terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quem era Natanael?-Alexandre Soledade

29 de setembro - Segunda - Evangelho - Jo 1,47-51




Bom dia!
Primeiro ponto: Quem era Natanael? Nada mais que Bartolomeu, aquele que viria a ser um dos discípulos de Jesus. Sua lembrança é comemorada dia 24 de agosto. Então por que esse evangelho esta sendo visto hoje? Não é pelo dia, mas pela promessa feita por Jesus.
“(…) Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Segundo ponto: Temos ainda muita dificuldade em acreditar no que ainda não vimos. Ou será que vimos, mas não reconhecemos?
Hoje a igreja celebra o dia dos “mensageiros dos decretos divinos” ou Arcanjos. Celebramos Miguel (Ninguém é como Deus), Rafael (Deus te cura) e Gabriel (Deus é meu protetor). Será que concebemos nos dias de hoje “repletos” de bruxinhos, vampiros bonzinhos (risos), a idéia de anjos ao nosso redor? Concebemos a idéia de seres iluminados e alados a nos guardar por intermédio da vontade divina?
Esse fato chega a ser intrigante… Até pouco tempo atrás a concepção de anjos ou foi por muitos esquecida, em especial pelos jovens, ou banalizada pelos exotéricos. Era anjo da sorte, da prosperidade, da saúde (e não era o Rafael não)… Vimos aos poucos o comércio, a mídia, os oportunistas transformar o “agente sob as ordens de Deus” em um empregado dos nossos desejos. Talvez essa “popularização” tenha surtido o efeito contrário e ter colaborado para que  tenhamos a dificuldade de imaginá-los no cotidiano de nossas ações. Eles estão presentes, mas sensíveis aos olhos e sentimentos dos mais simples e abertos ao projeto e ao amor de Deus.
Essa sensibilidade provavelmente advenha do reconhecimento (ou fé) que Deus nos ama e cuida de nós.
Podemos notar esse pelas coisas que inexplicavelmente acontecem em nossas vidas e daqueles que nos cercam. Prefiro chamar essa teia de coincidências de cumprimento irrestrito da aliança.
“(…) Reconhece, pois, que o Senhor, teu Deus, é verdadeiramente Deus, um Deus fiel, que guarda a sua aliança e a sua misericórdia até a milésima geração para com aqueles que o amam e observam os seus mandamentos, mas castiga diretamente aqueles que o odeiam, exterminando-os, e infligindo sem demora o castigo direto àquele que o odeia… Se ouvirdes esses preceitos e os praticardes fielmente, o Senhor, teu Deus, guardará para contigo a aliança de misericórdia que jurou a teus pais, amando-te, abençoando-te e multiplicando-te: abençoará o fruto de teu ventre e o fruto do teu solo, teu trigo, teu vinho e teu óleo, as crias de tuas vacas e de tuas ovelhas, na terra que jurou a teus pais dar-te. Serás bendito mais que todos os povos. Não haverá no meio de ti quem seja estéril, macho ou fêmea, tanto entre os homens como entre os animais”. (Deuteronômio 7, 9-10; 12-14)
Rafael andava ao lado de Tobias, mas ele não o via assim, talvez essa seja a manifestação mais comum dos arcanjos, pois uma das suas funções seja orientar aqueles que mais precisam de ajuda e mesmo assim passar despercebido. Talvez outros “anjos”, no entanto sem asas, estejam nos acompanhando e não os notamos. Provavelmente não tenham o glamour dos arcanjos, mas é certo que sempre estão presentes quando mais precisamos.  São pais, mães, irmãos, namorados (as), amigos (as), (…); de certa forma, são anjos orientados pelos anjos de Deus.
São Miguel, São Rafael, São Gabriel rogai por nós e defendei-nos do combate!
Zelemos por nossos anjos! Rezemos por aqueles que nos rodeiam, principalmente os da minha casa, do meu trabalho, da minha rua…
Um imenso abraço fraterno


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