quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Herodes planejava matar Jesus - José Salviano


31 de Outubro - Quinta - Evangelho - Lc 13,31-35

 Vejam a que ponto chegou a falsidade dos fariseus. Fingir que estavam preocupados com a vida de Jesus. Não dá para acreditar. Mas O Mestre que via seus interiores, o que pensavam e sentiam, logo percebeu  que se tratava de um recado de Herodes. Sendo assim, Jesus manda a resposta. "...Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
 É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém."

A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam vencer por intimidação de espécie alguma.
        A atitude dos fariseus que fazem a advertência sobre Herodes não é descrita, mas a intervenção deles deve ser enten­dida como hostilidade em vez de ajuda a Cristo. Herodes poderia ter demonstrado o desejo de pôr o desordeiro para fora da Galiléia. A referência de Jesus a "essa raposa" talvez seja um jeito de reconhecer a esperteza na ameaça que o apressa para o lugar onde tradicionalmente os profetas en­contraram a morte. Jesus descreve duas vezes sua missão em termos de três dias, que aqui Lucas menciona como prenúncio da ressurreição: " ... e no terceiro dia chego ao termo". O tema da tarefa de atribuição divina é muito forte. Não importa o que os governantes  humanos queiram, Jesus tem de se­guir o plano estabelecido. Também está subentendi­da a advertência de que Deus não permitirá interfe­rência neste plano, embora reis tenham permissão para colaborar em sua execução. O confronto entre os profetas e os inimigos aconteceu muitas vezes em Jerusalém e até no Templo. Embora historicamente os homicí­dios não tenham acontecido exclusivamente em Jerusalém.
        Prezados irmãos, o nosso trabalho missionário hoje em dia também deve estar desvinculado de qualquer governante humano.  Nenhuma paróquia, nenhum ministro de Deus, deve por bem, ser partidário deste ou daquele político. É claro que temos as nossas preferências, votamos neste ou naquele candidato. Mas não devemos misturar seus programas de governo com a mensagem de Cristo, por mais que o candidato seja pelos pobres, por mais que esteja fazendo um governo inteligente, por mais que esteja olhando pelos excluídos e por isso rejeitado pela elite. É uma pena, mas temos de ser imparciais.
        Já sei o que você está pensando. A Igreja no seu início era atrelada ao Estado Romano. Sim. E ao que parece, fazia parte do plano de Deus para a divulgação do Cristianismo nascente. Podemos dizer que a Igreja ou o Cristianismo voou nas asas do Império Romano, assim como aconteceu aqui no Brasil de Cabral até a separação da Igreja e do Estado.


Sal.

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