A trave é a ignorância-Helena Serpa

11/09/2015 - 6ª. Feira XXIII semana comum - 1 Timóteo 1, 1-2.12-14 – “a ignorância da fé”

A falta de Fé é um sinal de ”ignorância”! Por isso, enquanto não tivermos uma experiência com a salvação de Jesus nós também somos ignorantes em relação a Ele. São Paulo para nós é o protótipo do homem que viveu a ignorância da fé no tempo em que ainda não conhecia Jesus Cristo, mas foi restaurado pela graça da misericórdia de Deus. Antes, ele perseguia a Igreja, blasfemava contra os cristãos e os insultava convencido de que estaria fazendo a vontade de Deus. No entanto, ele mesmo admite ter agido com a ignorância de quem não tem fé e agradece ao Pai pela Sua misericórdia quando o chamou para o serviço do Evangelho de Cristo. A nossa falta de fé também faz com que atuemos com estupidez nas coisas de Deus e nos leva a cometer atos inadequados para um cristão. Contudo, o Senhor quer nos tirar da ignorância para também nos dar a graça de poder servi-Lo em qualquer circunstância em que estejamos. O encontro com Jesus Cristo e a intimidade com a Sua Palavra nos levam a conhecer a misericórdia e a paz de Deus Pai e a esperança de também, com a força do alto, sermos verdadeiros servos e atrair para Ele filhos e filhas na fé. Por mais que tenhamos sido incoerentes e inconsequentes no passado, Deus tem o propósito de nos colocar no lugar certo para nos fazer reconhecer qual o plano Dele para nossa vida. Portanto, estejamos certos de que a misericórdia do Senhor hoje é muito maior do que as nossas trevas no passado e que ainda é tempo para que a graça de nosso Senhor e o Seu amor nos façam viver uma vida profícua em favor da Igreja. – Você também teve o seu tempo da ignorância na fé? – A sua mentalidade mudou depois que você conheceu a Palavra de Deus? – Você já assumiu Jesus na sua história para que Ele mude a sua trajetória de vida?

Salmo 15 – “O Senhor é a porção da minha herança”

O tempo da ignorância não conta, hoje sabemos que somente o Senhor pode nos salvar e é Nele que nos refugiamos. A nossa busca interior só terminará quando de fato nós estivermos seguros nas mãos do Senhor que é a porção da nossa herança. É o Senhor quem nos orienta e aconselha e só Ele conhece o caminho que nos leva à vida plena, junto Dele. O Senhor está sempre ante os nossos olhos, portanto, a Ele bendigamos, pois o tempo propício é este em que vivemos.

Evangelho Lucas 6, 39-42 – “ a trave é a ignorância”

  “Todo discípulo bem formado será como o mestre!”. O Mestre é Jesus! Ele nos ensina por meio da Sua Palavra, mas se não a vivenciarmos continuaremos na ignorância. Como pode ensinar aquele que não aprendeu?  Neste Evangelho, então, Jesus nos adverte que a nenhum de nós cabe o papel de “mestre” e de “senhor” da situação, quando apenas ditamos preceitos e normas para que os outros cumpram e nós mesmos ignoramos porque não praticamos. Portanto, tudo o que esperarmos das pessoas com quem nos relacionamos deverá ser regra de vida para nós.   É nosso dever, em primeiro lugar examinar como estamos vivendo e qual o testemunho que estamos oferecendo ao mundo para que outros sejam guiados por nós. Se, estamos cegos (as) e não reconhecemos as nossas próprias falhas; se, não buscamos emendar o que está torto em nós, nunca poderemos aconselhar, exortar ou admoestar alguém que também é passível de erro. A trave nos nossos olhos nos impede de enxergar as nossas fraquezas e limitações. Para tirá-la, precisamos pedir ao Espírito Santo que purifique os nossos pensamentos, sentimentos e as nossas atitudes e abra a nossa inteligência para que possamos aprender mais do verdadeiro Mestre. Do contrário, poderemos cair no barranco e levar muita gente conosco. Porque não fazemos isso, é que muitos se decepcionam e têm a sua fé enfraquecida se afastando do convívio da comunidade e culpando a Deus pelas nossas incoerências. Somos hipócritas quando disfarçamos as nossas tendências e fraquezas debaixo de uma capa e ao mesmo tempo ressaltamos os defeitos dos outros e os revelamos ao mundo, sem piedade.  – Você é responsável na condução de alguém? – Como pessoa comprometida você tem conseguido ser um exemplo a ser seguido? – Ou você é daqueles que dizem “façam o que digo e não faça o que eu faço”? – Você disfarça as suas fraquezas? – E os defeitos alheios você os expõe? – Você age conforme prega?