segunda-feira, 20 de julho de 2015

JESUS APARECE A MARIA MADALENA -Canção Nova

23- de julho- quinta - Evangelho - Mt 11,20-24


Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo. Ela já tinha, todavia constatado que estava vazio, e tinha anunciado o desaparecimento do Senhor. Porque se inclina então ainda? Porque quer ver de novo? Porque o amor não se contenta com um único olhar; o amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão; obstina-se e acaba por descobrir…
No Cântico dos Cânticos, a Igreja dizia do mesmo Esposo: «No meu leito, de noite, procurei aquele que o meu coração ama. Procurei-o, mas não o encontrei. Vou levantar-me e percorrer a cidade; pelas ruas e pelas praças, vistes aquele que o meu coração ama?» (Ct 3, 1-2). Duas vezes ela exprime a sua decepção: «Procurei-o, mas não o encontrei!» Mas o sucesso vem, por fim, coroar o esforço: «Os guardas encontraram-me, aqueles que fazem ronda pela cidade. Vistes aquele que o meu coração ama? Mal os ultrapassei, encontrei aquele que o meu coração ama. » (Ct 3,3-4)
E nós, quando é que, nos nossos leitos, procuraremos o Amado? Durante os breves repousos desta vida, quando suspiramos na ausência do nosso Redemptor. Nós procuramo-Lo na noite, pois apesar do nosso espírito já estar desperto para Ele, os nossos olhos só vêem a Sua sombra. Mas, como não encontramos nela o Amado, levantemo-nos; percorramos a cidade, ou seja a assembléia dos eleitos. Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, ou seja, nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos; abramos os olhos, procuremos aí os passos do nosso Bem-Amado…
Esse desejo fez dizer a David: «A minha alma tem sede do Deus de vida. Quando irei ver a face de Deus? Sem descanso, procurai a Sua face» (Sl 42,3).
Lembro-lhe que ver o Senhor é ver nosso próprio destino. Nós fomos criados para a eternidade, na vida em comunhão com Deus. Chore, grite, apresente a Jesus a sua tristeza e necessidade. Pois ele lhe responderá chamando o seu nome, como chamou a Maria. E dirá: Porque choras? Eu estava morto, mas agora vivo para sempre e tenho as chaves de tudo nas mãos. Posso abrir e fechar. Peça o que quiser e eu lho darei.



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