terça-feira, 24 de junho de 2014

Pedro e Paulo: anunciadores da Boa Noticia!-Claudinei M. Oliveira


Domingo, 29 de junho de 2014.
Evangelho: Mateus 16,13-19

            Festa linda de São Pedro e São Paulo. Dois anunciadores da Palavra de vida. Foram martirizados em missão  pelos perseguidores por acreditar na força da misericórdia do Criador. Em nenhum momento titubearam. Entregaram de corpo e alma no projeto da salvação.
            São dois ícones da Igreja que devem ser observados suas vidas de doação e entrega. Passaram por momentos difíceis, enfrentaram os opositores corajosamente e não desanimaram diante da dificuldade. Este legado, deixado para nós cristãos, nos anima para continuar a luta pela evangelização. Catequese consistente que reaviva o ânimo de abraçar a justiça divina.
            O Espírito Santo de Deus fizeram destes homens figura importantes para nossa  igreja. Ao levarem a mensagem da libertação para os confins do mundo ou em lugares distantes revelou para muitos não cristãos a chance de revitalizar na mais bonita harmonia de uma comunidade que tinha um pensamento: viver a paz! Isso mesmo, o povo sofredor não tinha onde pedir socorro; era esmiuçado, dilacerado, explorado e sem expectativa de vida. Mas a palavra da libertação não tardou da boca dos anunciadores e encheu o coração dos marginalizados de esperança.
            Souberam ouvir o chamado de Deus. Aceitaram a proposta de servir o Criador naquilo que mais poderia ser útil: falar de um Deus poderoso que desejava a salvação para todos a partir do amor intrínseco. Amor verdadeiro que não media consequência e que tinha por base a bondade no coração.
            Quem ama merece a recompensa. Pedro estava fazendo seu trabalho missionário com dedicação. Muitas vezes contrariava interesses de algumas classes. Era normal, pois os detentores de poder usavam de seu poder para chicotear o povo. Pedro não teve dúvidas em denunciar. Seu papel missionário passava pelo crivo da denúncia. Ele fez o mesmo que seu Mestre ensinou. Significa que foi um ótimo aluno. Entretanto, Herodes mandou prendê-lo para calar sua voz. Não queria ver seu reino sendo vasculhado por um homem matuto, mas cheio de sabedoria divina. Preso entre os saldados recebeu a visita do anjo do Senhor e ganhou sua liberdade. Saiu da prisão sem ser visto, até passou pelo portão de ferro sem incomodar os guardas. Pedro parecia sonhar, mas era realidade pura. Pedro escapou da prisão pelo amor ao projeto de Deus.
            Assim somos nós que tememos a Deus e seus mandamentos. Quem acredita nas palavras de salvação e pratica a justiça, o Divino Espírito Santo acompanha em sua caminhada. Diante dos desafios recebemos a mão milagrosa daquele que deu a vida e o discernimento para desbravar o caminhar. Basta ter fé e acreditar que não está sozinho.
             Como Pedro que em seu coração sabia que o Mestre era o Filho Homem ao responder a pergunta: “quem dizem os homens ser o Filho do Homem”? Enquanto muitos respondiam ser Elias, João Batista ou ainda Jeremias, Pedro falou de forma certeira: “Tu és o Messias”. Na verdade o coração de Pedro já estava repleto do Espírito Santo. Pedro não tinha dúvidas de que Aquele homem simples, de fala mansa e, despojado de bens materiais, era realmente o Filho do Deus Vivo. Tanto que deixou tudo para trás para segui-lo. 
            Por ter acreditando e realizado sua missão na terra Pedro recebeu do Mestre as chaves dos céus e disse: “tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 18-19).
            A comunidade de Cristo está mais forte com a presença de um missionário visionário chamado Pedro. Ele tem nas mãos o poder de desligar algo que não contemple as vicissitudes do Pai. Mas o perdão pode abrir as portas dos céus para aqueles que no seu coração buscam o seu perdão. Perdoados, a ligação para os céus estará livre. O importante é não esconder-se de Deus e estar pronto para realizar o projeto ambicioso Dele.
            Já o discípulo Paulo mostrou seu amor para com Deus quando buscou a conversão para uma nova vida. Paulo trucidava muitos cristãos. Perseguiam e violentavam a dignidade das pessoas. Paulo fazia de tudo para agradar seu chefe romano. Mas no caminho de Damasco recebeu a Luz do Espírito Santo e tornou-se um servo humilde de Deus. Trabalhou para a construção e reconstrução da igreja em vários lugares. Foi perseguido pela nova missão. Mas tinha a confiança e o amor no seu Redentor.
            Perto da morte escreveu seu agrado a Deus quando falou: “combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Isso mesmo. Deixou para nós seu empenho e dedicação de um servo que não mediu esforços em levar a palavra de Deus e formar comunidade em lugares que não tinham ainda o privilégio de ouvi-La. E continuou dizendo: “o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente e ouvida por todas as nações”. Quer dizer trabalho feito com amor. Tanto que repercutiu nos meios sociais sua presença de anunciador. Paulo empenhou nas maravilhas do anúncio por visualizar um norte para milhares de pessoas que viviam alheias aos mandamentos do amor, da paz, da misericórdia e da justiça.
            Rezemos irmãos e irmãs para nosso povo. Que suscite em nós o dom da Palavra para ser anunciada e dirimida para muitas pessoas que necessitam da escuta. Coloque em nós o discernimento de Paulo e Pedro que acreditaram na revelação divina. Façam de nós servos e servas missionárias, corajosas em denunciar as mazelas  sociais na intenção de aliviar as dores e sofrimentos de muitos irmãos.
            Temos a quem nos apegar: Pedro e Paulo. Tenho certeza que seus ensinamentos possam nortear nossa caminhada. Dar sustentação naquilo que acreditamos e fazer de nós uma pessoa amável e caridosa para com o projeto de Salvação. O mundo precisa ser evangelizado e nós somos motivados a contribuir com o projeto. Amém!
            Paz e bem!
            Claudinei M. Oliveira

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