Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.-Igreja Matriz de Dracena
31 de Maio - DOMINGO - Evangelho - Mt 28,16-20
Quando Maria
Madalena e a outra Maria foram ao túmulo de Jesus, ao raiar do primeiro dia da
semana, um anjo lhes anunciou que Jesus ressuscitara e que precedia os
discípulos na Galiléia, para onde eles deviam se dirigir. A seguir, o próprio
Jesus vai ao encontro delas e também lhes comunica que devem anunciar aos
discípulos que se dirijam para a Galiléia (Mt 28,1-10). Isto indica que, após a
crucifixão de Jesus em Jerusalém, a missão iniciada por ele foi retomada na
Galiléia. Dessa maneira, os onze discípulos voltam para lá e se encontram com
Jesus ressuscitado, sendo por ele enviados em missão. Apenas no Evangelho de
Lucas é que Jesus declara aos discípulos que devem permanecer em Jerusalém; com
isto Lucas coloca como centro de irradiação da missão Jerusalém, e não a
Galiléia.
O credo da tradição de Israel se fundamenta em uma
divindade que elege um povo e, por meio de “sinais e prodígios, por meio de
combates, com mão forte e braço estendido, por meio de grandes terrores”,
extermina os demais povos, que são considerados inimigos (primeira leitura).
Contudo, Jesus vem revelar o Deus de amor e misericórdia, na humildade, na
mansidão e na paz, que acolhe todos os povos do mundo. Jesus se comunica não
com terrores e poder, mas com palavras dirigidas aos seus discípulos de irmão
para irmão, de amigo para amigo. São palavras de vida que seduzem e conquistam.
Os discípulos são enviados de modo a eles próprios fazerem novos discípulos
entre todas as nações. Não há nenhuma eleição particular; todos são chamados ao
seguimento de Jesus, na observância de sua palavra e na adesão à vontade do
Pai. O ministério de Jesus iniciou-se com o batismo de João. É o batismo da
conversão à justiça, à fraternidade e à compaixão. Agora, os discípulos são
enviados para batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Jesus
assumiu o batismo de João revelando que este batismo da conversão é do agrado
de Deus e, pela prática da justiça que promove a vida, somos inseridos na
própria vida divina, na unidade da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. A
justiça que promove a vida, na misericórdia e na compaixão, é a forma concreta
do amor que une os filhos de Deus. Pela fidelidade a Jesus, movidos pelo
Espírito, podemos chamar Deus de Pai (segunda leitura) e temos a presença de
Jesus por toda a eternidade.
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