segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Evangelhos Dominicais Comentados-Jorge Lorente

Evangelhos Dominicais Comentados

21/dezembro/2014 – 4o Domingo do Advento

Evangelho: (Lc 1, 26-38)


Rapidamente estamos caminhando para o Natal do Senhor. O Verbo Divino se faz homem para nos salvar. A vinda do Menino Deus é o Plano de Amor colocado em prática. O Plano de Salvação incluía também uma humilde personagem, uma criatura muito amada por Deus e por nós.

Na liturgia de hoje nos encontramos com a jovem Maria de Nazaré. Corajosa, humilde e de uma fé inabalável. Assim que o Arcanjo Gabriel lhe disse para não ter medo, ela acreditou e corajosamente deu o seu "Sim", para que o Plano de Deus pudesse ser executado.

O diálogo entre a Virgem e o Arcanjo Gabriel mostra que devemos estar sempre abertos para ouvir aquilo que Deus nos pede. "Alegre-se", disse o Anjo. A alegria é um presente do Pai, é algo que brota de dentro de nós, como um dom que recebemos de Deus, quando cumprimos sua vontade.

A alegria tomou conta Daquela que, através do Arcanjo, foi chamada por Deus de "Cheia de Graça". Cheia de Graça porque foi concebida sem pecado, isenta de tudo que ofende a Deus e ao próximo. Maria é uma criatura pura e cristalina. Maria é um Sacrário vivo, feito com amor e carinho por Deus, para abrigar o seu próprio Filho.



"Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?" Esta foi sua única dúvida. Como mulher inteligente, casta e santa, ela não conseguia imaginar como poderia se realizar essa gravidez. Mesmo não entendendo a profundidade da resposta do Arcanjo, Maria acreditou e entregou-se totalmente a Deus.

"Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra". É assim que Maria participa da obra redentora de Deus. Mas a sua maternidade divina não é um dom só para ela. É dom para todos nós. Pela obra do Espírito Santo e pela fé de Maria, Jesus entra na história e inicia a obra de redenção da humanidade.

Nossa Mãe é repleta de virtudes, porém a humildade e a fé nela transparecem. Saem como raios de seu interior, podem ser vistas de longe. Humildade e fé transbordam no coração da Cheia de Graça; são esses os dons que precisamos aprender cultivar e fazer crescer em nossos corações.

Deus concede suas graças conforme a missão que confia a cada um. O Pai espera o nosso sim e, se nos escolheu para o apostolado, certamente, também nos dará as graças necessárias para cumprirmos a tarefa.

Imitar Maria, confiar e entregar-se à vontade divina, essa é a receita. Assim deve ser apesar de tantas e tantas vezes, não entendermos a razão.

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