10 de Novembro-Segunda - Evangelho - Lc 17,1-6
Perdão não é sentimento, é
decisão de coração, é decisão de vontade, é decisão de cabeça! Com Jesus
aprendemos que o perdão é condição essencial para fazermos parte do Reino
dos Céus.
“Senhor,
quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18, 21-22).
O tema do
perdão acaba sendo muito controverso para nós e para a nossa mentalidade,
porque, humanamente falando, quem é que dá conta de perdoar tantas vezes? Quem
é que vai perdoar a pessoa sete ou setenta vezes sete num dia só? Alguém
pode até dizer: “Padre, mas eu não sou bobo! Não tenho
sangue de barata; de verdade, eu não dou conta!”.
E novamente volto a perguntar: Quem é que
consegue perdoar tantas vezes de forma tão intensa senão Deus?
Para compreendermos qual é o verdadeiro sentido do
perdão, precisamos mergulhar no perdão de Deus, porque todos nós
necessitamos muito do perdão divino. E
de que forma Deus nos perdoa? O perdão de Deus é sem limites, sem cálculos
e sem exigências. O perdão de Deus é
real, é profundo, vai até o fundo da nossa alma e do nosso coração.
Se queremos aprender
a perdoar, precisamos primeiro assumir o perdão de Deus em
nossa vida, mergulhar no perdão divino, deixar que este inebrie a
nossa alma, inebrie o nosso coração e nos envolva em
sua totalidade. Quando experimentamos, verdadeiramente, o perdão de Deus
em nossa vida e somos movidos por ele [este perdão], então saberemos o que
é perdoar. Desse modo o perdão não será apenas um perdão humano, mas um
perdão divino.
Nem eu nem
você somos deuses, mas nós experimentamos Deus em nossa vida e Ele faz parte
dela. É Ele quem nos ensina, nos dá a força, a coragem e a luz necessárias para
que o perdão aconteça em nossa vida.
Perdão não
é sentimento, é decisão de coração, é decisão de vontade, é decisão de cabeça!
Precisamos querer perdoar, precisamos decidir perdoar! Quando fazemos a decisão
pelo perdão não fazemos a decisão de ser “bonzinhos” para com os outros,
fazemos uma decisão pela paz, pela saúde, fazemos uma decisão pelo nosso
coração. Fazemos uma decisão pela libertação dos conflitos e dos traumas que o
rancor, o ressentimento e a raiva geram dentro de nós.
O primeiro
beneficiado pelo perdão somos nós mesmos! Perdoar não é fácil, não é
simples, mas se mergulharmos no perdão de Deus, o perdão d’Ele nos dará
força, luz e direção para que essa graça [o perdão] seja uma praxe em
nossa vida. Os seguidores de Jesus aprendem com Seu Mestre que o perdão é
condição essencial para fazermos parte do Reino dos Céus.
Deus abençoe
você!
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