quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão-Claretianos

Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2015
Gabriel da Dolorosa

Ezequiel 18,21-28: Pela justiça que praticou, viverá
Salmo 129: Se levas em conta os nossos pecados, Senhor quem poderá subsistir?
Mateus 5,20-26: Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.

20 Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. 21 Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, mas quem matar será castigado pelo juízo do tribunal. 22 Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. 23 Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. 25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. 26 Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo

COMENTÁRIO

O texto começa chamando a atenção sobre o modo de agir da multidão que deve superar as incoerências dos letrados e fariseus para quem o cumprimento dos preceitos e ritos da lei estava acima da convivência justa e fraterna com os irmãos.
A proposta de Jesus centra sua atenção no ser humano e sua capacidade de amar, esse dom de Deus ponto no centro do coração humano que não se pode atrofiar. Se isto acontece, viciam-se todas as relações e projetos humanos, a ponto de perder sua transcendência histórica e salvífica.
Hoje estamos vendo e vivendo conflitos sociais, econômicos e culturais que, levados aos extremos, desencadearam guerras e muitas mortes. Elas dão conta da pequenez do coração humano que deixou arrebatar sua capacidade de amar por interesses mesquinhos, que provocam distância cada vez maior entre vítimas e vitimadores nos projetos de morte.
Falar hoje de uma autêntica reconciliação implica em um longo processo no qual sejam desmontadas as estruturas imorais e injustas que por séculos gestaram ódio e rancor entre as pessoas e povos inteiros.


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