quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Entre vós está alguém que não conheceis-Claretianos

Sexta-feira, 02 de Janeiro de 2015
Basílio Magno, Gregório Nazianzeno

1João 2,22-28: Permaneçam fieis ao que ouviram desde o princípio
Salmo 97: Cantemos a grandeza do Senhor
João 1,19-28: Entre vós está alguém que não conheceis.

EVANGELHO

19 Este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar-lhe: Quem és tu? 20 Ele fez esta declaração que confirmou sem hesitar: Eu não sou o Cristo. 21 Pois, então, quem és?, perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não. 22 Perguntaram-lhe de novo: Dize-nos, afinal, quem és, para que possamos dar uma resposta aos que nos enviaram. Que dizes de ti mesmo? 23 Ele respondeu: Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como o disse o profeta Isaías (40,3). 24 Alguns dos emissários eram fariseus. 25 Continuaram a perguntar-lhe: Como, pois, batizas, se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o profeta? 26 João respondeu: Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. 27 Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado. 28 Este diálogo se passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava batizando.

COMENTÁRIO

A missão de João Batista é sensibilizar o povo para que reconhecesse o ungido de Deus. Porém, essa missão choca com uma dificuldade enorme: a incredulidade. E o problema não é somente não crer nele, mas que tampouco creem no testemunho da Escritura. A voz dos profetas, que desde Moisés ressoa com toda claridade através do Antigo Testamento, parece atenuar-se ante a cortina de conveniências que as autoridades do Templo levantam para proteger seus privilégios. Por esta razão João se dirige ao deserto. Aí nasceu o povo de Deus. Aí se prepara a vinda do Senhor. O deserto é a periferia onde nasce a alternativa frente a Jerusalém, centro autoritário e opressor.

Em nosso empo, acontece algo semelhante. Muitos profetas, desde a periferia, nos chamam à atenção frente as loucuras do poder. À sobriedade frente a embriaguez do consumo em nossas sociedades. Nós devemos escolher. O centro é seguro, porém destruidor; a periferia é insegura, porém criativa. Podemos ir ao encontro do Senhor aí onde ele nos espera com risco, ou amarrar-nos a nossas seguranças e espera-lo onde não o deixam chegar. Trilhamos o caminho de João ou de seus inquisidores?

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