terça-feira, 18 de março de 2014

“Contrato de Exclusividade” - Diac. José da Cruz

Evangelho Lucas 4, 24-30

                                          Na Sinagoga de Nazaré, onde o evangelista Lucas faz questão de colocar Jesus no início da sua missão, o conflito com as lideranças da comunidade, acabou acontecendo porque perceberam que o Humilde Nazareno justificava a fama sobre a qual tinham ouvido falar. Sua pregação era tocante e causava admiração nos ouvintes e além do mais, realizava prodígios, evidenciando ser mesmo um grande profeta como aqueles que o povo guardava na lembrança e no coração, por seus ditos e feitos.
Jesus percebe o que a comunidade e os seus conterrâneos querem dele: um contrato de exclusividade e ampliando a reflexão, era o que o povo Judeu também queria um Messias Libertador e Salvador, da sua raça e da sua gente.
A  Ação divina presente em Elias e Eliseu, dois profetas de renome, a favor de pessoas que não faziam parte do Povo Eleito, é lembrada por Jesus ao falar com a sua gente, enfatizando aí o caráter universal da Salvação.
A  Salvação Divina está disponível para toda humanidade, e não apenas a este ou aquele grupo, a esta ou aquela Igreja, o critério para te-la implica em uma abertura total ao Dom Salvívico que Deus oferece, a exclusividade não está em quem a recebe, mas sim naquele que a oferece: Jesus o Filho de Deus e nenhum outro! Aceitá-lo é abrir-se á Salvação, rejeitá-lo significa rejeitá-la.
A sua gente da pequena Nazaré não queria entender e aceitar essa Verdade de que Jesus é o portador da Salvação por Excelência, e quando suas palavras firmes de Profeta,  denuncia o particularismo religioso, eles se enfureceram e tentaram-no matar.
A pertença á Igreja Católica, através do Batismo, não nos dá exclusividade na Salvação pois, senão nos abrirmos á Graça Divina, diante dos “Sinais Sacramentais” que o Senhor realiza em nossa Igreja, vamos ficar na ilusão como os conterrâneos de Jesus, achando que “quem não ler na nossa cartilha, está fora da Salvação”


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