terça-feira, 20 de outubro de 2015

Jesus nos atende conforme o apelo do nosso coração-Helena Serpa


25/10/2015 - XXX Domingo do tempo comum – 1ª. leitura – Jeremias 31, 7-9 – “ a volta do exílio”
Por meio do profeta Jeremias o Senhor promete salvar o resto de Israel, o povo que exilado na Babilônia esperava a hora de voltar para sua pátria. Esta mesma profecia se atualiza na nossa vida quando estamos desgarrados de Deus e nos sentimos exilados e isolados da graça do Senhor. Assim como o Senhor prometeu acolher àqueles que voltaram do exílio, Ele também nos acena com a Sua misericórdia quando saímos da Sua graça. Deus está sempre a nos chamar à conversão, à prática do amor e à santidade. Caminhando ao Seu lado, Ele nos garante um caminho reto onde não tropeçaremos porque estaremos seguros (as) em Suas mãos. Somos inteligentes quando alcançamos a mensagem que a Palavra nos traz e conseguimos dar passos para encontrar o caminho de volta à casa do Pai. Regressar à casa do Pai é retornar à vivência da Palavra do Senhor e dos seus mandamentos.  – Como você tem vivido: na graça ou afastado da graça de Deus? – Como está o processo da sua conversão? – O que está faltando para que você vivencie a Palavra de Deus e assim permaneça na casa do Pai?                                       

Salmo 125 – “Maravilhas fez conosco o Senhor; exultemos de alegria!”
A alegria do retorno é cantada nesse salmo. Aqueles que antes choravam por estarem afastados do convívio do Senhor, agora voltam cantando de alegria e carregam a colheita da experiência vivida. Este salmo retrata também a oração daquele (a) que sofre as dificuldades quando semeia a semente do reino. A alegria da colheita é muito maior do que a tristeza pelas tribulações e sofrimentos próprios da missão.

2ª. Leitura – Hebreus 5, 1-6 – “Cristo é o eterno Sacerdote”
A carta aos Hebreus fala que todo sacerdote e é chamado por Deus e retirado do meio dos homens para oferecer dons e sacrifícios em favor dos homens e de si mesmo. Ele reconhece a sua fraqueza e, por isso, sabe ter compaixão para com os que estão na ignorância.   Por isso, “deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo quanto pelos seus próprios”. Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote perfeito, porque se ofereceu a Si mesmo em favor da humanidade. Ele é então o Eterno Sacerdote. Cada um de nós, porém, pelo Batismo recebeu a missão de ser também sacerdote, e do mesmo modo, apresentar a Deus a oferta dos nossos dons em favor dos nossos irmãos. É o Senhor quem nos chama, não é mérito nosso, por isso,  não podemos atribuir a nós mesmos qualquer honra. – Quais os dons que você tem oferecido a Deus em favor dos seus irmãos? – Você tem tido compreensão com a fraqueza das outras pessoas do mesmo modo que espera de Deus a compreensão pelas suas fraquezas?                                       


Evangelho – Marcos 10, 46-52 – “Jesus nos atende conforme o apelo do nosso coração”
No seu desespero o cego de Jericó gritava pedindo o auxílio de Jesus e quanto mais os discípulos o mandavam calar-se, mais ele gritava, porque a fé gritava dentro dele. Bartimeu é, portanto, o protótipo do homem que vive à margem das coisas de Deus e sente a amargura e o fracasso de uma vida na escuridão. Depois de muito penar, o desespero o faz reconhecer que só em Deus ele encontra conforto para sua carência. Em algumas ocasiões nós também estamos vivendo, mendigando amor, atenção, carinho, sentados à beira do caminho, vendo a vida passar e sem enxergar nenhum sentido para ela. No entanto, como aconteceu com o cego de Jericó, o pedir com fé será a chave para que os nossos apelos sejam ouvidos pelo Senhor. Só quem se sente necessitado e carente tem certeza do que quer pedir a Deus. O homem cego quer enxergar; o aleijado quer andar. Por isso, Jesus nos atende conforme o apelo do nosso coração que se angustia e clama por socorro. A cada um de nós Ele pergunta:  “O que queres que eu te faça?”  E quando percebe que o nosso apelo é a nossa real necessidade, portanto, temos convicção daquilo que pleiteamos, Ele nos chama e nos atende. Esta é a oportunidade para que possamos pedir: “Mestre, que eu veja”. É também nesses momentos que temos de nos levantar e aceitar o Seu convite por meio das outras pessoas: “Levanta-te, coragem, Jesus te chama”. Assim como o cego, nós também precisamos nos despojar do manto humano de proteção que colocamos sobre os nossos ombros e que nos impede de corrermos ao encontro de Jesus quando Ele passa no nosso caminho  atraído pelo nosso clamor. – Em algum momento você também vive esta situação de cegueira  espiritual, de não perceber uma saída para os seus questionamentos? – O que você tem pedido a Jesus: a visão certa para que  tenha consciência do que fazer ou uma varinha de condão para que milagrosamente os seus questionamentos e os seus problemas desapareçam? – Para você o que significaria o “sentar-se à beira da estrada”?


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