Quinta-feira, 13 de
Agosto de 2015
Josué 3, 7-10a.11.13-17: Eu te engrandecerei diante
de Israel
Salmo 113: Bendigamos ao Senhor
Mateus 18,21?19,1: Devem perdoar até setenta vezes
sete
Jesus respondeu-lhe: Falei publicamente ao mundo.
Ensinei na sinagoga e no templo, onde se reúnem os judeus, e nada falei às
ocultas.21Por que me perguntas? Pergunta àqueles que ouviram o que lhes disse.
Estes sabem o que ensinei.22A estas palavras, um dos guardas presentes deu uma
bofetada em Jesus, dizendo: É assim que respondes ao sumo
sacerdote?23Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, prova-o, mas se falei bem, por
que me bates?24(Anás enviou-o preso ao sumo sacerdote Caifás.)25Simão Pedro
estava lá se aquecendo. Perguntaram-lhe: Não és porventura, também tu, dos seus
discípulos? Negou-o, dizendo: Não!26Disse-lhe um dos servos do sumo sacerdote,
parente daquele a quem Pedro cortara a orelha: Não te vi eu com ele no
horto?27Mas Pedro negou-o outra vez, e imediatamente o galo cantou.28Da casa de
Caifás conduziram Jesus ao pretório. Era de manhã cedo. Mas os judeus não
entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.29Saiu,
por isso, Pilatos para ter com eles, e perguntou: Que acusação trazeis contra
este homem?30Responderam-lhe: Se este não fosse malfeitor, não o teríamos
entregue a ti.31Disse, então, Pilatos: Tomai-o e julgai-o vós mesmos segundo a
vossa lei. Responderam-lhe os judeus: Não nos é permitido matar ninguém.32Assim
se cumpria a palavra com a qual Jesus indicou de que gênero de morte havia de
morrer (Mt 20,19).33Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe:
És tu o rei dos judeus?34Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram
outros que to disseram de mim?35Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação
e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?36Respondeu Jesus: O meu
Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos
certamente teriam pelejado para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu
Reino não é deste mundo.37Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei?
Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e
vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz.38Disse-lhe Pilatos: Que
é a verdade?... Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes:
Não acho nele crime algum.39Mas é costume entre vós que pela Páscoa vos solte um
preso. Quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?40Então todos gritaram
novamente e disseram: Não! A este não! Mas a Barrabás! (Barrabás era um
assaltante). Então 1Pilatos mandou flagelar Jesus.
Comentário
Às vezes podemos ter dúvidas se Deus de
fato perdoa nossas faltas, porém não fazemos a mesma pergunta se estamos
dispostos a perdoar os demais. Perdoar não significa ignorar ou desconsiderar
as ofensas. O perdão sincero implica o compromisso de superar os efeitos da
ofensa. Há quem afirma “eu perdoo, porém não esqueço”. Há pessoas que
interiorizam o espinho do ódio e do ressentimento porque se viram “obrigados” a
perdoar, porém não deixam de “ruminar” a ofensa. O perdão não exige
necessariamente o esquecimento, ainda mais quando a ofensa deixa marcas
profundas no ofendido. Não é que deva haver esforço por esquecer; o assunto é
que uma vez concedido o perdão, é preciso buscar que a lembrança da ofensa ou
má experiência não nos cause dor nem ressentimento; assim se vai conquistando a
cura interior, que é, definitivamente, o efeito do perdão. Os 51 Beatos
Mártires Claretianos de Barbastro, que hoje celebramos, ofereceram suas vidas
ao Senhor perdoando seus assassinos, na revolução espanhola de 1936-1939. Nisto
resume-se o amor cristão: em amar inclusiva os inimigos como a si mesmo.
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