segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Até o vento e o lago lhe obedecem-Claretianos

Sábado, 31 de Janeiro de 2015
João Bosco

Hbreus 11,1-2.8-19: Esperava a cidade cujo arquiteto era Deus
Interleccional Lucas 1: Bendito seja o Senhor, Deus de Israel
Marcos 4,35-41: Até o vento e o lago lhe obedecem.

35 À tarde daquele dia, disse-lhes: Passemos para o outro lado. 36 Deixando o povo, levaram-no consigo na barca, assim como ele estava. Outras embarcações o escoltavam. 37 Nisto surgiu uma grande tormenta e lançava as ondas dentro da barca, de modo que ela já se enchia de água. 38 Jesus achava-se na popa, dormindo sobre um travesseiro. Eles acordaram-no e disseram-lhe: Mestre, não te importa que pereçamos? 39 E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar: Silêncio! Cala-te! E cessou o vento e seguiu-se grande bonança. 40 Ele disse-lhes: Como sois medrosos! Ainda não tendes fé? 41 Eles ficaram penetrados de grande temor e cochichavam entre si: Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?

COMENTÁRIO

A barca em meio à tempestade foi frequentemente considerada como uma alegoria da Igreja. E esta imagem adquire todo seu sentido na atual conjuntura da Igreja no mundo.
O mesmo acontece aos discípulos: a Igreja abandonou as multidões, levando Jesus consigo e hoje em dia se encontra isolada em suas instituições seculares e de proa a uma profunda tempestade. Também os chamados correm o risco de isolar-se apesar de sua própria disciplina, de sua fé, de sua consagração e isto por sua vez é uma grande desordem. A solução? Recorrer aos poderes de Deus? Ao poder de sua palavra ameaçadora? Apelar simplesmente ao sobrenatural? Talvez! Porém, corre-se então o risco de ter que ouvir que nos digam: “Não tendes fé?” Porque a fé não deve empurrar-nos a utilizar a segurança das instituições eclesiais ou clericais e sim a contemplar Jesus morto e ressuscitado, ao compromisso na mesma morte e a voltar à margem a misturar-se com as multidões. Agindo com medo, a igreja se isola. Em virtude da fé, recusa expressar para fora seu próprio problema. Porém, o lugar da verdade da Igreja é o mundo e não outro.


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