segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Quem pode ser discípulo (a) de Jesus-Helena Serpa

5 de Novembro - Quarta - Evangelho - Lc 14,25-33

Filipenses 2, 12-18 – “trabalhar com temor e tremor pela salvação”


O anseio de salvação e libertação é inerente ao nosso ser. É o próprio
Deus quem põe no nosso coração o desejo de alcançar a salvação e a
consequente libertação do nosso pecado. Por isso, é intenção do Senhor
nos ajudar para que possamos trabalhar com temor e tremor a fim de que tenhamos a vida em abundância. Assim sendo, a nossa obediência à Sua Palavra far-nos-á trabalhar com mais afinco a fim de abraçarmos a
salvação que Jesus veio nos conceder, conscientes de que essa força
operadora nos é dada por Deus. É Ele quem nos faz operar sem reclamação ou murmuração, porque, como filhos Seus, somos homens e mulheres livres de nós mesmos (as), das nossas concupiscências e apelos humanos.
Consequentemente brilhamos como luzeiros no meio das gerações depravadas que rejeitam o Nome de Jesus e, por isso, vivem na infelicidade e na murmuração. Por caminharmos firmes na palavra da vida nós poderemos enfrentar as dificuldades com serenidade, unindo-as à Cruz de Jesus, na certeza de que não estamos trabalhando em vão e um dia, seremos recompensados (as). – Você tem consciência de que é Deus quem coloca no seu coração o querer e o executar? – Você tem entendimento do que Deus espera de você no mundo? – Os desejos do seu coração têm correspondido ao que Deus quer de você? – Você tem aprendido com Jesus a não murmurar nem reclamar?

Salmo 26 – “O Senhor é minha luz e salvação!”



Tomar conhecimento de que o Senhor é nossa luz e salvação e, por isso,
não temeremos a ninguém aqui da terra é para nós motivo de glória. Saber que aqui estamos, mas que não pertencemos a este mundo, pois um dia habitaremos na casa do Senhor e O contemplaremos face a face é também para nós ensejo de alegria e contentamento. Todo conhecimento de Deus nos faz saborear a sua bondade já aqui na terra dos viventes e nos dá alento e coragem para esperarmos o dia que o Senhor virá para nós.

Evangelho - Lucas 14, 25-33 - "quem pode ser discípulo (a) de Jesus"


Jesus aproveitava o momento em que multidões O acompanhavam para
esclarecer como acontece o verdadeiro discipulado para aqueles que
desejam segui-Lo. Assim, pois, podemos apreender que o seguimento de Jesus implica na renúncia e no desapego das nossas ideias e vontade própria, como também dos nossos bens, ídolos e projetos. Ser discípulo de Jesus é segui-Lo para uma vida nova e aceitar a revolução que Ele quer fazer em nós, desde o nosso desapego às pessoas, da anuência à participação na Sua Cruz e do abandono de tudo o que temos de material e de humano. Desse modo, Jesus veio mostrar ao mundo uma nova maneira de ser, valorizando o homem na sua dignidade, libertando-o de tudo o que possa escravizá-lo e dominá-lo. Assim sendo, para que possamos segui-Lo precisamos nos sentir homens e mulheres livres de nós mesmos. Muitas vezes, nós com a boca, professamos que cremos em Jesus e que desejamos
segui-Lo, porém, não fazemos o cálculo de que isto implica em
empreendermos uma guerra contra a nossa carne. Por isso, fracassamos nos nossos propósitos. Precisamos, pois, ter convicção de que a nossa opção de ser cristão se fundamenta na vivência da mensagem evangélica do amor.
Quem ama é livre das condições, é livre das circunstâncias, é livre das
pessoas. Ama, porque ama com o amor de Jesus. A Cruz é decorrente da nossa vivência do amor, porque amar nos traz consequências. Não é fácil amar nem tampouco é fácil assumir os encargos que o amor nos propõe.
Sentar-se para “calcular os gastos” e ou “examinar as condições” é
entregar-se à ação do Espírito Santo que é quem nos capacita a deixarmos tudo e seguirmos a Jesus Cristo como discípulos seus. Quando Jesus nos diz "se alguém vem a mim", Ele quer nos dizer, se "você quer me seguir você deverá viver a lei do amor; você terá que amar como eu amo; viver como eu vivo; sofrer como eu sofro; pensar como eu penso." A renúncia maior há de ser do nosso jeito de olhar as coisas, de julgar e de encarar as pessoas, de nos desapegar dos conceitos adquiridos durante a nossa caminhada de vida, consequência da nossa criação, cultura etc. A renuncia a tudo que não combina com o pensamento evangélico e o desapego das coisas e das pessoas, é, portanto, o fundamento para que o reino dos céus viva em nós e Jesus seja o nosso Rei, Senhor e Mestre. Do contrário, estaremos construindo na areia e nunca seremos considerados (as) discípulos (as) e seguidores (as) de Jesus. - Você tem muitos planos? - Você já fez os cálculos, do que terá de abdicar para que Jesus seja o seu Mestre?- Você é uma pessoa muito arraigada às suas ideias e pensamentos?- Você tem procurado amar como Jesus amou?- Você tem assumido a sua Cruz? Em que?


Helena Serpa

Um comentário:

  1. José Maria Nascimento5 de novembro de 2014 às 04:29

    Obrigado por compartilhar esta belíssima e esclarecedora reflexão!!!

    ResponderExcluir