terá a Sua
aprovação. Do contrário, se, mesmo que estejamos pagando dízimo sobre tudo
quanto ganhamos ou se estivermos presentes em todas as celebrações, em todos os
retiros, participando de ministérios ativamente, mas o nosso coração não
acompanhar as nossas ações, seremos também dignos de censura. “Ai de vós”, dirá o Senhor quando estivermos
exigindo do outro aquilo que nós mesmos (as) não fazemos nem um pouco; quando
quisermos atrair a atenção das outras pessoas para as nossas “boas ações”;
quando hipocritamente não fizermos o que pregamos, quando enganarmos as
pessoas, mesmo que sejamos
“coordenadores cheios de autoridade”. Que as orientações do Mestre
sirvam de farol para a nossa caminhada aqui na terra. - Será que as ações dos
fariseus e mestres da lei têm alguma coisa a ver com as suas ações?- Diante do
que você vivencia o que Jesus poderá estar dizendo para si?- Você age como
prega?- Você é uma pessoa transparente?- Faça uma reflexão sobre esta Palavra
na sua vida.
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