domingo, 2 de agosto de 2015

“SENHOR, SALVA-ME!” – Olívia Coutinho


 Dia 04 Agosto de 2015

 
Evangelho de Mt 14,22-36
 
Estamos no mês de Agosto, o mês das vocações! Quem vive a sua vocação, encontrou sentido para sua vida! 
A vocação nos direciona ao serviço, a sermos construtores de um mundo melhor, na família, na comunidade e na sociedade! 
Quando nos colocamos  a serviço da vida, já estamos respondendo a nossa  vocação,  nos posicionando, contrários a qualquer  sinal de morte! Jesus nos chama a exercer um determinado serviço, a assumirmos  livremente uma missão, quem diz “sim” ao seu chamado,  encontra o caminho aberto para desenvolver o dom que Deus lhe deu!
A certeza de que Jesus  nunca se distancia de nós, nos encoraja,  nos tira das margens, nos faz a avançar sem medo, para águas mais profundas!
O evangelho que a liturgia de hoje  nos apresenta,  nos coloca na barca de Jesus, enfrentando os mesmos desafios que os  primeiros discípulos enfrentaram quando tomaram  a trilha da fé! 
 A narrativa nos diz, que Jesus, depois da multiplicação dos pães, quando Ele  passou para os discípulos  a responsabilidade de alimentar uma multidão: “(Dai-lhes vós mesmos de comer”) ensinando-os a  partilhar,  manda-os  entrar na barca e seguirem  para outra margem, isto é,  para  irem ao encontro de outros povos. Podemos dizer  que  Jesus,  já  estava preparando  os discípulos para caminharem sem a sua presença física. Até então, eles eram totalmente dependentes da presença física de Jesus, não sabiam dar um passo sequer sem Ele, o que não poderia continuar, já que após a  volta de Jesus  para o Pai,  seriam eles, os responsáveis em  estar no comando   da sua barca.

 Em obediência a Jesus, os discípulos entram na barca e seguem sozinhos mar à dentro. Mas Jesus, assim como os pais  observam seus  filhos nos seus primeiros passos, observa-os de longe, sem os perder de vista!   Jesus vê, quando eles  são surpreendidos pelos ventos contrários em alto mar e  vai ao encontro deles, andando sobre as águas.

Tomados pelo medo, os discípulos  não o reconhece e  mesmo Jesus  tendo dito: “Coragem!” “Sou eu” Eles continuam apreensivos. Pedro exigiu-lhe uma prova: “ Senhor, se  és tu, manda-me ir a teu encontro caminhando sobre as águas.” Pedro, desce da barca e começa a andar sobre  as águas. Sentindo-se inseguro, imediatamente recorre a Jesus: “Senhor Salva-me”.  E Jesus,  estendendo  a mão, segura Pedro. A partir de então houve uma calmaria, os ventos cessaram e os discípulos  prostraram diante de Jesus dizendo: Verdadeiramente tu és o Filho de Deus!”   

Com sua insegurança, Pedro demonstrou que ainda dependia da presença física de Jesus, ele ainda não tinha uma fé suficiente madura para entender que até mesmo à distancia, Jesus  o salvaria, como  curou o empregado de um soldado romano, à distancia. (Lc 7,6-7)

Assim como Pedro vacilou várias vezes na fé, nós também vacilamos, mas o importante,  é fazer como Pedro: exercitar a fé, buscando Jesus! A fé é uma  construção, que se desenvolve através de um processo lento, que vai se solidificando à medida em que buscamos Jesus.

O texto chama a nossa atenção para  a essencialidade da fé! Sem uma fé firme, com raízes profundas, não tem como  vivermos bem  a nossa vocação, afinal,  a vocação é um exercício da fé.
Assim como os discípulos tiveram dificuldades em atravessar  para outra margem,  nós também  temos dificuldades em  atravessar o mares impetuosos  do nosso interior,  para chegar ao outro!
Quando somos surpreendidos pelas ondas do mar revolto e ficamos a - deriva,  podemos ter a certeza de que Jesus virá  ao nosso encontro! Ele não virá  na mesma  roupagem, que Ele foi ao encontro  dos discípulos, hoje, Ele  vem até a nós, escondido no coração de alguém. Mas o que importa, não é como Jesus chega até a nós, o importante é que Ele chega, é que Ele  vem nos salvar!

Quem tem fé, nunca perde a esperança, nunca se deixa abater diante às dificuldades da vida, pois carrega consigo, a certeza de que em Jesus, está o seu porto seguro! 

 

FIQUE NA PAZ DE JESUS!- Olívia Coutinho

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