sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A Comunidade é o lugar Sagrado-Diac. José da Cruz

TERÇA FEIRA DA 25ª SEMANA DO TC 22/09/2015
1ª Leitura Esdras 6, 7-8.12b.14-20
Salmo 121 (122), 1 “ Que alegria quando me disseram vamos á casa do Senhor”
Evangelho Lucas 8, 19-21


A Comunidade é o lugar Sagrado onde nos reunimos em torno da Eucaristia e da Santa Palavra. Não é uma Associação Religiosa, ou uma entidade Filantrópica, ou ainda alguma ONG, como disse nosso Papa Francisco que não menospreza o trabalho bonito de tais entidades. Mas a Comunidade é o lugar onde Deus nos convoca em assembleia, para ouvirmos a sua Palavra e celebrarmos a Eucaristia, isso é, a Páscoa da Libertação Definitiva que aconteceu e se concretizou em Jesus Cristo.
O Antigo Israel tinha com o templo uma forte identidade, por isso, ao retornarem do Exílio da Babilônia, pelo Decreto do Rei Ciro, o templo é reconstruído, com a ajuda da Pérsia, e consagrado solenemente ao Deus da Aliança, em uma Celebração marcante, descrito por Esdras. Israel sem o templo não se vê como o Povo de Deus e daí a alegria manifestada pelo Salmista “Que alegria quando me disseram, Vamos a Casa do Senhor!”.
No Evangelho essa relação íntima com Deus atinge a sua plenitude em Jesus, o Filho de Deus, o Verbo Divino que se fez homem. A Palavra encarnada, que nos liberta, salva e redime. Comunidade é o lugar da proclamação oficial dessa Palavra, não dá para ser religioso, sem estar em comunhão com  a Igreja, com os irmãos e irmãs da nossa comunidade. Nosso elo de ligação e de comunhão, com Deus e os irmãos é a Palavra, proclamada, ouvida, que nos questiona, nos leva a conversão e nos liberta das forças do mal.
Os que ouvem esta palavra e a coloca em prática tornam-se íntimos de Jesus, criando com ele um forte laço, mais poderoso do que qualquer parentesco como mostra o evangelho. Talvez possamos pensar que neste evangelho, a mãe de Jesus foi relegada a um segundo plano. Primeiramente é preciso saber que, o termo Mãe designava a Matriarca da Família, seria ela a Bisavó ou a Tataravó, aquela que tinha autoridade sobre a família, por esta razão ela está ali, para convencer Jesus a ir para casa e deixar de lado a missão. Maria de Nazaré agiria assim?

Digamos, entretanto, que seja realmente Maria, é mais fácil entendermos que os demais membros da família a convenceram a ir até lá. No demais, o próprio Jesus sempre elogiou Maria pela sua obediência e fidelidade a Palavra de Deus, por isso ela é a primeira cristã e primeira discípula. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP –E-mail cruzsm@uol.com.br

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