sexta-feira, 31 de outubro de 2014

É tempo de conversão-Helena Serpa

17 de Novembro- Segunda - Evangelho - Lc 18,35-43

Apocalipse 1, 1-4;2,1-5 – “ é tempo de conversão”
Prisioneiro na ilha de Patmos, São João, recebe de Jesus, através do seu anjo, as revelações que estão contidas no livro do Apocalipse. Estas revelações se constituem num verdadeiro apelo à nossa conversão e mudança de vida. São exortações que nos motivam perseverarmos fielmente na vivência dos ensinamentos da Palavra de Deus. Assim sendo, o anjo proclama “Feliz aquele que lê e que escuta as palavras desta profecia e também pratica o que nela está escrito”. Para nós, seguidores de Jesus Cristo, é um alento saber que a nossa perseverança e fidelidade são atributos preciosos na conquista do reino de Deus. Todavia, precisamos estar convencidos de que isto somente não nos bastará: necessitamos resgatar o amor dos primeiros tempos, que se prova no ardor pelo zelo que praticarmos quando estivermos a serviço da causa de Cristo. Muitas vezes, podemos estar fazendo as coisas apenas por fazer, como que cumprindo uma obrigação, no entanto o Senhor nos pede muito que isso. 
Ele quer que o nosso coração caminhe junto com as nossas ações e que estejamos cheios de ardor e paresia. A afirmação, “o momento está 
chegando”, significa que o tempo é de conversão, e que precisamos 
assumir o projeto de Deus, para valer. “Converte-te e volta à tua 
prática inicial” diz o Senhor. Precisamos repensar o nosso modo de amar 
e servir a Deus. Ele nos ama com amor apaixonado e é com este Amor que precisamos também servi-Lo, quando servirmos ao nosso próximo. Em qualquer profissão ou estado de vida nós podemos servir ao Senhor na construção de um mundo melhor, a partir dos nossos relacionamentos em família, no trabalho e na comunidade da qual participamos. - Como está a sua disposição em servir a Jesus Cristo? – A sua perseverança e fidelidade retratam o que você sente no coração? – Você ainda tem o ardor dos primeiros tempos, de quando você encontrou Jesus?

Salmo 1 – “Ao vencedor concederei comer da árvore da vida”
Precisamos ser esta árvore plantada à beira da torrente, para que a 
nossa folhagem seja sempre verdejante. A torrente é o Espírito Santo, a 
Palavra, o culto ao Senhor, de coração. Seremos vencedores na medida em que nos entregarmos sem constrangimento a esse rio de água viva que é quem nos faz dar frutos de amor e perseverança.

Evangelho – Lucas 18, 35-43 – “para enxergar de novo”.
O relato do Evangelho de hoje nos leva a pensar que aquele homem sentado à beira do caminho, pedindo esmolas, embora estivesse cego já havia enxergado antes. Por isso, diante da pergunta de Jesus ele respondeu, “Senhor, eu quero enxergar de novo”. Olhando numa perspectiva espiritual observamos que muitas vezes, muitos de nós, outrora enxergávamos e sentíamos a presença de Deus, por isso, tínhamos confiança na Sua providência e ação na nossa vida. No entanto, por causa dos acontecimentos e situações adversas, nos distanciamos e ficamos cegos, perdidos, tontos, tornando-nos verdadeiros mendigos de luz e orientação. 
Ficamos, então, tal qual o cego, sentados à beira do caminho esperando 
por socorro, mendigando e desejando que algo novo venha nos tirar 
daquela situação. Na maioria das vezes nos acomodamos desanimados 
esperando que alguém nos note e venha em nosso socorro. Não pedimos ajuda e ficamos na nossa mendicância solitária e muda. A diferença, porém, é que o cego de Jericó, mesmo não vendo, ele podia ouvir e podia falar, por isso, gritou apesar das pessoas mandarem-no calar-se: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” Ele não se prendeu à sua limitação, mas apesar dela, ficou atento ao que acontecia ao seu redor e percebeu algo diferente quando a multidão passou por ele. E foi por causa da sua persistência e determinação, que são atitudes de fé, que Jesus o curou da cegueira. Nós também, podemos ocasionalmente, nos tornar cegos, às vezes, pela falta de esperança, pela decepção, pelas perdas e fracassos, pelas circunstâncias adversas, mas como o cego de Jericó, todos nós temos oportunidade de sair do nosso estado de miséria aparente para, em Nome de Jesus, pedir a ajuda a alguém. Se estivermos atentos (as) à passagem do Senhor nas diversas oportunidades da nossa vida em que nos sentirmos como que um coxo, paralítico, acamado, sem esperança, com certeza, teremos a nossa vida renovada. Não podemos nos acomodar na “beira do caminho”, quando muitos servos do Senhor passam por nós e nos convidam a voltarmos a participar do reino dos céus, em momentos de oração, de partilha e vivência do amor de Deus em comunidade. Mesmo que haja pessoas na nossa frente que queiram nos impedir de reencontrar O Salvador, Ele estará sempre atento ao nosso clamor. Aquele que sentir-se 
necessitado, será lembrado. JESUS, FILHO DE DAVI, TEM PIEDADE DE MIM! – 
Você ainda está esperando Jesus passar ou você já percebe que Ele está perto de você e quer tirar todas as suas dúvidas? – Existe alguém que está atrapalhando o seu encontro com Jesus? – Qual é a sua cegueira: o que você ainda não está entendendo? – O que precisa acontecer para que você saia do comodismo? – Você tem medo de que as pessoas o (a) mandem 
calar-se ou você tem coragem de gritar por Jesus mesmo que chame a 
atenção de todos?

Helena Serpa

3 comentários:

  1. José Maria Nascimento17 de novembro de 2014 às 05:35

    Mais uma iluminada e belíssima reflexão! obrigado!!!

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  2. Helena aprecio muito suas reflexões. Que Deus a abençoe para continuar seu trabalho de missionária da Palavra.
    Abraços - Maria de Lourdes

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