12 de Maio - Terça - Evangelho - Jo 16,5-11
Jesus, com Sua partida para o Céu,
consola Seus discípulos e firma Seus passos com a ajuda de Deus. Por isso,
prepara-os para receber a força que virá. Afinal, Sua ida é certa e necessária: “No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para
vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me
for, eu vo-lo mandarei” (Jo 16,7). É bom que Jesus vá, porque o Defensor – o Espírito
Santo – enviado aos discípulos, unidos em comunidade, dará continuidade
histórica ao ministério de Jesus, restaurador da vida.
Cristo
fala aos discípulos de Sua partida e eles se entristecem. Ele, porém, os
exorta a sentir alegria, pois somente com Sua partida virá o Paráclito. O
discípulo, deixando-se guiar pelo Defensor, estará no caminho seguro. A fé é a
confiança plena no Deus da vida que, por Seu Espírito, nos inspira no caminho
certo, no qual não somos seduzidos pelas ilusões frágeis e passageiras do
mundo.
Agora, os
próprios discípulos, unidos ao Espírito, são os protagonistas da missão
restauradora e vivificante. O Espírito Santo, que já estava presente em
Jesus, é colocado em destaque a partir da ocultação do Jesus visível e
sensível. O Espírito é uma presença tão forte entre nós como era a presença de
Cristo no momento histórico de Seu ministério. O Paráclito atualiza a presença
do Senhor na comunidade dos discípulos. Sua ação é reconhecida pela fé em todo
ato de amor, que remove a injustiça, promove a vida e constrói a comunhão e a
paz.
É,
portanto, bom que Jesus vá, pois o Defensor – enviado aos discípulos unidos em
comunidade – tornará continuada a obra redentora e o ministério vivificante de
Cristo.
E uma vez
presente o Espírito de Deus, os discípulos – unidos a Ele – são os
protagonistas da missão vivificante. Com a presença atuante e operante do
Espírito Santo, Jesus passa a ter uma presença escondida “física e humanamente
falando”.
Podemos
assim dizer que o Espírito Santo atualiza a fé dos discípulos na presença de
Jesus, na Sua Igreja, formada pelos apóstolos em primeira mão, depois pelos
discípulos e, consequentemente, por toda a comunidade de fiéis nos nossos dias.
Ele nos unge para a missão de questionar o mundo quanto ao pecado, à justiça e
ao julgamento. Assim sendo, é nossa tarefa como missionários denunciar as
estruturas injustas, o mundo do pecado que alimenta e sustenta a máquina
promotora da “cultura de morte” em nosso meio. É nossa missão anunciar e
testemunhar o mundo novo, onde a vida prevalece e triunfa sobre a morte.
Isso só
acontecerá na nossa vida se pedirmos a força que vem do Alto. Portanto,
rezemos! Peçamos ao Pai Celeste que nos conceda o dom do Espírito Santo, para
que tenhamos o Protetor, o Advogado, o Defensor, o Intercessor, o Consolador a
nos dar forças, a fim de podermos enfrentar – e vencer! – o mundo, usando
sempre como instrumento de trabalho o selo cunhado com o “carimbo do céu”:
Jesus Cristo. Ele que é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Padre Bantu Mendonça
Nenhum comentário:
Postar um comentário