terça-feira, 30 de junho de 2015

-UM PROFETA SÓ NÃO É ESTIMADO EM SUA PÁTRIA-José Salviano

14º DOMINGO TEMPO COMUM

5 de Julho de 2015
Ano  B

Evangelho - Mc 6,1-6


PRIMEIRA LEITURA
         Deus  nos repreende com energia quando, uma vez que atendendo o seu chamado vivemos em sua presença, e em seguida por algum motivo pessoal ou por influência de amigos ou do mundo nos afastamos d'Ele. Por que Deus é exigente para com aqueles que Ele escolheu. Se você é um escolhido(a) trate de andar na linha, trate de preservar a sua fé, e acima de tudo a prática dela.
SALMO
         Nos momentos de dores e de sofrimentos, nos  esqueçamos de   que precisamos recorrer à misericórdia do Pai, precisamos pedir piedade, erguendo as mãos e os olhos para o alto, como o fez o próprio Jesus em suas orações.

SEGUNDA LEITURA

"Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”.
Caríssimos. O tamanho e a força da nossa fé é medida na hora do desespero, do sofrimento, da dor. Aquele(a) que tem uma fé pequena, e fraca, facilmente se desespera nesses momentos. Mas o cristão autêntico, aquele que depositou sua confiança na misericórdia de Deus, não se desespera na hora que a casa cai.
"Eis porque eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições".  Ser perseguido é uma constante, uma característica da vida do cristão. Seja por aqueles a quem denunciamos a suas injustiças, seja por outros que nos invejam, e procuram embaçar o nosso brilho, para que o seu pouco brilho seja visto. Na verdade, não temos nenhum brilho, pois somos como um espelho.  Refletimos o brilho daquele que é a Luz do mundo. E pobre de nós, se vivemos neste mundo preocupados em brilhar, em impressionar, em ser o melhor, o mais santo. Pobre de nós.
Um dia os apóstolos vinham pelo caminho discutindo qual deles era o mais importante. Jesus os repreendeu, dizendo: " Se não vos tornar puros, ou inocentes como uma criança, não entrareis no Reino dos Céus..."   
         É uma coisa muito feia a inveja entre os próprios catequistas. Isso não pode estar acontecendo em nossas comunidades. Precisamos acolher o catequista competente, aquele que estuda, que lê bastante, aquele que pratica a palavra e a explica com alegria, boa vontade, e com muita fluência. Pois é disso que a Igreja e o mundo está precisando. Porque a nossa catequese anda muito fraca. E o resultado disso é a enorme quantidade de pessoas indiferentes, de almas perdidas diante das propostas enganosas do maligno, e das ilusões do mundo atual.
         Meus irmãos, e minhas irmãs.  Não busquemos a glória desse mundo cheio de mentiras, e enganações, mas sim a glória de Cristo, aquele que sendo o Filho de Deus, veio ao mundo para servir, chegando a lavar os pés dos apóstolos. 
         A competição, a rivalidade, não deve acontecer entre nós. Mas sim, o amor fraterno, incluindo sim, a correção fraterna. Pois o cristianismo ganha força e cresce na credibilidade entre os demais fiéis, quando todos da comunidade se empenham em viver como irmãos e irmãs, aceitando uns aos outros como eles o são, e procurando corrigir fraternalmente as suas arestas. Agindo assim, estamos atendendo ao apelo de Jesus: "Para que todos sejam um". Agindo assim, estamos colaborando para que haja UNIDADE NA IGREJA.  Portanto, meus irmãos, nada de RIVALIDADES, nada de procurar ver quem é o maior, o melhor, o mais santo, o mais competente, o que fala mais bonito de todos. Pelo contrário, o verdadeiro cristão, a verdadeira cristã,  busca a integridade, a integração, o acolhimento, a ajuda mútua, o apoio, a benevolência de uns com os outros na comunidade. Se todos forem unidos na fé, e principalmente na prática da fé, verão que a fraqueza de cada um é superada pela força da união, pela força de todos que agem na harmonia movida pela graça do Senhor e pelo amor de Cristo,  COMO SE TODOS FOSSEM UM.  E assim, ... quando eu me sinto fraco, é então que sou forte...

EVANGELHO
        
         Jesus fez uma visita a sua terra natal. A vila de Nazaré, onde Ele passou sua infância, naquele vilarejo sem importância política nem econômica. Era realmente, um lugar humilde.
         E Jesus vai a Sinagoga, e como era de costume, Ele faz a leitura das escrituras e em seguida fez um excelente comentário, uma excelente homilia ou como queira, um belo sermão. E todos ficaram de boca aberta, admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente por Ele ser apenas o filho do carpinteiro, e portanto, não teria condições de falar daquele jeito, demonstrando uma sabedoria excepcional. Todos ali sabiam que Jesus não teria estudado as escrituras, muito menos ter feito nenhum curso aprofundado como os doutores da Lei.
Mal sabiam eles que Jesus era o próprio Filho de Deus feito homem, e por isso sabia de tudo.
         Muitos ficaram admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente os fariseus e doutores da Lei, pois não podiam se conformar  com o que estavam presenciando. Ninguém poderia saber mais do que eles! E dessa forma, Jesus estava incomodando muito pois sendo o próprio Deus, Ele sabia tudo. 
         Jesus, apesar de não ser aceito e autorizado pelos líderes judaicos, os quais o consideravam um impostor, continuava a fazer o seu trabalho pelos ensinamentos da verdade, ensinamentos esses que não conferiam com os ensinamentos dos mestres judaicos. Pelo contrário, volta e meia Jesus rebatia aquela prática injusta da Lei de Moisés, vivida pela elite religiosa. Muitos daquele lugar, por causa disso já começavam a olhar Jesus com outros olhos, e foi aí que o Filho de Deus se proclamou  Profeta, dizendo: "Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares".
         As pessoas ali presentes na Sinagoga não se conformavam. E perguntaram: Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria? No nosso meio também acontecem coisas parecidas. Quando um jovem bem nascido, da classe média ou mesmo da alta, se manifesta com um excelente desempenho, todos do seu nível acham normal. Porém, se um nordestino esforçado após muito estudo fizer uma demonstração de competência, de sabedoria, uma proeza, todos vão questionar: Ei! o que é isso? Quem ele pensa que é? Ele não é apenas um baiano? Não é o filho daquele que veio do Norte a pé? kkk...
Caríssimos. Não fiquem tristes, nem desapontados quando vocês tentar semear a palavra de Deus em sua família e  aí encontrar a maior resistência que se manifestará através de chacota, risos, e um ar de quem está pensando: Olha só quem está falando isso".  Não ligue, e pense em Jesus, aquele que tem todo o poder no Céu e na Terra, mais que foi ignorado em sua cidadezinha natal, pelos amigos e familiares.
Infelizmente é assim mesmo que funciona. Neste caso, pega a sua viola e vá cantar em outro lugar. Mas nunca desanime. Viu?

Bom domingo, José Salviano.


A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.-Igreja Matriz de Dracena

07- de julho- Terça - Evangelho - Mt 9,32-38


A ação taumatúrgica de Jesus deixava as multidões estupefatas. Na opinião delas, jamais havia acontecido algo semelhante em Israel. Esta sensibilidade diante dos milagres de Jesus predispunha as pessoas a acolhê-lo na fé, e a aceitar tornar-se discípulo dele. 
Onde se situava a admirabilidade dos milagres de Jesus? Quais eram suas peculiaridades? Ele agia com um poder vindo diretamente de Deus. Não pretendia chamar a atenção sobre si mesmo. Curava os doentes e expulsava os demônios por força de sua palavra cheia de autoridade, sem recorrer a gestos ou palavras mágicas. Seus milagres não eram feitos para agradar ou captar a benevolência de ninguém. Tudo se passava no âmbito de uma fé profunda. Evitava qualquer tipo de exibicionismo de poder, que transformaria seus milagres em verdadeiros shows. Os milagres de Jesus correspondiam às esperanças messiânicas, que atribuíam ao Messias o poder de realizar prodígios reveladores de sua identidade. Por fim, correspondiam, também, aos anseios humanos de vida, saúde e libertação. 
Mesmo assim, os milagres não chegavam a convencer a quem estivesse fechado para Jesus. É por isso que os fariseus não hesitavam em atribui-los a um poder recebido do príncipe dos demônios.

Oração 
Espírito de admiração, ao contemplar os milagres de Jesus, tenha eu sensibilidade para descobrir neles o poder divino atuando em favor da humanidade carente de vida.

Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá.-Igreja Matriz de Dracena

06- de julho- Segunda - Evangelho - Mt 9,18-26

Minha filha acaba de morrer.


A FÉ SALVADORA 
Tanto a cura da mulher, vítima de uma persistente hemorragia, quanto a ressurreição da filha de uma pessoa importante acontecem no âmbito da fé. Observando os fatos com um olhar superficial, parece que a mulher e o chefe judeu tinham uma visão mágica do poder taumatúrgico do Mestre. Tem-se a impressão de que o chefe pensava que a ressurreição de sua filha pudesse depender da imposição das mãos de Jesus, ou seja, que a menina retornaria à vida mediante um gesto mágico, e que, por sua vez, a mulher acreditasse poder ser curada por meio de um simples toque no manto dele.
Sabemos que no coração da mulher havia algo mais que uma esperança mágica. Havia muita fé! E isto o deduzimos da declaração de Jesus: “Tua fé te salvou”. O que vale também para o homem, cuja filha tinha morrido. Apenas uma visão mágica do poder taumatúrgico do Mestre seria insuficiente para movê-lo a beneficiar alguém.
A fé consiste em abandonar-se totalmente nas mãos de Jesus, pondo nele toda a confiança. Portanto, acontece num contexto de relações interpessoais, e não apenas entre uma pessoa e um objeto, como se passa no mundo da magia. E mais, a fé interpela a pessoa a fazer espaço, em sua vida, para acolher Jesus, deixando-se transformar por ele. Por conseguinte, para ser salvífica, a fé deve ser existencial e abrir o fiel para o amor.
Oração 
Espírito de abandono nas mãos do Senhor, leva-me a colocar nele toda a minha confiança, de forma a abrir meu coração para uma fé portadora de salvação.


Meu Senhor e meu Deus!-Claretianos

Sexta-feira, 03 de Julho de 2015
Tomás
Efésios 2,19-22: Estejam edificados sobre o fundamento dos apóstolos
Salmo 116: Ide pelo mundo todo e pregai o Evangelho
João 20,24-29: Meu Senhor e meu Deus!
24 Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Os outros discípulos disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir a minha mão no seu lado, não acreditarei! 26 Oito dias depois, estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco! 27 Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. 28 Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus! 29 Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto!
COMENTÁRIO
Celebramos hoje o apóstolo Tomé em sua vocação e resposta e o consideramos elo de união da comunidade, mesmo sem saber muito de sua vida e o que fez depois da Ressurreição. É um dos seguidores mais próximos de Jesus; por isso o festejamos. Lembramos seu testemunho e seu exemplo, pois é este o sentido da celebração dos santos para a comunidade. Eles são modelos a imitar em sua relação com o Mestre. Olhamos assim três elementos em Tomé: um, seu seguimento de Jesus. Os relatos evangélicos o apresentam como alguém que fez o caminho do Mestre. Nesse seguimento, certamente mudou seus projetos: teve que deixar os seus e suas coisas para ir em busca da resposta do reino. Dois, seu testemunho do Ressuscitado. O evangelho ressalta sua incredulidade inicial: na primeira aparição não estava e teimosamente se aferra a elementos racionais e físicos que lhe servem de prova: as feridas nas mãos, pés e no peito do mestre. Porém, ao apresentar-se, Jesus ressuscitado, não teve necessidade de colocar dedos ou mão; se convence ante sua presença de que seu amigo Jesus vive e o proclama “Meu Senhor e meu Deus!”, com uma fé profunda no Ressuscitado presente em sua vida. E três, ainda que não seja um dado evangélico, o imaginamos saindo da Judeia como os outros apóstolos, a pregar a Boa Nova a todas as nações, fiel à missão que lhes dá Jesus antes de ir ao Pai. Assim se diz que Tomé evangelizou a Índia. Esta festa é uma ocasião para revisar nossa vivência cristã, pessoal e comunitária, da Boa Notícia; um motivo para olhar no espelho dos mais velhos que viveram antes de nós a fé em Jesus Ressuscitado.



Louvem a Deus por dar aos homens tal poder-Claretianos

Quinta-feira, 02 de Julho de 2015
Vidal, Marçal, Martiniano
Gênesis 22,1-19: O sacrifício de Abraão, nosso Pai na fé
Salmo 114: Nosso Deus é compassivo
Mateus 9,1-8: Louvem a Deus por dar aos homens tal poder.
1 Jesus tomou de novo a barca, passou o lago e veio para a sua cidade. 2 Eis que lhe apresentaram um paralítico estendido numa padiola. Jesus, vendo a fé daquela gente, disse ao paralítico: "Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados." 3 Ouvindo isto, alguns escribas murmuraram entre si: "Este homem blasfema." 4 Jesus, penetrando-lhes os pensamentos, perguntou-lhes: "Por que pensais mal em vossos corações? 5 Que é mais fácil dizer: Teus pecados te são perdoados, ou: Levanta-te e anda? 6 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: Levanta-te - disse ele ao paralítico -, toma a tua maca e volta para tua casa." 7 Levantou-se aquele homem e foi para sua casa. 8 Vendo isto, a multidão encheu-se de medo e glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.
COMENTÁRIO
Sem entrar em muitos detalhes, coisa que Marcos faz neste caso, o que interessa a Mateus é ressaltar a diferença entre quem se aproxima de Jesus com fé e como consequência ressalta o grande poder de Cristo e os que chegam a ele com atitudes já preconcebidas, e por isso não são capazes de reconhecer o poder de Deus que age nele. Desta vez é o grupo de letrados que se lhe opõe, criticando as atitudes de Jesus frente aos enfermos e desvalidos. E o fazem invocando inclusive a autoridade de Deus, contra quem consideram que Jesus blasfema. Não é raro que isto aconteça. O Senhor dirá em outra ocasião: “Chegará o dia em que aqueles que vos matam estão dando glória a Deus”. Mateus colocou em um só bloco todas as oposições sofridas pelo reino. Ontem foi na região de Gadara, hoje em Cafarnaum, a cidade habitual de Jesus junto ao lago. Ontem foi um população inteira, hoje um grupo de letrados. Ontem, para preservar os interesses econômicos, hoje para defender a pureza religiosa. Sempre haverá um pretexto para questionar a salvação que Jesus oferece a todos os seres humanos. Quanto a nós, não buscamos também às vezes a forma de desprestigiar as pessoas que trabalham pela libertação integral da humanidade, talvez por não serem dos nossos?


Vieste para atormentar-nos antes do tempo?-Claretianos

Quarta-feira, 1 de Julho de 2015
Casto, Secundino, Ester

Gênesis 21,5.8-20: Ao filho da criada não será repartida a herança com meu filho
Salmo 33: O Senhor está próximo dos atribulados
Mateus 8,28-34: Vieste para atormentar-nos antes do tempo?

28 No outro lado do lago, na terra dos gadarenos, dois possessos de demônios saíram de um cemitério e vieram-lhe ao encontro. Eram tão furiosos que pessoa alguma ousava passar por ali.29 Eis que se puseram a gritar: Que tens a ver conosco, Filho de Deus? Vieste aqui para nos atormentar antes do tempo? 30 Havia, não longe dali, uma grande manada de porcos que pastava.31 Os demônios imploraram a Jesus: Se nos expulsas, envia-nos para aquela manada de porcos.32 Ide, disse-lhes. Eles saíram e entraram nos porcos. Nesse instante toda a manada se precipitou pelo declive escarpado para o lago, e morreu nas águas. 33 Os guardas fugiram e foram contar na cidade o que se tinha passado e o sucedido com os endemoninhados. 34 Então a população saiu ao encontro de Jesus. Quando o viu, suplicou-lhe que deixasse aquela região.
COMENTÁRIO
No evangelho de Mateus encontramos uma realidade interessante: a enfermidade, considerada obra do demônio ou castigo de Deus. Como em outras religiões, a Bíblia a considerava, em muitas partes, consequência do pecado: (Eclo 31,15; Mt 9,2-7; Jo 5,14; 9,2), ou efeito da possessão diabólica: (Sal 78,50; 91,3.6; Mc 9,25-29); Jesus nos rejeita esta crença, conforme a leitura de hoje, porém relativiza, não somente com sua palavra, mas com seus milagres em favor de tantos enfermos curados. Estes milagres são sinais da chegada do reino, do cumprimento da salvação de Deus em favor dos que sofrem; são, inclusive, parte da luta de Jesus com as forças inimigas do reino. Estes inimigos podem ser grupos organizados como o dos fariseus e saduceus, ou todo um povo que lhe pede que se vá porque afeta seus interesses. – Hoje são muitas as ameaças que se insurgem contra a fé dos cristãos. Muitos “endemoninhados” sutis impregnam as diversas estruturas sociais, religiosas, culturais, etc. Porém, a força do Espírito que age nos crentes comprometidos e fiéis ao Senhor Jesus pode derrotar essas forças do mal. É preciso atirar essas forças ao “mar da confusão do caos” para que os seres humanos que estão sob sua influência possam gozar da liberdade dos filhos de Deus.

  

Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente

PEDIDO DE ORAÇÃO
Prezados irmãos. Solicitamos suas orações pela saúde de Bete: Esposa de nosso colaborador Jorge Lorente.
Muito obrigado!


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Evangelhos Dominicais Comentados

05/julho/2015 – 14o Domingo do Tempo Comum

Evangelho: (Mc 6, 1-6)

Jesus foi para sua terra, acompanhado de seus discípulos. Chegado o sábado, pôs-se a ensinar na sinagoga. Muitos que o ouviam se admiravam e diziam: “Donde lhe vem tudo isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? E estes milagres que se fazem por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria o, irmão de Tiago, de José, de Judas e Simão? E as suas irmãs não vivem aqui entre nós?” E não queriam acreditar nele. Jesus, porém, lhes dizia: “Um profeta só é desprezado em sua terra, entre seus parentes e em sua própria casa”. E não pôde fazer ali nenhum milagre. Curou apenas alguns doentes, impondo-lhes as mãos. E ficou admirado com a falta de fé deles.

COMENTÁRIO

Vamos iniciar nossa meditação de hoje desejando muita paz para você conterrânea e conterrâneo amigo. Conterrâneo... essa palavra é bastante utilizada no norte e nordeste do Brasil e tem o mesmo significado de concidadão, compatriota ou patrício. São pessoas nascidas na mesma terra, na mesma cidade.

No evangelho de hoje, Jesus aparece entre seus amigos de infância. Rodeado por pessoas, de todas as idades, que o conheciam desde pequeno. Muitos dos presentes devem ter frequentado a mesma escola e partilhado, com Ele, dos mesmos brinquedos.

Sabendo de tudo isso, não conseguiam aceitar que um "conterrâneo", alguém nascido e criado ali, pudesse demonstrar tanta sabedoria e realizar milagres. Não é fácil admitir, mas realmente, é difícil de aceitar que as virtudes possam estar presentes nas pessoas humildes ou num simples carpinteiro.

Assim como eu, você também já deve ter comprado eletroeletrônicos, eletrodomésticos, roupas, relógios, brinquedos e outras centenas de produtos importados, crente que eles nunca iriam quebrar. Infelizmente é assim que pensamos. O simples fato de serem importados traz a sensação de serem superiores em qualidade e resistência.

Parecem até mais bonitos e bem acabados que os nossos. Chega a ser desleal a concorrência quando comparamos esses produtos com os nacionais. Por mais que se queira disfarçar, existe um grande preconceito quanto aos produtos fabricados em nosso país, em relação aos importados.
O mesmo acontece com as pessoas, profissões e entidades. Não vamos contestar os recursos técnicos e a capacidade de alguns profissionais, mas a verdade é que esperamos verdadeiros milagres dos médicos do exterior e, diante de uma simples dor de cabeça, não acreditamos no poder de cura do analgésico, só porque foi receitado pelo médico do Posto de Saúde.

Os mais abastados fretam avião, hospedam-se em hotéis luxuosos e pagam "fortunas" por uma consulta médica no exterior, enquanto em sua terra estão excelentes profissionais, muito conhecidos e afamados lá fora.

Mas, pelo visto, não é novidade esse modo de pensar e agir. Jesus também foi rejeitado, teve que exercer seu ministério longe da sua terra.

O evangelista diz que: "Ficaram escandalizados por causa dele". Seus amigos e vizinhos se escandalizaram com a sabedoria, com as palavras e com os milagres que estava fazendo um simples jovem, filho daquela terra.

Também não é novidade que o profeta não é bem aceito, pois suas palavras incomodam, machucam. Geralmente, não é bem vindo quem diz verdades, quem luta por igualdade e prega honestidade e amor. Generalizando: esse nós afastamos, ou nos afastamos dele. Quanto mais distante, melhor.

Não quero parecer maldoso, mas quantas vezes recebemos como verdadeiro herói aquele mau caráter de colarinho branco. Cheios de admiração nós enaltecemos aquele que lesa as pessoas e o patrimônio público. Não raro, até banda de música está presente na recepção de um famoso chantagista.

Jesus fica admirado com a falta de fé que encontra ali e, diante da incompreensão do povo, deve ter dito para si próprio: “Só mesmo tentando nos povoados da redondeza, pois em lugar como este, não dá para fazer milagres!”

(2445)



Comentários Prof.Fernando

Comentários Prof.Fernando* 6ºpós-Pentec=14ºtempo Comum
– 5 de julho de 2015
Quer te escutem, quer não,
ficarão sabendo que houve entre eles um profeta (Ezequiel 2,5)

Ezequiel, Paulo, Jesus de Nazaré
·                    O trecho de hoje (Ez2,2-5) refere-se à Vocação do profeta (séc.6º a.C). São enormes as dificuldades para realizar sua missão. Também Paulo (2ªcarta Coríntios 12,7-10) sofreu com as acusações contra ele. Delas se defende com firmeza, certo do lugar que ocupa na comunidade. Na leitura de Marcos (6,1-6) vemos o próprio Jesus de Nazaré de volta à sua terra natal, estranhando o desprezo de seus conterrâneos para com sua atuação profética. Diante da pergunta deles: “como é que pode alguém de nossa aldeia possuir tanta sabedoria?” o Mestre de Nazaré (essa era a sua aldeia!!!) se espanta com a falta de fé das pessoas e encontra, como única explicação, o provérbio “um profeta só não é valorizado em sua própria terra, entre seus familiares e parentes”.
·                    A exigência de milagres acabava esvaziada – predominava de fato a incredulidade – pois nem vendo as maravilhas que Jesus fazia, ou antes, quem era, como se comportava, a sabedoria que nele havia, chegavam a nele acreditar. No evangelho de João aparece mutias vezes esta contradição. Jesus critica a “cegueira” dos adversários (fariseus, escribas, doutores da lei) os quais afirmam não não ser cegos, mas na verdade são “o pior cego”, aquele que não quer ver (creio que nosso provérbio derivou desta cena evangélica – João 9).

Comunicação e comunicadores
·                    O problema não está na mensagem. Não está no mensageiro. A questão está dentro do ouvinte, que pode escutar ou não. Que pode considerar, refletir e decidir ou arranjar pretextos para não se abrir aos milagres na vida, começando pelo milagre da Vida.
·                    Tomando o sentido bíblico mais amplo de “profeta”, ou seja, alguém que proclama uma mensagem (que se diz originada em Deus), podemos dizer que, no panorama atual brasileiro, parece haver uma “inflação de profetas e pregações”. Na Mídia, principalmente televisiva, inúmeros programas e emissoras rivalizam a busca de maior audiência com uma fantástica multiplicidade de mensagens – todas sob o título genérico de “evangelização”. Mas, seja em programas religiosos, seja em outros (os noticiários em geral expõem violência e crimes diários) esta atividade é intensa e multiplicada por tecnologias avançadas e popularizadas. Ela já foi além da suave melodia das “aves que aqui gorjeiam”, como escreveu o poeta. Agora chega a ser “tuitar” contínuo, martelando uma mensagem atrás de outra nos dispositivos movei. Num fixo (na sala ou no quarto) outro martelar ideológico “controla” todos os familiares, que talvez pouco conversem enquanto hipnotizados pelo “Big brother” (o da ficção – livro “1984” de Blair/G.Orwell – embora muitos sigam sua réplica atual em “reality shows”.
·                    Nos textos indicados, Ezequiel, Paulo e o próprio Cristo parecem lembrar que a responsabilidade maior em discernir e reconhecer o que é (ou não) a “voz” que provém de Deus recai sobre os ouvintes da Palavra. Da colheita não se leva tudo à mesa: é preciso separar a palha do trigo. Um resumo do cristianismo segundo Paulo: na perseguição e na fraqueza manifesta-se a força do anúncio, não necessariamente no crescimento e sucesso.

Vozes e sons na pequena aldeia de Nazaré
·                    Frequentemente nós não percebemos a presença do Mestre, que veio de Nazaré, quando o ouvimos no meio da vida comum e quotidiana da aldeia real em que vivemos. Apesar de situados hoje numa “aldeia global” – conforme a expressão criada pelo filósofo Marshall MacLuhan na década de 60 – creio que nossa existência se decide mesmo é no dia a dia, onde habitamos o microcosmo de nossas famílias, trabalhos, igrejas e relacionamentos. Em casa, no bairro, no condomínio, na escola das crianças, nos ônibus, no comércio, na fila do SUS ou do caixa onde pagamos contas é por aí que vamos escutando sons e muitas vozes. Aí o lugar onde procuramos discernir a “vontade salvadora de Deus” para os seres humanos.
·                    Nesse espaço-tempo de nossas vidas percebemos (ou não) sinais, milagres e palavras, com ajuda de nossa atenção inteligente e pela mediação de seus “profetas”. É preciso reconhecer os verdadeiros entre os falsos. Seja conhecidos e familiares de nossa terra natal – contudo distraídos – seja entre desconhecidos e forasteiros – contudo nem todos dignos de atenção. A “aldeia global” está cheia de ambulantes, sempre oferecendo algum elixir maravilhoso.

Nota pessoal e alguns pedidos de oração
·                    Como Francisco sempre lembra, precisamos pedir uns pelos outros. Na minha “aldeia real”, depois de festas familiares de aniversário (aqui referidas há 2 semanas) chegou o inverno trazendo frios e doenças. Mas quem precisa de oração são alguns amigos da família. Um colega meu de colégio deixou-nos há poucos dias e mais tristeza deixou em todos quantos o conheceram, principalmente para sua esposa, S. M encontra-se em recuperação de cirurgia delicada seguida ainda de tratamento. Outros passam também por terapêuticas difíceis (B, G, I, De, A, X, Di) ou tiveram agravadas suas condições de saúde. Para todos pedimos a cura e, em todas as circunstgâncias, o conforto da fé e da presença dos amigos.
·                    Permanecemos intercedendo pelos migrantes diariamente resgatados no Mediterrâneo e pelos haitianos que procuram trabalho em S.Paulo e no sul do país. Por muitos milhares de desempregados da construção civil e de outros setores no Brasil. Pelos sírios e iraquianos fugidos da guerra contínua e do terror do E.I. Pelos idosos morrendo sob a onda de calor no Paquistão. Pelas meninas raptadas pelo Boko Haran e pelas vítimas de castração feminina (apesar de leis recentes ainda não obedecidas no Egito e também praticada em outros países). Pelo povo grego, seus jovens sem trabalho e pelos aposentados: os mais sofridos na grave situação atual.
·                    Pessoalmente recebi luz e tive o coração pacificado, após angústias e preocupações com parentes, ao escutar domingo passado esta palavras do pregador: “Deus nos fez diferentes; então, respeitar as diferenças e gostar da diversidade, riqueza da comunidade. Ele acolhe no Reino gente de todos os povos e de todas as tribos”. Citou Romanos 14 onde Paulo recomenda à comunidade tolerância entre grupos que se contestavam mutuamente por adesão a diferentes costumes de comida e bebida... Chegavam a ser escândalo e tropeço para a fé e a caridade. É o que deveriam preservar, propõe o apóstolo, mesmo abrindo mão de opiniões e preferências pessoais: um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, só come legumes. O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come (...) Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar. (...) Assim não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. (...) Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros (cf.Rom14. Esta foi uma experiência pessoal do escutar e aprender com uma palavra profética.

ooooooooo ( * ) Prof.(1975-2012-Edu/Teo/Fil) fesomor2@gmail.com


“MEU SENHOR E MEU DEUS!” – Olívia Coutinho


Dia 03 de Julho de 2015

Evangelho de Jo20,24-29

Hoje, a Igreja celebra a festa do Apóstolo Tomé!
Quando a Igreja faz memória a um Santo, ela  quer  chamar a nossa atenção para o seu testemunho, e o  testemunho de São Tomé chama a nossa atenção sobre a essencialidade da fé!
A figura de São Tomé,  ficou marcada muito mais pelo seu vacilo na fé, do que  pela sua  profissão de Fé!
        Tomé, que fazia parte da comunidade dos apóstolos, tinha muitas  duvidas no coração, ele não acreditou na ressurreição de Jesus. E nem  mesmo  quando os seus irmãos de comunidade, atestaram terem visto Jesus, ele  não aderiu a fé, pretendendo uma constatação pessoal para acreditar que Jesus realmente havia ressuscitado: “Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Para acreditar que Jesus havia mesmo ressuscitado,  Tomé pretendeu  não somente, uma constatação visual, como também, tocar  nas suas chagas. Esta constatação, Tomé pode ter, oito dias depois, quando Jesus Ressuscitado,  aparece novamente para a comunidade dos apóstolos e desta vez, ele estava presente. Neste encontro, Jesus não repreendeu Tomé, apenas  mostrou-lhe as mãos, e pediu-lhe que tocasse  no seu lado. Em seguida Jesus  faz a ele um apelo, que serve também para nós: “Não sejas incrédulo, mas fiel!”.  
São Tomé, representa, muitos de nós, que às vezes vacila na fé, principalmente nos momentos  de sofrimento. É bom lembrarmos, que o vacilo de Tomé, aconteceu num momento de sofrimento, quando ele acabara de ver o seu grande Mestre morto numa Cruz!
Não foi somente Tomé que  ficou  descrente depois da morte de Jesus.  Houve uma desestruturação geral na comunidade dos apóstolos após a morte de  Jesus, Tudo aquilo era muito difícil para a compreensão deles. Eles tiveram  muita dificuldades para entender  o que Jesus havia lhes dito à respeito da sua ressurreição. Alguns, já haviam desistido, e voltado para o seu  lugar de origem,  como os discípulos de Emaús e o próprio Tomé!
A incredulidade  de  Tomé, nos ajudou a crer na ressurreição! Podemos interpretar este episódio, como sendo uma providencia Divina, afim  de nos alertar sobre a importância da fé e do testemunho. Como disse S. Gregório Magno: “A incredulidade de Tomé foi mais útil à nossa fé do que a fé dos discípulos crentes.”
Como podemos constatar no texto, Jesus não repreendeu Tomé, apenas o alertou, convidando-o  a crer  e a  ser fiel a Ele. O que vem nos mostrar,  que  para Jesus,  não importa o nosso passado, o que vale  para  Ele,  é o que nos propomos a ser, a partir do nosso encontro com Ele! Tomé conviveu com Jesus por aproximadamente 3 anos,  mas foi no encontro com o Ressuscitado, que ele abraçou a fé: ”Meu Senhor e meu Deus!”
Como São Tomé, nós,  também somos sujeitos às crises de fé! Tropeçar, cair, faz parte de quem está na caminhada, já, ficar no chão, ou levantar, aí sim, depende do nosso querer! Tomé caiu  mas se  levantou e reconheceu Jesus como o seu   Deus e Senhor!
“Felizes os que creem sem terem visto! Estamos incluídos  nesta Bem aventurança, porque nós acreditamos na ressurreição de Jesus, graças ao testemunho dos apóstolos, principalmente do testemunho de Tomé que pôde tocar nas chagas de Jesus, nos ensinando a tocar nas feridas do nosso irmão, que são as feridas do coração de Jesus!
Tomé vacilou na fé, mas depois do seu encontro com Jesus, ele nos deu um grande exemplo de conversão, fazendo  a belíssima profissão de fé: “MEU SENHOR E MEU DEUS”! Profissão de Fé, que nós também fazemos durante as celebrações Eucarísticas!
As pessoas de todos os tempos e lugares encontram nas Escrituras o testemunho dos discípulos e acreditam no testemunho deles, mas isto não dispensa a necessidade de um encontro pessoal e íntimo com Jesus é neste encontro, que abraçamos a fé!
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

O toque de Jesus-Helena Serpa

06/07/2015 - 2a. Feira XIV semana comum - Gênesis 28, 10-22 - " o Senhor quer trabalhar em nós "
A escada que Jacó viu em sonho era apoiada no chão, mas a outra ponta tocava o céu. Se parássemos mais para refletir iríamos constatar que há como que uma ligação e uma sintonia entre o céu e a terra. E, se tivéssemos a faculdade de alcançar o que se passa dentro do nosso interior quando Deus nos revela os Seus planos, com certeza, nós poderíamos também enxergar o canal pelo qual esta comunicação acontece. O sonho de Jacó é para nós uma amostra de como o Senhor se comunica com a nossa humanidade.  No momento em que paramos e repousamos a nossa mente nós sentimos as “moções” de Deus. Os anjos estão atentos e, à nossa volta eles trazem as inspirações para que possamos também louvar a Deus e viver uma vida de acordo com a Sua vontade.  É partindo da nossa vida, da nossa realidade, da nossa história, da nossa FRAQUEZA, que o Senhor quer trabalhar em nós. A escada que nos levará ao céu está escondida na nossa alma e começa na nossa humanidade decaída, assim, passo a passo nós iremos galgando cada degrau e, firmados (as) nas promessas do Senhor nós chegaremos ao céu. O céu começa entre nós e Deus, entre a humanidade e a divindade que moram dentro de nós mesmos (as). Pela experiência de fé nós podemos vivenciar a felicidade prometida aqui e agora. Não podemos alcançar a vida espiritual à força, de uma hora para outra, nunca o conseguiremos. Não podemos saltar por cima da nossa realidade, que são as nossas fraquezas e nossos limites. Há uma divisão entre o que almejamos e a nossa real incapacidade. Por isso, projetamos a nossa incapacidade sobre os outros e exigimos do outro aquilo que nem nós conseguimos. O lugar do repouso é o lugar da oração, o lugar sagrado, onde Deus está. Sabemos que o Senhor está muito perto de nós e o Seu maior desejo é nos levar para o céu. Ele mesmo é quem diz: “Nunca te abandonarei até cumprir o que te prometi!”. - Como é que você se comunica com Deus?- Você acredita que o Senhor está sempre perto e que nunca o (a) abandonará? - Você já sonhou com os anjos? – Esse sonho pode ser uma realidade!

Salmo 90 – “Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente

Aquele que habita no esconderijo de Deus jamais vacilará. Habitar ao abrigo do Altíssimo é confiar em que o Senhor está sempre perto e nos livra dos laços do inimigo. O Senhor nos livra do pecado e da morte da alma. Ele nos sustenta em Suas mãos e nos defende com as Suas armas. Que a confiança no Senhor seja o alimento da nossa alma todos os dias das nossas vidas!

Evangelho – Mateus 9, 18-26 – “o toque de Jesus”
   
Em qualquer posição que estejamos devemos ter a consciência de que a nossa vida assim como a dos nossos mais queridos, depende somente de Deus. Jesus é o Salvador da nossa casa, mesmo quando lá, alguém, aos “nossos olhos”, isto é, dentro dos nossos limites, pareça ter morrido. Os dois personagens do Evangelho de hoje não exigiram de Jesus atenção especial, eles apenas se aproximaram de Jesus cheios de fé e confiança. O homem que se aproximou de Jesus era um chefe, isto é, alguém importante e muito versado, que, se supõe ser muito conhecido.  No entanto, ele inclina-se profundamente diante de Jesus e, com humildade, reconhecendo a sua limitação, mostra a todos o seu desespero pela morte da filha.  Aquela mulher que sofria de hemorragia há doze anos, apenas tocou a barra do manto de Jesus e foi curada e recebeu Dele a força para restaurar a sua vida. “Coragem, filha! A tua fé te salvou” Por isso, não precisaremos mais ir de um lado para outro buscando “paliativos” para as nossas dores. A fé em Jesus Cristo é que nos salva!  Não precisamos nos desesperar, mas abrir a boca com confiança como fez aquele homem e dizer: “Minha filha acaba de morrer, mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”.  
Apesar das nossas dúvidas sempre existirá um mas, uma condição, uma esperança diante dos nossos infortúnios. Vem, Senhor, vem tocar, vem mudar, basta apenas que Tu entres na minha casa, que ponhas a mão sobre a minha família e ela viverá. Jesus concedeu uma nova vida à filha daquele homem importante e quer também assumir o Seu lugar dentro da nossa casa e ressuscitar todos os que estão mortos. No caminho para nossa casa nós encontramos pessoas que têm tentado de todas as maneiras a cura para os seus males, que já estão até desenganadas, mas não perderam a fé nem a esperança. Para elas também, Jesus que confirmar o Seu diagnóstico: “a tua fé te salvou!” Que a nossa fé nos mova e nos faça sair de nós mesmos (as) para buscar Jesus na certeza de que só Ele é o médico dos homens e das almas e que o motivo maior para uma vida nova seja simplesmente o nosso desejo de tocá-Lo. - Você tem procurado se aproximar de Jesus- Como você acha que pode tocá-Lo? – Você já convidou a Jesus para entrar na sua casa e tocar, naquela pessoa, que parece estar morta? - Qual é a sua atitude diante das coisas que parecem impossíveis de acontecer? - Você necessita ser curado (a) de alguma doença?  A quem você tem procurado?