sábado, 28 de setembro de 2013

As propostas da Palavra de Deus - Helena Serpa


1ª. Leitura – Amós 6, 1.4-7  “mensagem de solidariedade”

Esta palavra precisa cair na terra do nosso coração como uma semente que deve florescer e frutificar a fim de que possamos mudar a nossa mentalidade, hábitos e costumes na medida em que ela se adéqua à realidade da nossa vida. O profeta Amós prognostica contra sobre os ricos “despreocupados”, ou seja, aqueles que se sentem seguros nas suas riquezas materiais, que usufruem de muitos bens, se divertem, bebem e comem do bom e do melhor, se perfumam, cantam, brincam, e não se preocupam com a ruína dos “José”  que existem perto deles. Podemos até imaginar que a mensagem dessa leitura não nos atinge, porque não temos muitos bens e, por isso, não nos excedemos visto não possuirmos condições.  A principal mensagem dessa exortação de Amós, porém, é referente à nossa despreocupação em relação ao nosso próximo a quem desconhecemos, por isso, o ignoramos, tão preocupados que estamos com a nossa vidinha já tão cheia de apelos.  No entanto, mesmo que tenhamos pouco necessitamos nos conscientizar de que poderá haver ao nosso lado ou muito perto de nós alguém que possui menos ainda e que vive na indigência e na miséria.   De qualquer maneira, tendo muito ou pouco, o que importa é o nosso reconhecimento de que o que possuímos está nas mãos de Deus que nos concedeu a vida e os bens a fim de que sejamos solidários uns com os outros. Deus nos colocou no mundo, nos deu oportunidades de prosperar, determinou-nos uma época e um número de dias, deu-nos domínio sobre tudo o que está na terra, mas impôs a cada um de nós, deveres para com o nosso próximo. Por isso, não fujamos da nossa responsabilidade e acolhamos a Palavra de hoje como semente fértil na terra do nosso coração. – Como você tem vivido com os bens que Deus lhe concedeu: saúde, trabalho, inteligência, dinheiro?  - Existe alguém perto de você a quem faltam essas coisas? – Como você tem olhado para essas pessoas? –


Salmo 145 – “Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!”


O salmista também nos direciona a percebermos que Deus fará justiça àqueles que vivem oprimidos, aos que hoje estão famintos e cativos das situações do mundo. Na Sua justiça, porém o Senhor confundirá o caminho dos que são maus, isto é, os que desconhecem àqueles que são provados pela vida. Por isso, ele se refere à viúva e ao órfão como símbolo dos que são desamparados aqui na terra. Para que nós possamos bendizer ao Senhor, portanto, nós precisamos repensar a nossa vida e os nossos critérios em relação aos nossos irmãos mais carentes e nos tornarmos justos aos olhos de Deus.




2ª. Leitura  1 Timóteo 6, 11-16 –“ as propostas da Palavra de Deus”
A todos nós que desejamos ser “homens e mulheres de Deus” São Paulo aconselha a fugir das coisas perversas, isto é, de tudo o que nos desvia dos caminhos do Senhor. Dessa maneira, ele nos recomenda a procurar a justiça, que é a vontade de Deus; a piedade, que é a amizade com Deus e com os irmãos; a , que é a confiança e dependência de Deus; o amor que é a essência da Lei de Deus; a firmeza e a mansidão que são frutos do Espírito Santo de Deus em nós. Munidos desses atributos, nós poderemos combater o bom combate da fé e assim conquistar a vida eterna que nos foi prometida pelo Pai e alcançada  por Jesus Cristo. Foi diante de Pôncio Pilatos que Jesus deu testemunho da verdade de Deus, com firmeza e convicção de que estava fazendo a vontade do Pai.  Por isso, São Paulo nos exorta, assim como fez a Timóteo, a que nós também, como Jesus, saibamos dar um bom testemunho da Sua verdade, assumindo o nosso mandato, isto é, a nossa missão até a Sua manifestação gloriosa. Isso significa que o tempo em que estamos vivendo é propício para que ponhamos em prática tudo o que nos é proposto pela verdade da Palavra de Deus, esperando o tempo oportuno em que nós também, habitaremos com Cristo numa luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. É a vida eterna em plenitude que nos foi prometida pelo Pai e que Jesus Cristo conquistou para que a vivamos um dia. – Você tem sido fiel ao seu chamado para ser homem e mulher de Deus? – Você tem combatido o bom combate da fé? – Você espera a manifestação de Jesus Cristo em Sua glória? – Você fica feliz quando pensa nisso?



Evangelho – Lucas 16,19-31 – “A partilha é uma necessidade da nossa alma”


Aqui na terra nós recebemos de Deus as condições para nos apropriarmos dos “terrenos lá do céu”, no entanto, para que isso aconteça há uma condição imprescindível: a que partilhemos os nossos bens e os dons que possuímos nos nossos “terrenos aqui da terra” com os outros moradores que não receberam o mesmo que nós. Por isso, neste Evangelho Jesus conta a parábola do rico “Epulão e do pobre Lázaro denunciando a ordem injusta que faz o homem viver desligado de seu destino eterno, por causa das suas atitudes, que se baseiam apenas no interesse pessoal e na riqueza. Com efeito, Jesus faz um apelo de conversão a todos nós, ricos ou pobres e  nos dá uma amostra do julgamento de Deus. Diante disso, nós podemos nos questionar: Será que o rico não poderá ser feliz no céu, assim como o pobre?  Podemos entender, que o rico avarento não ficará sem um justo julgamento, não tanto pela riqueza em si, mas pelo desprezo ao pobre que lhe mendigava o pão para saciar sua fome. A avareza, o luxo, o supérfluo de uns continuam favorecendo a miséria, a nudez e a carência de outros e, enquanto uns têm demais outros nada possuem.   Todavia, ninguém é tão pobre que não possua algo para dar nem  tão rico que se baste a si mesmo e não necessite partilhar com alguém a sua riqueza. A partilha é uma necessidade da nossa alma e uma questão de sobrevivência. Há uma lei natural que rege os nossos relacionamentos aqui na terra: é dando que se recebe, é no esquecimento de nós mesmos (as) que nos encontramos e somos felizes. Consequentemente, se não seguirmos essa lei enquanto aqui vivemos, com certeza, na outra vida estaremos como o rico da parábola, recebendo a recompensa prevista por Jesus no Evangelho. Para nós, hoje, não existem somente a Lei e os Profetas para nos abrir os olhos, mas o próprio Filho de Deus é quem nos adverte: ser rico não é ser mal. Ser mal é querer tudo somente para si e esquecer-se de quem não tem nada material, mas tem um coração agradecido pelo que receber. – Qual é o seu conceito de justiça?  -Quais os bens que você tem recebido na vida? – Você tem partilhado com alguém o que possui? – Será que existe algum Lázaro na sua porta que precisa de um pouquinho do que você tem? – Pense nisso!   


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