quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Tem gente tentando a Deus - José Salviano


DIA 17 SEGUNDA - Evangelho - Mc 8,11-13


           Por toda parte existem pessoas que tentam a Deus, fazendo pedidos somente para testar o seu poder.  Ou pedem coisas absurdas, ou ainda pedem a Deus que lhes concedam  certas graças extremamente egoístas, para satisfazer os seus caprichos e a sua vontade. E o pior. Tem gente que têm a audácia de pedir a Deus para castigar o seu irmão, o seu próximo que anda lhe incomodando, ou prejudicando.   Isso é um absurdo!  É parecido com aquele indivíduo que pediu a Deus para matar o seu colega de trabalho, para que ele fosse promovido na empresa... 
           O Evangelho de hoje nos mostra os fariseus tentando Jesus, pedindo um sinal do céu para por Jesus à prova. Muitas pessoas  fazem chantagem com Deus, fazendo uma série de exigências e pedidos mesquinhos para satisfazer seus desejos e fundamentam a sua fé não no amor a Deus, mas na satisfação de suas exigências.
           Os fariseus vieram e começaram a discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu.   Por causa do nosso egoísmo constantemente fazemos a mesma coisa. Talvez para testar o poder de Deus, nas nossas orações fazemos pedidos a Deus para satisfazer as nossas exigências pessoais.  Em nossas preces nos esquecemos do sofrimento dos nossos irmãos, e só pensamos nos nossos. Se olharmos em volta de nós, percebemos que é grande o número de pessoas que estão sofrendo muito, com muitos problemas, e geralmente a causa de tudo isso é por estarem distantes de Deus. Nós que vivemos ou tentamos viver na presença de Deus, contamos com a sua graça e proteção,  e o essencial e mais, nunca nos falta. Mas, como somos seres insaciáveis e queremos sempre mais e mais, estamos sempre inventando uma nova necessidade para pedir a Deus na próxima oração. Esquecendo-nos que Deus sabe melhor do que nós, o que realmente precisamos.
        Um exemplo disso é que às vezes pedimos uma coisa que consideramos importante para a nossa existência, mas na concepção de Deus, não é. Assim, quando não recebemos o que pedimos feito criança que pede um doce na hora do almoço e os pais não lhe dão para que isso não lhe venha tirar o apetite, ficamos decepcionados e choramingando  achando que fomos  ignorados pelo Pai. Uma fé assim é uma fé imatura e infantil. Pois assim como Jesus enfrentou  o sofrimento da paixão e morte por amor  a humanidade, precisamos entender que o sofrimento, as contrariedades, e tudo aquilo de adverso que a própria vida nos apresenta, também é importante para nos purificar, nos fortalecer, e nos aproximar de Deus.
        Exceção feita às injustiças, para as quais precisamos, da força protetora de Deus para enfrentá-las, combatê-las e denunciá-las com a coragem de quem está nas mãos de Deus.
        Prezados irmãos. Rezemos não só por nossas necessidades, mas também e  igualmente pelas necessidades e sofrimentos dos nossos irmãos próximos e distantes.  Principalmente daqueles que se afastaram de Deus, ou que por falta de evangelização ainda não conheceram os ensinamentos de Jesus. E por isso estão infelizes.


Sal

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