segunda-feira, 29 de junho de 2015

Vida de escravos-Helena Serpa

01/07/2015 - 4a. feira XIII semana comum – Gênesis 21, 5.8-20 – “um poço no deserto”
Os descendentes diretos de Abraão, Isaac e Ismael foram reconhecidos por Deus apesar de que, apenas o filho de Sara, sua mulher, seja o filho da promessa do Senhor. Ismael, filho de Agar, sua escrava, é o filho da precipitação de Sara que não acreditando no juramento do Senhor de conceder a Abraão uma descendência numerosa, entregou a ele a sua escrava para que esta lhe desse um filho. Como o Senhor havia dito, Isaac nasceu de Sara e era o filho privilegiado. Como narra a leitura, a aflição de Agar vagueando pelo deserto, chegou aos ouvidos do Senhor e Ele não a abandonou e mandou um anjo segui-la pelo caminho prometendo a Ismael a recompensa de um povo numeroso.   A Palavra de Deus se cumpre fielmente na nossa vida e, por mais que tentemos mudar os Seus projetos nós não o conseguiremos. Assim também acontece conosco quando nos sentimos abandonados (as), rejeitados (as) pela vida, sofrendo a consequência dos nossos erros ou mesmo do erro de outras pessoas que nos aconselham mal e influenciam as nossas más escolhas. O mesmo Deus que ouviu o clamor da escrava, na Sua infinita Misericórdia vem também em nosso socorro e não nos despreza quando nós gritamos a Ele e pedimos a Sua ajuda. Ele está sempre pronto para nos atender e abre os nossos olhos para enxergar o “poço de água” no deserto da nossa vida para que não morramos de sede nem permaneçamos no erro. Jesus nos enviou o Seu Espírito Santo. Ele é o rio de água viva que precisamos para nos saciar e lavar as nossas impurezas e satisfazer a sede da nossa alma.   – Alguma vez na sua vida você se sentiu abandonado (a) por Deus e pelas pessoas? – qual é a sua reação diante do sofrimento: você se revolta ou clama por Deus? – Você espera alguma promessa de Deus para a sua vida? – Você confia que realmente vai acontecer como Ele prometeu? – Você tem clamado pelo Espírito de Deus?
Salmo 33 – “Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido”
A infelicidade significa para nós a ausência da graça de Deus, o nosso afastamento da Sua presença. O Senhor deseja sempre estar perto de nós e todas as vezes que O chamamos Ele se aproxima. O anjo do Senhor nos acompanha para nos salvar do precipício que muitas vezes nos atrai. O homem infeliz é temeroso e angustiado, mas a presença do Senhor liberta-o dos seus temores. Aos que buscam o Senhor não lhes falta nada, aqueles que não o temem, mesmo sendo ricos, passam fome. Todo homem ama a sua vida e procura a felicidade e ela consiste na vontade de Deus se realizando na sua vida todos os dias.


Evangelho – Mateus 8, 28-34 – “vida de escravos”
Assim como os dois homens da história narrada por Mateus, na nossa vida também, há ocasiões em que até inadvertidamente nos deixamos apossar pelas obras do maligno e ficamos vagando acomodados no nosso modo de viver cercando os túmulos do mundo. Reconhecemos que Jesus é o Filho de Deus, sabemos que só Ele tem poder para nos libertar do pecado, todavia nos rebelamos contra Ele e entendemos que ainda não é tempo de sair da vida de escravidão. Por isso, vemos nesta narrativa que os próprios endemoniados reconheceram Jesus como Filho de Deus, mas replicaram: “o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?  Sabemos que o inimigo de Deus persegue os Seus filhos, e tenta de todas as maneiras fazer com que a criatura rejeite o Seu Criador.   No entanto, nós sabemos também que Jesus já derrotou o demônio quando venceu a morte que é  consequência do pecado e ele tem conhecimento de que já foi vencido por Jesus. Mesmo assim, continua explorando e perseguindo o ser humano conduzindo-os para a infelicidade. Jesus, no entanto, sabe para onde deverão ir os “espíritos maus” que tentam nos acorrentar para nos fazer pessoas infelizes. Os espíritos maus que podem nos atormentar ainda hoje, fazem de nós pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e às vezes, tão violentas que podemos ser comparados com verdadeiras “feras” . Se, porém,  tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, com certeza não cairemos nas malhas dos inimigos. E se tivermos inteligência deixaremos que Jesus se aproxime de nós e não O impediremos de entrar na nossa vida.  -  Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? – O inimigo também costuma  cerca-lo (a)? – Você está acomodado (a) em alguma situação que o (a) escraviza? – Você quer ser libertado (a)? – O que precisa mudar em você? - Você se sente em paz diante das suas ações com as pessoas?



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