terça-feira, 26 de agosto de 2014

Sentido da cruz -Canção Nova

14 de Setembro - DOMINGO - Evangelho - Jo 3,13-17

O valor tão elevado que atingem certos objetos está relacionado diretamente com a importância da pessoa que o usou. Em si mesmos, seu valor é infimamente menor. Assim, a festa de hoje não teria nenhum valor para nós, se o Cristo não tivesse se doado por amor e por nosso resgate, derramando sua vida em nosso favor. Com certeza, haverão aqueles que, sem entender o verdadeiro sentido, acusar-nos-ão de estarmos adorando um objeto no lugar de Jesus. A estes irmãos advirto que o lenho da cruz, assim como os santos e até Maria, não teriam para nós nenhum sentido, se não fosse pelo Cristo que experimentaram e pelo qual se doaram, deixando-nos o exemplo de que sim, é possível, que criaturas imperfeitas e pecadoras – pela sua graça – alcancem méritos diante de seu Criador.
A festa da Exaltação da Santa Cruz é, portanto, como muito bem colocou frei Caetano Ferrari, a festa da Exaltação do Cristo vencedor da morte e do pecado por seu corpo dado e sangue derramado no alto da cruz. Para o Cristianismo a cruz é o símbolo maior de fé, com cujos traços todos nós nos persignamos desde o momento do levantar até o deitar a cada dia. Na cerimônia batismal o primeiro sinal de acolhida à criança recém-nascida é o sinal-da-cruz traçado em sua fronte pelo Padre, pais e padrinhos, sinalando-a para sempre com a marca de Cristo. Desde os tempos antiqüíssimos, a Igreja passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive, como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, e símbolo mais perfeito da serpente de bronze que Moisés levantou no deserto para curar os israelitas picados pelas cobras porque o Filho do Homem nela levantado cura o homem todo e todos os homens, o corpo e a alma dos que n’Ele crêem e lhes dá a vida eterna.
No Evangelho de hoje Jesus retoma esses símbolos do passado bem conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte) para dizer que, no lugar da serpente de bronze pendurada no alto de um poste de madeira, Ele mesmo é quem seria levantado no lenho da cruz. Se o pecado e a morte advieram da insídia e veneno do demônio, nos símbolos da árvore proibida e da serpente do paraíso e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna advêm do Cristo levantado no alto da cruz de onde Ele atrai a si os olhares de toda a humanidade.
Eis porque a Igreja canta na Liturgia Eucarística da festa: Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou, nós, por ti redimidos, te cantamos louvor! E na Liturgia das Horas: Mais altaneira do que os cedros, ergue-se a Cruz triunfal: não traz um fruto de morte, traz a vida a todo mortal.

SENHOR JESUS, NESTA FESTA EM QUE EXALTAMOS O MADEIRO NO QUAL RESTAURASTES NOSSO CONVÍVIO HARMONIOSO COM O PAI, TE PEÇO QUE, ENQUANTO CAMINHO NESTE MUNDO, CERCADO POR PROBLEMAS, DORES E DISTRAÇÕES, NUNCA ME ESQUEÇA DO TEU SACRIFÍCIO POR MIM E, DA MESMA FORMA, QUE TU NÃO REJEITASTE A TUA CRUZ, MAS A LEVASTE ATÉ AO FIM. QUE CONTIGO EU APRENDA A NÃO FUGIR DELA MAS, PEDIR FORÇAS À DEUS PAI PARA ME DOAR AOS MEUS IRMÃOS NAQUILO QUE ESTIVER AO MEU ANCANCE, ATÉ QUE UM DIA POSSA CONTIGO CANTAR O ETERNO HINO DE LOUVOR LÁ NO CÉU ONDE VIVEIS E REINAIS COM O PAI NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM!

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