terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ninguém é Senhor de si mesmo-Helena Serpa

27/09/2015 - XXVI Domingo do tempo comum – 1ª. leitura – Números 11, 25-29 – “vocação para ser profeta”
O Senhor distribui o Seu Espírito como bem lhe aprouve e não faz acepção de pessoas nem de grupos, por isso nesta leitura nós constatamos o que aconteceu com os setenta anciãos que acompanhavam Moisés no deserto e também aos dois que não estavam reunidos com eles. Cheios do Espírito de Deus eles profetizavam e ajudavam a Moisés na condução do povo de Israel   à Terra Prometida. Nós também estamos aptos a contribuir na edificação do reino de Deus aqui na terra, pois no Batismo recebemos o Espírito Santo que nos dá condições para sermos profetas, sacerdotes e reis. Temos em nós o Espírito do Senhor que é um só e se distribui igualmente e inteiramente a todos os batizados e nos capacita na nossa caminhada em busca da vida eterna. Seria muito bom que todos nós utilizássemos a nossa capacidade para a edificação do próximo e fizéssemos uso dos  dons, talentos e virtudes que foram colocados ao nosso dispor. Deveríamos todos desejar, ardentemente, ser profeta e assim contribuir com a obra do Senhor no mundo. O Senhor nos convoca a pôr em prática a nossa vocação para profeta.  – Você sabe o que é ser profeta? – Você escuta a Deus para falar em nome Dele? – Você já experimentou proclamar aquilo que o Senhor coloca no seu coração para ajudar a edificar o reino dos céus? – Deus conta com você para isso!

Salmo 18 – “A lei do Senhor Deus é perfeita, alegria ao coração!”
A lei do Senhor é a receita para a prosperidade do ser humano. Se nos entregássemos à Sua Lei, se seguíssemos os Seus ensinamentos, se nos empenhássemos em guardá-los, teríamos sucesso, alegria e estaríamos fugindo dos embustes do inimigo: “E, assim, puro eu serei preservado dos delitos mais perversos!”

2a. Leitura – Tiago 5, 1-6 – “ o ouro guardado, enferruja!”
Nesta carta São Tiago se dirige especialmente àqueles que amealham com usura os bens e não se importam com os menos desfavorecidos.  Todos nós sabemos que a riqueza que é guardada com usura pode evaporar-se de uma hora para outra, ser carcomida pelas traças que são os ladrões e enganadores dos quais o mundo está cheio. Assim, Ele profetiza e adverte àqueles que acumulam fortuna na terra, em detrimento do salário do trabalhador e dos que lhe prestam qualquer serviço. São eles os que põem a sua confiança unicamente no patrimônio que ajuntaram e se refastelam entregues à vida boa.   Muitas pessoas caem em desgraça por causa dos muitos bens que possuem, confirmando assim as palavras de São Tiago: “vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós”.  Ao contrário, todo aquele que prospera e põe o que possui à disposição de Deus, partilhando com os seus irmãos, será cada vez mais abençoado e progredirá sempre. – Qual é o seu pensamento em relação a este assunto? – Qual o seu objetivo quando você guarda o seu dinheiro?  -  Você é justo (a) quando alguém lhe presta algum serviço?  -  Você tem guardado muitos bens? De quem eles serão?                            

Evangelho – Marcos 9,38-43.45.47-48 – “Ninguém é Senhor de si mesmo”
Mais uma vez Jesus nos instrui a distinguir a diferença que há entre a mentalidade do mundo e o pensamento de Deus.  Nós também, como os discípulos de Jesus, muitas vezes, entendemos que Jesus é de nossa propriedade exclusiva ou do movimento a que pertencemos.  Diante do que Ele nos expõe, no entanto, concluímos que em nenhuma situação poderemos afirmar que alguém não está a serviço do reino somente porque não faz parte da nossa “turma”, da nossa religião ou da nossa comunidade.  Jesus nos ensina a fazer todas as nossas ações em Seu Nome, isto é, por amor a Ele. Por isso, Ele acolhe de coração todas as pessoas que de uma maneira ou de outra trabalham com amor para a edificação da Sua Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo agindo no mundo. Porém, todo aquele que é de Cristo segue os seus ensinamentos. Deus quer salvar o homem do pecado e quem quiser seguir Jesus deve renunciar ao pecado mesmo que para isso tenha que renunciar a algo que muito lhe custa. Se Cristo veio nos libertar do pecado e da morte, não podemos continuar com as práticas que nos afastam do Salvador. Ninguém é Senhor de si mesmo, ninguém pode salvar-se por si só, por isso, Jesus, num sentido figurado nos manda arrancar a mão, o pé, isto é, cortar as ações que nos apartam da graça de Deus. - Você costuma desprezar as outras religiões ou pessoas de outras comunidades? – Você se considera dono (a) de Jesus? – A que ou a quem o seu pé ou a sua mão estão levando você? – Aquilo  que você pratica,  os lugares que você frequenta o (a) estão levando para Deus  ou o (a) afastam Dele? 

Um comentário:

  1. Helena Serpa; belíssima reflexão. Que Deus continue te abençoando nesta caminha.

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