quinta-feira, 18 de junho de 2015

Não vos preocupeis pelo dia de amanhã-Claretianos

Sábado, 20 de Junho de 2015
Silverio, Raul
2Coríntios 12,1-10: Com gosto, presumo de minhas debilidades
Salmo 33: O Senhor está próximo dos atribulados
Mateus 6,24-34: Não vos preocupeis pelo dia de amanhã.

24 Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. 25 Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes? 26 Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam, nem recolhem nos celeiros e vosso Pai celeste as alimenta. Não valeis vós muito mais que elas? 27 Qual de vós, por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida? 28 E por que vos inquietais com as vestes? Considerai como crescem os lírios do campo; não trabalham nem fiam. 29 Entretanto, eu vos digo que o próprio Salomão no auge de sua glória não se vestiu como um deles. 30 Se Deus veste assim a erva dos campos, que hoje cresce e amanhã será lançada ao fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé? 31 Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? 32 São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso. 33 Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. 34 Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.

COMENTÁRIO

É natural que nos preocupemos pelo dia de amanhã. A espécie humana sobreviveu, em grande parte, precisamente por esta extraordinária capacidade de previsão; desde a ama de casa que cultiva com esmero a sua horta, as grandes potências mundiais em previsão de más colheitas, até as grandes potências mundiais que antecipam os futuros desenvolvimentos tecnológicos. Todos, sem exceção, baixam sua seguridade imediata ou ao longo prazo na capacidade de antecipar o que pode ocorrer. Contudo, por trás disto pode estar aninhada uma falsa segurança que de repente se transforma em uma ave de rapina, disposta a arrancar-nos os olhos. Ainda que tenhamos capacidade de previsão e nos preparemos para o inesperado, não podemos controlar o futuro. O mundo futuro é ainda uma possibilidade que nunca estará completamente determinada. Que nos resta então? Desfazer nossas seguranças para na direção de nossas próprias convicções, reconhecer o valor de nossas experiências, particularmente de nossa experiência espiritual. Somente se valorizamos o presente e recuperamos a memória do passado temos a capacidade para valorizar as novidades do futuro. Por trás de cada invento tecnológico podemos descobrir uma oportunidade de nos integrar ou somente uma tentação mais que isolar-nos. Cada novidade nos pode resgatar, porém também pode nos confirmar extraviar.


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