quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

João Batista-Diac. José da Cruz

SEGUNDA FEIRA DEPOIS DA EPIFANIA 05/01/2015
1ª Leitura 1João 3,22-4,6
Salmo 2,8 a “Pede-me; te darei por herança todas as nações”
Evangelho Mateus 4,12-17.23-25

João Batista carregava em si toda a esperança do Povo de Israel e sua pregação trazia algo novo para todos. Ele era apenas o Precursor daquele que devia vir e que já estava entre eles. Seu anúncio jamais apontou para si mesmo, mas para o Messias a quem um dia ele apontou a seus discípulos dizendo “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”. O evangelho de hoje começa narrando que Jesus ficou sabendo que João havia sido preso.
Mais um pregador que deu em nada, mais uma voz que os poderosos fizeram calar. Jesus deixa sua cidade Nazaré e retira-se para a Galiléia, em um Vilarejo de pescadores chamado Cafarnaum, á margem dos lagos, nos confins de Zabulon e Neftali. Do jeito que Mateus narra, esse lugarzinho parece ser no fim do mundo dando-se a impressão que Jesus desistira da missão.
Entretanto, contrariando a expectativa dos poderosos, nesse lugar prá lá do fim do mundo, talvez hoje diríamos, lá onde Judas perdeu as botas, Jesus começa a sua missão de pregador itinerante e prega a necessidade de se fazer penitência, pois o Reino dos Céus está próximo.
E assim, lá na Galiléia dos pagãos, onde havia um povo “Sem eira nem beira” o Messianismo de Jesus aflora com toda força, em seus ensinamentos, curando doenças e enfermidades no meio do povo. Seus ensinamentos e obras coincidem com a Profecias de Isaias, e a Salvação torna-se universal rompendo-se assim com um tradicionalismo Judaico do Povo da Antiga Aliança. A gentalha da Galiléia não fazia parte do Sistema religioso daquele tempo, mas eles também estavam no coração de Deus, e entre eles Jesus anuncia o Reino e o confirma com seus prodígios.
A fama de Jesus se espalha por toda a síria e eles lhe trazem os enfermos, os aleijados e coxos, os possessos e lunáticos, e todos recuperam a saúde física e mental e a partir daí grandes multidões começaram a acompanhá-lo. O resultado da missão é um sucesso total, as pessoas sentem-se atraídas por Jesus. A nossa Igreja não pode deixar-se “engolir” pelas grandes Metrópoles, alinhando-se ao lado dos poderosos, para atrair multidões e dar Ibope.
O Reino de Deus continua a fazer sucesso em meio a massa de miseráveis, em certos lugares onde já não há nenhuma esperança, onde parece que o sistema esqueceu-se das pessoas, é aí precisamente, que a nossa Igreja deve estar presente, anunciando, libertando, curando e promovendo entre elas o valor da Vida. Há uma Galiléia imensa bem á frente de todos nós cristãos, a espera do anúncio e dos sinais da presença do Reino. Como Discípulos missionários, essa é a nossa missão.  E que nenhum de nós fuja da “raia”.



Um comentário:

  1. É isso ai meu irmão. Precisamos sair de dentro das Igrejas, e ir em busca dos que mais precisam da Palavra de deus.

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