terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aprendendo com o mestre - Helena Serpa


 Romanos 2, 1-11 – “o justo juízo de Deus”

A longanimidade, bondade e tolerância de Deus são como um convite para que haja em nós uma transformação interior e, consequentemente, uma mudança de mentalidade e de ação. Por isso, enquanto aqui vivemos o Senhor nosso Deus está sempre a nos oferecer oportunidades para que nos convertamos. Porém, nem sempre nós estamos dispostos a assimilar essa verdade e, perdemos um precioso tempo querendo influenciar na vida das outras pessoas, com nossos prejulgamentos e nossas suposições. O que nós olhamos no outro e censuramos, no entanto, é o mesmo que nós próprios também praticamos. Assim, pois, São Paulo nos exorta: “ó homem, qualquer que sejas, tu que julgas, não tens desculpa; pois julgando os outros, te condena a ti mesmo, já que fazes as mesmas coisas, tu que julgas.”  Por causa disso nós vamos acumulando ira, animosidade, rixa e inimizade não percebendo que Deus, como justo juiz, retribuirá a cada um de nós segundo as nossas obras. Ao invés de nos importarmos tanto com a vida dos nossos irmãos e irmãs, seria melhor que perseverássemos na prática do bem, fazendo a nossa parte e acolhendo a misericórdia libertadora do Senhor. A Palavra nos garante que para os que buscam a glória, a honra e a incorruptibilidade, isto é uma vida santa, Deus dará a vida eterna; porém, para os rebeldes e desobedientes, estão reservadas ira e indignação. Portanto, que Deus o justo juiz, julgue a cada um de nós pelas nossas obras, porque Ele não faz distinção de pessoas. Diante Dele, somos todos iguais.- Você é uma pessoa que enxerga muito os defeitos das outras pessoas ou você percebe também as virtudes?- Qual é a sua opinião sobre os políticos e governantes?- Como você olha para os bandidos, marginais e pecadores públicos? – Você tem vontade fazer justiça com as suas próprias mãos?- E em relação às pessoas comuns que convivem com você, você é intransigente com elas? Dispensa os seus erros?

Salmo 61 – “Senhor, pagais a cada um conforme suas obras”

As nossas ações, boas ou más, são como um referencial  para o que nós esperamos de Deus, haja vista ser Ele, um justo juiz. Porém, mesmo reconhecendo as nossas faltas e nossas transgressões, nós temos a confiança de que  Senhor nos dá uma chance de restauração. Só de Deus nós esperamos a salvação, e é Nele que a nossa alma pode repousar. Que o Senhor nos dê a graça das boas ações e que possamos fazer tudo por amor a Ele.

Evangelho – Lucas 11, 42-46 – “ aprendendo com o mestre”

Tomando as palavras deste Evangelho como bússola para a nossa vida, podemos avaliar e perceber se o que Jesus falava ontem é adequado para nós, hoje. Jesus censurava os fariseus e mestres da lei pela hipocrisia com que lidavam com as coisas da Lei de Deus. Exigiam dos outros os sacrifícios, cargas insuportáveis, mas eles mesmos não vivam o que pregavam. Pagavam dízimo de todos os ganhos que tinham, porém agiam com injustiça e desamor. Faziam tudo para chamar a atenção para eles mesmos e assemelhavam-se aos túmulos invisíveis, porque não transpareciam verdadeiramente o que de fato eles eram. Queriam manifestar a vida quando eles mesmos eram a morte. Se as nossas atitudes tiverem como parâmetro a justiça e o amor de Deus, com certeza Jesus não estava falando para nós, porque tudo que fizermos por amor a Deus terá a Sua aprovação. Na verdade, mesmo que estejamos pagando dízimo sobre tudo quanto ganhamos, se estamos presentes em todas as celebrações, em todos os retiros, participando de ministérios ativamente, mas o nosso coração não acompanha as nossas ações, somos também dignos de censura. “Ai de vós”, diz o Senhor quando nós estamos exigindo do outro aquilo que nós mesmos (as) não fazemos nem um pouco; quando queremos atrair a atenção das outras pessoas para as nossas “boas ações”; quando hipocritamente não fazemos o que pregamos, quando enganamos as pessoas, mesmo que sejamos  “coordenadores cheios de autoridade”. Que as orientações do Mestre sirvam de farol para a nossa caminhada aqui na terra.     - Será que as ações dos fariseus e mestres da lei têm alguma coisa a ver com as suas ações?- Diante do que você vivencia o que Jesus poderá estar dizendo para você?- Você age como prega?- Você é uma pessoa transparente?- Faça uma reflexão sobre essa Palavra na sua vida.


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