quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades-Pe. Queiroz

03 de setembro - Quarta - Evangelho - Lc 4,38-44

Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.
O Evangelho de hoje tem quatro partes: 1) Ao sair da sinagoga, Jesus cura a sogra de Pedro. Ela se levantou e começou a servi-los. 2) Ao por do sol, a multidão se reúne e ele cura muitas e muitas pessoas. 3) Ao raiar do dia, ele “foge” para rezar. 4) Vai para outros povoados anunciar a Boa Nova, apesar de a multidão tentar segurá-lo ali.
Temos aí um retrato da vida toda de Jesus. Vivia entre o contato com Deus Pai e o contato com o povo, fazendo o bem (At 10,38), sem se prender a nenhum lugar. É como alguém que vive buscando Água Viva na fonte, que é Deus, e distribuindo-a para o povo.
É interessante que a sogra de Pedro, casa onde Jesus ficava hospedado, aprendera de Jesus esse modo de viver. Logo após ser curada, ela põe mãos à obra e vai servir a Jesus e aos Apóstolos.
Em vez de aquela multidão tentar segurar Jesus ali, devia imitar a sogra de Pedro e imitar o próprio Jesus, servindo as pessoas, tanto de dentro de casa como os vizinhos. A Comunidade cristã aprende com o líder, mas não se prende ao líder, e sim o deixa partir.
Os milagres de Jesus estão centrados não na pessoa de Jesus, para exaltá-lo, mas nos próprios beneficiados, que experimentam a força da presença do Reino de Deus. Por isso que os Apóstolos também faziam milagres, assim como S. Pedro, S. Paulo e outros. Os milagres são intervenções do Espírito Santo para destruir o pecado do mundo.
Jesus era diferente dos rabinos, os chefes religiosos da época. Estes fundavam escolas para ensinar a interpretar a Bíblia; Jesus era itinerante, queria que os discípulos aprendessem não só a letra das Sagradas Escrituras, mas a colocassem em prática, seguindo o exemplo dele.
A Comunidade cristã é chamada a levar ao mundo a Boa Nova de Jesus, do jeito que ele fazia. São pessoas unidas no amor fraterno, fazendo o bem ao próximo e cultivando a oração e a união com Deus. Isso, de uma forma dinâmica, sem nunca se contentar com os passos já dados e querendo ir mais longe.
Certa vez, um líder de uma Comunidade grande da periferia estava falando para as catequistas sobre a oração. Ele dizia: “Nunca deixem de rezar antes de preparar a sua aula de catequese!” Uma catequista objetou: “Eu trabalho e estudo; às vezes, tenho apenas cinco minutos para preparar a minha aula. Como que vou rezar?” Ele respondeu: “Muito bem! Que bom que você tem cinco minutos. Reze durante três minutos e prepare a aula em dois. Pode estar certa de que sua aula sairá muito melhor do que se usasse todos os cinco minutos na preparação, sem rezar”.
Já pensou que lição para nós? A oração é questão de preferência, não de tempo. Quem reza recebe a luz de Deus e com ela tudo se torna fácil. Isso porque Deus é o Senhor do céu e da terra.
Apesar de tantos trabalhos que Jesus fez neste dia narrado no Evangelho de hoje, ele ainda encontrou tempo para dar uma fugidinha e rezar.
Maria Santíssima, Mãe de Cristo e nossa, foi uma mulher súper dinâmica. A exemplo do Filho, ela passou pela vida fazendo o bem. Mesmo assim, vivia sempre em contato com Deus na oração. Santa Maria, rogai por nós.
Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado.


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