quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A unidade da fé-Alexandre Soledade

21-        Quarta - Evangelho - Lc 12, 39-48

Bom dia!

“(…) O Filho do Homem vai chegar na hora em que menos esperamos, pois ele está sempre chegando até nós nos pobres e necessitados. Os que esperam a vinda de Jesus somente no último dia tornam-se pregadores do fim do mundo e vivem uma fé ritual, são incapazes de amar verdadeiramente e, na verdade, não conhecem Jesus presente em suas vidas, possuem uma fé egoísta, pois a espera de Jesus não é para o encontro com ele, mas para ganhar o prêmio eterno. A longa espera e a falta de vivência concreta do amor faz com que essas pessoas desanimem e maltratem seus irmãos e irmãs, fazendo-se merecedores da sorte dos infiéis”. (reflexão proposta pela CNBB)

A quem o evangelho é indicado? Para quem são as mensagens de exortação e de amor contidas nele? “(…) Senhor, essa parábola é só para nós ou é para todos? O Senhor respondeu: Quem é, então, o empregado fiel e inteligente? É aquele que o patrão ENCARREGA DE TOMAR CONTA DA CASA e de dar comida na hora certa aos outros empregados“.

Talvez as situações, o contexto histórico, o momento não se assemelham com que esta acontecendo ou acontece em nossas vidas, mas SEMPRE há algo inesperado e prestes a ser descoberto em meio à mensagem da Boa Nova.

Todo aquele que esta “encarregado de uma casa”, que pode ser apenas uma vida, uma família, um projeto de vida, um sonho, uma comunidade, (…) precisa manter-se atento as surpresas, que nem sempre são como os ladrões narrados hoje. As quedas, as mudanças, novidades, questionamentos, noticias e acontecimentos que de uma hora para outra torna o que era novo obsoleto.

O legal é que a mensagem da Boa Nova é sempre nova, mas precisa da leitura sob o olhar do Espírito Santo, pois é Ele que a torna sempre nova. Ele vai para onde quer.

Por exemplo, temos uma juventude “antenada”, dinâmica e crítica. Temos o compromisso de zelar por essa “casa” e para isso além da vigilância precisamos estar atentos as mudanças que os anos fizeram nessa nova juventude. Twitter, Facebook, SMS… Um jovens conectado no mundo, e o mundo muito interessado nele.

“(…) Os jovens de hoje e a Igreja em que vivem são influenciados pelos impactos da modernidade e da pós-modernidade. Alguns elementos deste momento histórico exercem grande influência na mentalidade, nos valores e no comportamento de todas as pessoas. IGNORAR ESTAS MUDANÇAS É DIFICULTAR O PROCESSO DE EVANGELIZAÇÃO DA JUVENTUDE — o grupo social que assimila esses valores e mentalidade com mais rapidez. UMA EVANGELIZAÇÃO QUE NÃO DIALOGA COM OS SISTEMAS CULTURAIS É UMA EVANGELIZAÇÃO DE VERNIZ, QUE NÃO RESISTE AOS VENTOS CONTRÁRIOS”. (§14 Documento 85 – CNBB)

Negar ver as mudanças é se comportar como o empregado insensato que bêbado adormece e não vê o patrão chegar; negar que essa mensagem de alerta a vigilância é também para mim é ver o filho com companhias estranhas e não querer conhecê-los para precaver-se do pior; é ver a filha adolescente ganhar corpo muito depressa e não investigar o uso escondido de anticoncepcionais…

Não podemos mais ser cristãos crianças que se embalam apenas nas palavras e mensagens doces da bíblia e ocultar os olhos as exortações, pois não podemos nos omitir perante as coisas que acontecem, mas não queremos ver.

“(…) Até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo”. (Efésios 4, 13-15)

Talvez não saibamos o que Deus quer nos dizer, mas Ele bem sabe onde quer que cheguemos.

Um imenso abraço fraterno.
 

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