domingo, 28 de dezembro de 2014

FAMÍLIA HUMANA, FAMÍLIA DE DEUS – Maria de Lourdes Cury Macedo


Terça-feira, 30 de dezembro de 2014.
EVANGELHO DE LC 2,22-40
A Sagrada Família - Jesus, Maria e José - era fiel à Lei de Deus. Desde o início, a Sagrada Família de Nazaré se faz obediente em tudo, não importando com sofrimentos, sacrifícios, medos, incertezas.
No Evangelho de hoje, observamos mais uma vez a Sagrada Família cumprindo com fidelidade, humildade e obediência, à Lei de Moisés, a apresentação de Jesus no Templo e a purificação de Maria. Eles estavam isentos dessa lei, porque Jesus é Deus e Maria continuou virgem depois do parto. Mas para não escandalizar o povo, eles cumprem rigorosamente o prescrito em Lei.
Segundo a Lei de Moisés, todo primogênito do sexo masculino deveria ser consagrado ao Senhor (cf Ex13,2.12). Os pais de Jesus cumprem o que estava prescrito, demonstrando assim que seu filho Jesus assume a realidade do seu povo. Porém, o primogênito do sexo masculino consagrado deveria ser resgatado por meio do sacrifício de um animal. (Resgatado para pertencer aos pais).
Maria e José levaram a criança ao Templo em cumprimento à Lei e  pagaram o resgate. Os pobres, nesse caso, poderiam oferecer um par de rolas ou pombinhos, foi o que ofereceram. Os ricos ofereciam bens valiosos.
Vivia no Templo um homem piedoso e justo chamado Simeão, que esperava a consolação de Israel. Essa consolação tão esperada e anunciada era a felicidade e a tranquilidade que o Messias viria trazer. Essa consolação refere-se ao “Reino eterno e universal; Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de graça, Reino de justiça, amor e de paz.”
Simeão ao ver o menino O identificou imediatamente, por obra do Espírito Santo, isto é, teve a grandeza de identificar o pobrezinho de Nazaré, que era o Messias esperado há séculos. Tomou-O em seus braços e louvou a Deus dizendo: “Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo.”
Simeão tinha conseguido realizar o seu sonho de ver o Cristo, o salvador enviado pelo Pai. Com essa oração, Simeão fechava a jornada de sua vida. Ele exprime a Deus seus sentimentos de paz e confiança. Simeão reconhece que um tempo novo começa, por isso diz que pode morrer tranquilo.
O velho Simeão, dirigindo-se à mãe do Menino, profetizou que o Messias veio proporcionar a salvação a todos que seguissem seus ensinamentos. Cristo seria causa de contradição porque uns seriam a favor, outros contra sua pessoa e sua doutrina. E desde Herodes até hoje, nunca faltaram adversários para Cristo, que querem manchar seu nome, desprezá-Lo e matá-Lo nos corações de quem O ama.
Para Maria, Simeão profetiza dores pungentes, sofrimentos, como golpes de espada. Jesus realizará a salvação, Maria participará dela por meio do sofrimento e do amor a Deus e ao povo.
A profetiza Ana estava lá também e à semelhança de Simeão, inspirada pelo Espírito Santo, louva o Senhor e fala do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
A Sagrada Família nos dá exemplo de humildade e obediência  para que nós vivamos dentro do Espírito e da prática de penitência cristã. Jesus veio ao mundo com uma missão definida, trazer a mensagem divina até nós. Ele é a luz que nos ilumina quando nos deixamos iluminar, quando cooperamos com Ele. Ele nos deixa livres para escolher, aceita-O quem quer, Jesus não impõe.
Senhor, eu quero todos os dias da minha vida viver a humildade, a obediência, o perdão e acima de tudo o AMOR. Amém! 






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