terça-feira, 1 de abril de 2014

" As Testemunhas Fiéis..." - Diac. José da Cruz

QUINTA FEIRA DA 4ª SEMANA DA QUARESMA 03/04/2014
1ª Leitura êxodo 32, 7-14
SALMO 105(106), 4ª “Lembrai-vos de mim, Senhor, pela benevolência eu tendes comVosso  Povo”
Evangelho João 5, 31-47
" As Testemunhas Fiéis..."
As comunidades Joaninas e a comunidade Judaica estavam sempre em conflito por causa de Jesus. A rejeição por Jesus, da parte do Judaísmo era algo definitivo e sem chances de uma abertura ao novo através do diálogo.  O anúncio do Evangelho supõe do ouvinte uma abertura ao diálogo.
O evangelho de hoje apresenta três fontes importantes sobre as quais estava fundamentada a Fé cristã por aqueles tempos, o testemunho de João Batista sobre Jesus, o Pai de Jesus que realizou obras e falou Nele á toda humanidade, e a escritura que sempre trouxe em si, mesmo na escritura antiga, imagens prefiguradas de Jesus.
O evangelista projeta no passado essa rejeição a Jesus Cristo, lembrando-se de sua injusta condenação onde às falsas testemunhas tiveram credibilidade diante do Sinédrio, que desprezou essas fontes fidedignas sobre Jesus, preferindo acreditar em uma mentira.
Pode -se pois, aqui compreender que o Judaísmo tradicional e ultra conservador fazia uma releitura equivocada do Antigo Testamento. Eles não conseguiam ver nenhuma relação entre Jesus e o Deus da Antiga Aliança. Houve até mesmo uma heresia que falava em dois deuses, um do antigo testamento e um do Novo Testamento.
Entretanto, muito mais do que essa releitura equivocada das escrituras antigas, na realidade o Judaísmo tradicional não queria mudanças no modo de pensar e nas normas e preceitos antigos, principalmente porque iriam perder alguns privilégios conquistados na estrutura da Religião tradicional.  A Divindade de Jesus é confirmada pelo Pai nas obras que Ele faz, curas, libertação de pessoas  possessas do mal, ressurreição  de mortos. Eram sinais mais que evidentes da Divindade de Cristo.
Podemos hoje cometer esse mesmo pecado, quando temos medo de dialogar com o mundo, como determina o Concílio Vaticano II, quando preferimos a prática tradicional de ser Igreja, usando ainda métodos arcaicos de evangelização, que não estão convencendo. Quando nas pastorais buscamos aquelas que nos dão ostentação e status, menosprezando as pastorais sociais que é imagem da Igreja da Caridade.

Lideranças religiosas e lideranças pastorais que se fecham em uma religião cheirando a mofo, querendo impor ao mundo sua prática religiosa e seu modo de pensar. É bem provável que no fundo estejam defendendo algumas conveniências e interesses particulares e para isso, muitas vezes usam Dogmas e Doutrinas, exatamente como fazia a comunidade judaica primitiva.

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