DIA 17 SEGUNDA - Evangelho - Mc 8,11-13
Por toda parte existem pessoas que tentam
a Deus, fazendo pedidos somente para testar o seu poder. Ou pedem coisas absurdas, ou ainda pedem a Deus
que lhes concedam certas graças
extremamente egoístas, para satisfazer os seus caprichos e a sua vontade. E o
pior. Tem gente que têm a audácia de pedir a Deus para castigar o seu irmão, o
seu próximo que anda lhe incomodando, ou prejudicando. Isso é
um absurdo! É parecido com aquele
indivíduo que pediu a Deus para matar o seu colega de trabalho, para que ele fosse
promovido na empresa...
Os fariseus vieram e começaram a
discutir com Jesus. E, para pô-lo à prova, pediam-lhe um sinal do céu. Por
causa do nosso egoísmo constantemente fazemos a mesma coisa. Talvez para testar
o poder de Deus, nas nossas orações fazemos pedidos a Deus para satisfazer as
nossas exigências pessoais. Em nossas preces nos esquecemos
do sofrimento dos nossos irmãos, e só pensamos nos nossos. Se olharmos em volta
de nós, percebemos que é grande o número de pessoas que estão sofrendo muito,
com muitos problemas, e geralmente a causa de tudo isso é por estarem distantes
de Deus. Nós que vivemos ou tentamos viver na presença de Deus, contamos com a
sua graça e proteção, e o essencial e mais, nunca nos falta. Mas, como
somos seres insaciáveis e queremos sempre mais e mais, estamos sempre
inventando uma nova necessidade para pedir a Deus na próxima oração. Esquecendo-nos
que Deus sabe melhor do que nós, o que realmente precisamos.
Um
exemplo disso é que às vezes pedimos uma coisa que consideramos importante para
a nossa existência, mas na concepção de Deus, não é. Assim, quando não
recebemos o que pedimos feito criança que pede um doce na hora do almoço e os
pais não lhe dão para que isso não lhe venha tirar o apetite, ficamos
decepcionados e choramingando achando que fomos ignorados pelo Pai.
Uma fé assim é uma fé imatura e infantil. Pois assim como Jesus enfrentou
o sofrimento da paixão e morte por amor a humanidade, precisamos entender
que o sofrimento, as contrariedades, e tudo aquilo de adverso que a própria
vida nos apresenta, também é importante para nos purificar, nos fortalecer, e
nos aproximar de Deus.
Exceção
feita às injustiças, para as quais precisamos, da força protetora de Deus para
enfrentá-las, combatê-las e denunciá-las com a coragem de quem está nas mãos de
Deus.
Prezados
irmãos. Rezemos não só por nossas necessidades, mas também e igualmente
pelas necessidades e sofrimentos dos nossos irmãos próximos e distantes.
Principalmente daqueles que se afastaram de Deus, ou que por falta de
evangelização ainda não conheceram os ensinamentos de Jesus. E por isso estão
infelizes.
Sal
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