terça-feira, 30 de setembro de 2014

Quando o dono da vinha vier-Helena Serpa

25 de Outubro -  Sábado -  Evangelho - Lc 13,1-9

Efésios 4, 7-16 – “crescendo na fé e no conhecimento”

Nesta leitura São Paulo nos ensina a como nos apossar da graça de Jesus Cristo na medida em que Ele nos concede. Antes de subir aos céus Jesus visitou as profundezas da terra e encheu todo o universo com o Seu poder Salvador. Do céu Ele nos enviou o Seu Espírito Santo que nos cumula de dons e nos capacita a edificar o Corpo de Cristo. Desta maneira, o próprio Jesus nos habilita, uns como apóstolos, outros como profetas, como evangelistas, pastores e mestres, para que cada um de nós, no exercício da nossa função sejamos fiéis à vocação a que fomos chamados. Assim sendo, nós, em comum unidade crescemos na fé e no conhecimento do Filho de Deus e progredimos em busca do estado do homem perfeito à semelhança de Jesus Cristo. Este é um processo de conversão que nos faz vivenciar o amor e o serviço a Deus tendo como agente de ação o nosso próximo. Desta maneira nós mesmos (as) percebemos que não somos mais infantis e que temos mais convicção das coisas que nós buscamos e queremos e, assim demonstramos mais equilíbrio e serenidade nos nossos relacionamentos. Deixamos de ser “crianças ao sabor das ondas” ou “Maria vai com as outras” e temos consciência de que, enquanto vivemos na terra, estamos preparando o nosso cantinho no céu. Por isso, o nosso intuito, é o de nos tornarmos parecidos com Cristo formando com os nossos irmãos e irmãs uma unidade no amor de Deus. Aqui na terra nós precisamos exercer o ministério do amor e da unidade em Jesus Cristo, assim seremos reconhecidos pelo Pai que está no céu. –Você tem um ministério no serviço do reino? – Como você tem recebido a graça de Cristo para exercer o seu ministério? – Você procura manter a unidade nos seus relacionamentos? – Você ainda vai pela “cabeça dos outros”? – Quem é que direciona os seus pensamentos, palavras e ações?

Salmo 121 – “Que alegria quando ouvi que me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!’”

Nós também estamos caminhando para a casa do Senhor que é a Jerusalém celeste. É o lugar onde nós encontramos o templo do Senhor e aonde nós podemos entrar em intimidade com Ele, na oração e no louvor. Já podemos vivenciar tudo isto quando nos interiorizamos e nos entregamos às sugestões do Espírito Santo orando em línguas, sozinhos (as) ou no nosso grupo de oração. Quando nós vamos à Igreja para a celebração Eucarística nós também podemos sentir esta sensação de alegria e exclamar como o salmista: “Que alegria, estamos indo para a casa do Senhor!”

Evangelho – Lucas 13, 1-9 – " quando o dono da vinha vier "


Erroneamente, nós cultivamos a ideia e acreditamos que todos os acontecimentos ruins da nossa vida são um castigo de Deus. Jesus, porém, nos ensina que "as desgraças nem sempre são castigos", mas servem para nos despertar sobre a brevidade da nossa vida aqui na terra e, assim, nos impulsionar a uma mudança de mentalidade. Às vezes, somos como essa figueira, árvore que dá figo e que foi plantada no meio de uma vinha, que produz uva. Tomamos espaço no terreno, bebemos da mesma seiva, somos cultivados pelo mesmo agricultor, no entanto, nós mesmos (as), não melhoramos em nada e a nossa produção é inútil. Continuamos com a mentalidade do homem velho, levando uma vida medíocre, trabalhando para nos satisfazer e não damos os frutos desejados. Continuamos com as práticas dos que estão fora do terreno que é adubado pelo Senhor, e as nossas ações, na realidade são um contra testemunho. Temos boa aparência, física, intelectual, sucesso, mas ficamos por aí. No entanto, o Senhor deseja encontrar em nós não apenas folhagem, isto é, aparência, mas testemunho de conversão, de busca de santidade e de vivência do amor. O vinhateiro, no caso, apelou para a misericórdia do dono da vinha e pediu mais uma oportunidade para a figueira. O dono da vinha é Deus Pai, o vinhateiro é Jesus, e a vinha somos todos nós entregues a Ele para sermos apresentados ao Pai. Diante do Pai, Jesus advoga por nós e pede misericórdia. No entanto, aqui na terra, nós também podemos ser como Jesus, esse vinhateiro que é colocado (a) em alguma função de trabalhador da messe. Assim como o pai ou uma mãe de família, um coordenador ou coordenadora de uma comunidade, grupo de oração, ministério, em fim, aquele ou aquela que está cuidando do povo de Deus, fazendo-o em nome de Jesus. A esses ou a essas, o Senhor dá a incumbência de "cavar em volta da figueira, colocar adubo" para que esta possa crescer e dar frutos que alimentam. A nossa conversão é uma coisa urgente na nossa caminhada, mas também, é um processo que se arrasta até o final da nossa vida, quando o dono da vinha vier nos encontrar. Mas, como não sabemos quanto tempo Ele demorará, tenhamos pressa, tanto em adubar as figueiras que nos forem entregues, como também nos deixarmos "adubar" pelo nosso vinhateiro que é Jesus Cristo. Não teremos receio das "desgraças" se nos conservarmos dentro das graças do Pai, sendo cuidados pelo Seu Filho Jesus e conduzidos pelo Seu Espírito Santo. - Você também considera que as coisas ruins que lhe acontecem são castigo de Deus?
- Ou você entende que possam ser um recado de Deus para que você se converta? - Você  faz parte da vinha ou é como essa figueira que ocupa espaço e não dá fruto?- Mesmo sendo diferente dos outros, você acha que tem condições de melhorar?- Quem você considera como seu (a) vinhateiro (a) aqui na terra?

Helena Serpa

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