Segunda-feira, 08 de junho de 2015
Salustiano, Medardo, Armando
2Coríntios 1,1-7: Deus nos consola para que possamos consolar a outros
Salmo 33: Faze a prova e verás como o Senhor é bom
Mateus 5,1-12: E começou a ensinar-lhes muitas coisas
1 Vendo aquelas multidões,
Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2 Então
abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3 Bem-aventurados
os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4 Bem-aventurados
os que choram, porque serão consolados! 5 Bem-aventurados
os mansos, porque possuirão a terra! 6Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7 Bem-aventurados
os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8 Bem-aventurados
os puros de coração, porque verão Deus! 9 Bem-aventurados
os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10 Bem-aventurados
os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11 Bem-aventurados
sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo
o mal contra vós por causa de mim. 12 Alegrai-vos e
exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram
os profetas que vieram antes de vós.
COMENTÁRIO
Torna-se difícil entender por que Jesus chama felizes os pobres. A
palavra feliz ou bem-aventurado é usada na bíblia em relação com tudo que faz
feliz o ser humano: longa vida, numerosa descendência, honras, riqueza... Para
o Evangelho, pobre é um indivíduo injustamente reduzido à miséria, cuja
existência depende da generosidade de outros e que, precisamente por isso,
coloca toda sua confiança em Deus. A expressão: “pobres de espírito” foi com
frequência mal interpretada. A palavra espírito, aplicada a Deus, denota sua
atividade criadora; e aplicada ao ser humano, um impulso interior que move à
ação. A expressão “pobre de espírito” pode se aplicado àquelas pessoas que são
pobres por um impulso interior, isto é, por decisão própria, o que dá no mesmo,
pobres porque escolheram livremente ser pobres. Daí que uma boa tradução seria
felizes os que escolhem ser pobres. Proclamando os pobres como felizes, Jesus
não pretende idealizar ou sublimar sua condição, mas pede a seus discípulos uma
escolha corajosa que torne possível eliminar as causas que provocam a pobreza.
Jesus convida a todos os crentes a fazerem-se voluntariamente pobre para que
ninguém o seja por causas alheias à sua vontade.
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